De: Pedro Aroso - "A realidade"
O caso aqui relatado pelo Rui Valente é um bom exemplo da mentalidade de alguns funcionários públicos, incapazes de assumirem qualquer tipo de responsabilidade ou iniciativa. O valor do cheque é, muito provavelmente, aquele que resulta da aplicação da lei, pelo que o funcionário que o emitiu limitou-se a cumprir o seu dever. Eu teria agido de outro modo, telefonando ao beneficiário a explicar-lhe a situação, evitando os gastos inerentes ao envio do cheque. Mas eu nunca fui funcionário público, por isso a minha cabeça está "programada" de forma diferente. O que não me parece justo é que, a partir de um caso isolado, se generalize, dizendo que tudo é mau neste país, englobando naturalmente todos os políticos (ver post do TAF).
Eu não votei no Eng. José Sócrates, nem acalentava grandes expectativas em relação ao seu desempenho. Hoje não tenho qualquer problema em reconhecer que traçou o caminho certo para o país sair do buraco em que mergulhou. À excepção de um ministro que dá pelo nome de Augusto Santos da Silva, tenho uma opinião bastante favorável em relação a todos os membros do governo. Pelo contrário, o Dr. Marques Mendes atingiu o Princípio de Peter (e mais não digo).
Eu deixei de ouvir os noticiários, porque cansei-me de tanta lamechice e autoflagelo. Quer queiramos quer não, o país evoluiu muitíssimo nos últimos anos e em todos os domínios. Apesar de a crise ainda continuar instalada, acho que está na altura de começarmos a enaltecer aquilo que temos conseguido de positivo.
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Nota de TAF: o que eu acho é que temos evoluido alguma coisa apesar do Estado. Com excepção do trabalho da equipa do Simplex (a que nem sempre é dada a devida sequência pelos outros organismos) e de algum sucesso na renovação da máquina fiscal, pouco mais há a assinalar de realmente positivo na Administração Central...