De: Rui Valente - "«Conversa da Treta»"

Submetido por taf em Quinta, 2006-04-06 14:08

Ao fim da manhã, ouvi, através do habitual forum da TSF declarações do mediático advogado José António Marinho que são de deixar de rastos a classe política e alguns serviços do estado. Não sei porquê, mas, apesar da pose séria e respeitável com que alguns dos seus correligionários procuram descredibilizá-lo (incluindo a do próprio bastonário), o homem transmite-me a ideia de uma pessoa honrada e frontal muito a contra-gosto do políticamente correcto.

E o que é que isso tem a ver com a Baixa do Porto? Aparentemente, nada. Mas se nos lembrarmos do empobrecimento acelerado da nossa cidade/região, dos problemas económicos (já aqui patenteados), do autor deste blogue para concretizar alguns dos seus projectos e os confrontarmos com a riqueza súbita, exibida por alguns políticos, poderemos perceber melhor as palavras implacáveis de José António Marinho.

Dizia ele (e com toda a razão) que a "culpa" também era do povo português, que apesar de estar cansado de ter conhecimento da corrupção reinante, da mentira compulsiva, do populismo barato, continua ordeiramente a votar nos mesmos indivíduos a quem passados poucos meses de exercerem o poder, já estão a dirigir as piores acusações e insultos.

E, é aqui que a "porca torce o rabo", quando ele sugere que se vote noutros indivíduos. O que gostaria de lhe perguntar, era como, em quem, e com que garantias de credibilidade poderemos nós votar neste sistema de democracia!

Aqui atrasado, pus um pouco de "água na fervura" quando Pulido Valente referindo-se a um texto da minha autoria me dizia: ó Rui, isto só lá vai à bomba! Eu não quis concordar com ele, não fosse alguém mais escrupuloso levar demasiado à letra aquela boca, mas se querem saber, começo a pensar que isto já não vai lá com votos nem com esta democracia bastarda. É um nojo!

Rui Valente