De: Ana Gil - "Urbanismos III"
Ainda a conferência promovida pela Ad Urbem…
Os posts anteriores descrevem de forma sucinta, mas lapidar, o que foi debatido durante a tarde de ontem. No entanto, não queria deixar de mencionar as duas ideias que mais me marcaram durante as várias intervenções:
1 – “Estagnar uma cidade é muito difícil… ou cresce ou morre.” (Eng. Nuno Cardoso)
2 – “O tempo é a mercadoria mais importante que temos.” (Dr. Rocha Antunes)
Estas palavras foram proferidas por profissionais cuja experiência, cada um na sua área, é legítima e enriquecedora, na medida em que se revelam interlocutores da realidade política e urbanística em Portugal e mais precisamente no Porto.
No caso do Porto, o actual PDM carrega um peso político excessivo, traduzido numa estratégia de redução da densidade construtiva, que tem conduzido a um definhamento galopante, agravado pela desertificação da Baixa, por falta de investimento privado. Na minha opinião, cada vez mais o urbanismo/planeamento das cidades é feito pela vontade política das autarquias, na figura de quem as dirige, sem a preocupação de as pensar para o “depois de amanhã” e sem auscultação dos agentes envolvidos.
Ana Gil