De: Luísa Moreira - "O Valente"

Submetido por taf em Sexta, 2007-05-11 13:25

Ele é de São João da Madeira e veio para o Porto, onde foi presidente da comissão de planeamento. Depois foi levado para o governo de Cavaco. Aí tinha responsabilidades no planeamento, quando o professor Cavaco engavetou a regionalização que o grande valentão andava a pregar, este calou-se. Agora anda outra vez a falar nela. Depois voltou para o Porto e ligou-se a Ludgero Marques. Rodeou-se de gente curiosa. Andou por ai à volta de Rui Rio, dizia umas coisas com um tom pomposo, com a mania que era culto.

Até que chegou o Durão Barroso e o prof. fez as malitas e voltou para Lisboa, nas obras públicas foi um desastre. Desenterrou a Ota que Durão calara a pretexto de que só quando nao faltassem hospitais. Fez umas obritas. Não percebendo nada de comboios, andou a marcar passo no TGV e deixou que o Norte ficasse no apeadeiro. Depois deu parte de doente, não devia ter nada a ver com boatos e deu lugar a Carmona Rodrigues. Voltou para a sua AEP, que então já era sua. Como passou a perceber de obras públicas, como é natural arranjou um lugarzinho de administrador numa empresa de obras públicas. Por acaso interessada na Ota, mas isso não tem mal nenhum. A AEP lançou-se no negócio imobiliário do Europarque, e o Valente lá continuou, agora fala outra vez de regionalização, e explica que a Ota não pode parar porque não há tempo para estudar outro. Claro que quando ele era ministro nunca mandou estudar outro. Faz umas conferências na Católica, dá umas entrevistas, mas desculpe professor, já o admirei, sabe? Agora não. É pena que de valente já só tenha o nome, e que as pessoas da minha geração fiquem a olhar para si e pensem que foi também por sua causa que o Norte definhou. Como escreveu o Arq.º Gomes Fernandes, deixou de ser elite, que agora são o Belmiro de Azevedo e a Sonae, o Rui Moreira e a ACP e o Rui Rio. Estes pelo menos têm coragem, não é? Não gosto muito de nenhum, sou mais a puxar para o Rui Sá, mas pelo menos dão-nos alguma esperança porque batem o pé.

Ao professor falta-lhe aquilo que tem no nome. É pena. Porque é um homem inteligente em que a gente acreditou. Depois, para a CCDR, veio o Braga da Cruz... depois a Elisa... depois a Cristina Azevedo, mas essa nao convinha ao centrão... agora está lá o Lage, que é muito boa pessoa... Pois, mas nós precisávamos de algo mais. precisavamos que professor Valente dissesse o que pensa, ou então não dissesse se sente que não pode. Precisavamos do culto da liberdade... de gente que fosse 'tesa' e não estivesse 'presa' percebem?