De: António Alves - "Ainda «a verdadeira cultura» II"
Caro Sr. Rui Cunha
Se o modelo adoptado pelo doutor Rio para a gestão do Rivoli fosse o que é sugerido pelo director do Público, no referido editorial, tenho a plena certeza que todos nós estariamos - de pé! - a aplaudir calorosamente a opção do nosso edil. Infelizmente não foi nada que se pareça.
"Uma só exposição como a sobre Amadeo faz mais pela educação do gosto dos portugueses do que milhares de microeventos de "criadores" que não estão dispostos a correr os riscos e a trilhar os caminhos difíceis que Amadeo percorreu antes de morrer - e morreu sem ser famoso ou rico, como morreram Van Gogh ou Pessoa. Mas uma exposição como aquelas só na Gulbenkian. Como só com o modelo de gestão de Serralves (e, esperemos, da Casa da Música) é possível ter coerência na acção e prolongar no tempo essa coerência. Os frutos colhem-se depois".
Nota: o sublinhado é meu.
António Alves