De: Cristina Santos - "E muitas..."
Caro Sérgio Aguiar
Este Governo deixa-me de facto confusa. Ora vejamos, os estabelecimento que são fiscalizados funcionam paredes meias com chineses, que não passam factura, que não têm as tais máquinas regularizadas, que não têm casa de banho ao público. Os estabelecimentos que abrem e são imediatamente fiscalizados, têm fechado após 2/3 meses de abertura, pagaram as coimas, mas foi esse o único benefício que trouxeram à rua. De um lado tem chineses de outro tem estabelecimentos com alvarás com mais de 40 anos, se fossem todos tão exigentes como este Governo nenhuma pequena empresa teria chegado a crescer.
Não digo que o Estado deixe de fiscalizar, o que é certo é que os funcionários que o Estado demanda, perante as directivas recebidas, exageram, não usam de bom senso, a maior parte não sabe do está a falar, perece ter lido o que está a negrito nas informações internas. Veja-se o sistema de saúde, o controle de baixas, a atitude do Ministério da Cultura, os processos disciplinares.
A GNR (as áreas regionais) esconde-se na moita, sem radar, mede a velocidade a olho e, não tendo pagamento Multibanco portátil, obriga o cidadão a dirigir-se ao banco mais próximo e a voltar ao local para pagar e receber os documentos. Isto parte de uma autoridade que possivelmente ainda não aderiu ao sistema de 2.as oportunidades. O cidadão paga e depois reclama, as esquadras caem ao bocado, os senhores agentes não sabem utilizar um PC. Na cidade, a PSP finca-se nas empresas, que têm mesmo que pagar se querem continuar com documentos e a fazer circular a mercadoria. São coimas por linhas contínuas, coimas por estacionamento, coimas pela faixa BUS no Campo Alegre etc.
As Finanças não devolvem o IVA, o Estado atrasa-se compulsivamente nos pagamentos, na Segurança Social as empresas perdem horas, nas Finanças são atendidas com 2 pedras na mão, tudo lhe é exigido, a paciência, o pagamento atempado seja justo ou injusto, etc.
Diga-me realisticamente, para além de aumentar todos os impostos, despedir pessoas, ignorar o seu próprio programa de candidatura, o que é que o Sr. Engenheiro fez pelo País?! Pôs em prática projectos que já estavam anunciados, só lhe aumentou autoridade e exagero? Fez tábua rasa dos projectos que Durão Barroso tinha planeado para o Norte. Faz de nós «Sanchos», o que de nós recebe emprega noutros condados.
Outro exemplo só por curiosidade, Montalegre que não é mais nem menos que Vieira do Minho, a situação é idêntica, ficou com a Urgência, vai continuar com as obras nos multiusos, uma ilegalidade estrondosa. Em Vieira do Minho onde a autarquia é PSD, é o que se tem visto? Em Montalegre é Socialista...
Não valerá a pena continuar a argumentar, a minha convicção é que as contas ficarão pior do que estão, os custos para corrigir os problemas sociais que o Sr. Engenheiro tem criado vão hipotecar-nos por mais uns anos. Não há respeito pelo cidadão, e para quem se queixa de Rui Rio e da sua pretensiosa autoridade, no Governo encontra pior exemplo.
E essa de que todos pagam imposto, veja o caso do IKEA, ou a Pescanova, diga-me se essas empresas necessitam de tantas isenções. As nossas, as portuguesas, são perseguidas, isto é inadmissível, estas empresas recebem dos seus países incentivos para vir para cá, para que precisam dos nossos? Esqueceu o Sr. Engenheiro o que tanto criticou nas multinacionais?
Espero que Menezes tenha força e voz para pelo menos, acordar os nortenhos que cegos pela mãozinha, seu símbolo do coração, entregam o país por um cheque branco. Aceito perfeitamente a sua opinião, estou a fazer este post sem grandes preparativos, julgo não necessitar deles, a situação é por demais evidente.
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Cristina Santos