De: Rui Valente - "Valente de Oliveira + Bragaparques"
VALENTE DE OLIVEIRA
O grau de parentesco compromete-me a isenção, mas afianço-vos sob palavra de honra que a minha irmã mais velha é das pessoas mais generosas que conheço. Tem é um senão, que é ser - como são as pessoas generosas - algo vulnerável às primeiras impressões. Quando alguém a impressiona positivamente, não é raro ouvi-la dizer: "é muito simpático(a)!" E (como sempre) lá tenho eu de lhe refrear a espontaneidade natural alertando-a para o risco e para a relatividade dos méritos da "simpatia". Também a tenho prevenido que é com os ilusórios argumentos da "simpatia" que a maioria dos políticos ainda ganham as eleições e que é, de certo modo, também por isso que poucos se têm mostrado à altura das suas responsabilidades.
Foram os posts de Luísa Moreira, acerca de Valente de Oliveira e das muitas "decepções" que lhe (nos) tem dado, que me lembrei da ratoeira chamada "Simpatia" e da importância excessiva que muitas pessoas lhe atribuem. Há uns largos anos já, tive oportunidade de contactar pessoalmente, em encontro de trabalho, Valente de Oliveira, era ele responsável por uma empresa ali para a Praça do Infante, e de facto fiquei bem impressionado com a sua educação e simpatia. Essa impressão ainda hoje perdura, mas conservo-a no local certo das minhas recordações, que é exactamente o das "impressões", e não mais do que isso.
Talvez a decepção de Luísa Moreira sirva para avaliarmos melhor aqueles que, como é o meu caso, tantas vezes têm sido acusados de utilizar um discurso pessimista. O que eu acho é que já há muito pouco espaço para a esperança, que é, ao que consta, a última a morrer! Quando estamos aparentemente animados com alguma figura regional para poder liderar um projecto ou uma instituição (como a Câmara por exemplo) somos logo obrigados a apontar as agulhas noutras direcções para outros protagonistas, por chegarmos à conclusão de que, afinal, mais uma vez nos enganamos. Está sempre a acontecer.
BRAGAPARQUES
Para concluir, aqui deixo um alerta. Todos estamos fartos de saber que onde há um corrupto, existe um corruptor. Certo? Criou-se um caso mediático a nível nacional vulgarmente conhecido por "Apito Dourado" e procurou-se o mais possível colá-lo à imagem de Pinto da Costa. Tudo aponta para que a montanha venha a parir um rato (como previ).
Agora, comparemos: Universidade Moderna / Bragaparques, Univ. Independente / Bragaparques, Câmara de Lisboa / Bragaparques. Fico-me por aqui. Apenas questiono: já alguém escreveu ou garantiu publicamente a inocência da Bragaparques nestes três imbróglios, só para não falar de outros? Se acaso existiu corrupção nestes três casos, quem corrompeu quem? E não acham no mínimo estranho que ainda não seja conhecido o "rosto" da Bragaparques num processo que podia também ter sido baptizado como o do apito dourado? Por que não, por exemplo, um processo tipo "Tijolo de Platina", ou "Betão Diamante"? É que, pelo que sei, a Bragaparques anda muito activa cá para as nossas bandas. Para que conste.
Rui Valente