De: José Silva - "Comentando o que se conhece"

Submetido por taf em Sexta, 2007-02-09 00:58

Dr. Rui Moreira

1. Estava então mal informado relativamente ao Burgo. Retiro o que escrevi e deixo o meu sincero pedido de desculpas.

2. Na submissão generalizada da maioria da população residente a Norte de Portugal, felizmente existem vozes como a do Dr. Rui Moreira a defender os nossos interesses e indirectamente a valorização do nosso património imobiliário. Mas também tenho que dizer que existe, infelizmente, muita incoerência entre essas afirmações suas e da associação que representa e a vossa prática no longínquo ano de 1998. Efectivamente o mapa era mau (ou um mal menor, depende da perspectiva), mas havia uma outra pergunta: Se concordava com o Processo de Regionalização. Poderia ter votado sim numa e não noutra. A associação que anos depois passou a representar poderia ter defendido essa tese tal como fez o Movimento de Direita pela Regionalização, da qual fizeram parte alguns dos actuais Blasfemos. Poderia ter-se dito não ao Mapa e sim ao Processo. Essa incoerência, na minha opinião, retira-lhe força. Facilmente se pensará: Tanta contestação, legítima e acertada, mas na hora H, não usou o poder que tinha. Daí o meu comentário.

3. Conhecendo-se as suas posições e da CCIP/ACP contra as decisões da Administração Central, conhecendo-se a sua actividade profissional completamente independente da administração pública, conhecendo-se o seu arrependimento e a sua discordância quanto ao Mapa, pf aproveite para explicar aos leitores da Baixa do Porto qual foi o motivo de força maior que efectivamente o levou a votar contra a Regionalização-Processo. De outra forma: O que é que na altura achou de tão mau, para além do Mapa, que agora já não acha e que o leva a arrepender-se?

4. Como escrevi, tudo isto se passou há 9 anos. Não pretendo recriminar. Antes pelo contrário. Há hoje um desafio mais importante do que a Regionalização que é a abolição do projecto Ota. Para isso todas as vozes são importantes, «esgotadas» ou não, «falando do que se conhece» ou não.

José Silva - Nortugal.Info