50.000 euros para o LerParaVer
O mal quase geral dos empreendedores no Porto, que têm vontade de trabalhar, competência, e até mercado, é a falta de capital, de fundo de maneio para sustentar o período de carência que é praticamente inevitável em qualquer negócio. Já frequentemente tenho escrito sobre este assunto. Não tendo património que possam dar como garantia de eventuais empréstimos bancários, resta-lhes apresentar o seu curriculum e pouco mais. É preciso apostar nas pessoas, mais do que em planos de negócio com pressupostos que se sabe à partida serem impossíveis de provar! Isto é assunto para os particulares, e não para instituições que precisam de formalismos mais complexos, nem muito menos para o Estado. Os apoios estatais têm acabado sempre por se revelar uma verdadeira burla aos promotores.
Aqui fica um texto que apresenta sucintamente o projecto “lerparaver.com” onde estou envolvido. Procuro um “business angel” (ou um conjunto de vários) que arrisque emprestar 50.000 euros ou, alternativamente, que suporte despesas até este valor máximo sendo posteriormente reembolsado. Trata-se de um montante exactamente igual ao financiamento que já está contratualizado com o Programa Operacional Sociedade do Conhecimento e portanto pelo menos por essa via há receitas suficientes para devolver o empréstimo, embora isto para a banca não seja garantia suficiente… É que o Estado está atrasadíssimo com os pagamentos prometidos e nem sequer consegue explicitar quando poderá concretizar as transferências!
Afinal a rede de contactos baseada nos blogs e na Internet funciona ou não? ;-)
Conseguiremos resolver o problema?
Tiago Azevedo Fernandes
91-663.03.96
taf@etc.pt
https://taf.net/
-----------------
50.000 euros.
O lerparaver.com é um serviço online nascido em 1999 e destinado a deficientes visuais. Os seus conteúdos são também geridos por deficientes visuais e tem mais de 2000 visitas diárias.
Tendo sido originalmente uma iniciativa individual, o lerparaver.com passou recentemente a ser assumido pela Terras do Vento Norte, C.R.L., uma cooperativa sem fins lucrativos, para efeito de candidatura ao POSC - Programa Operacional Sociedade do Conhecimento com vista à reformulação completa do site e ampliação dos serviços prestados. Nesse âmbito o projecto foi considerado de “Manifesto Interesse Público” e aprovado um apoio de 100% das despesas elegíveis, totalizando 50.000 euros.
Por razões que se prendem com a infelizmente já tradicional ausência de comportamento de pessoa de bem por parte do Estado no que respeita a pagamentos previstos mas sempre adiados, precisamos agora de encontrar urgentemente um complemento a esse apoio do POSC. Estamos aliás a verificar que, se contarmos com o tempo até agora perdido, as dificuldades que este comportamento do Estado já nos colocou provavelmente não irão ser compensadas pelos benefícios que hipoteticamente daí advirão. Mas o projecto já está a decorrer e não faz sentido desistir dele.
O que pretendemos do lerparaver.com?
Além da fraca acessibilidade de conteúdos genéricos, na Internet ainda faltam muitos conteúdos específicos para deficientes visuais. As tarefas que propomos levar a cabo com este projecto visam minimizar este problema, criando um serviço que permita disponibilizar conteúdos regularmente seleccionados para esta camada da população e que em grande parte ainda não existem em língua portuguesa.
Numa primeira fase haverá um esforço muito activo por parte dos promotores na implantação dos novos serviços. Contudo, o objectivo é fazer com que a própria comunidade virtual os passe a assegurar de forma voluntária ao fim de um ano, organizando-se em equipas de trabalho que farão uso das ferramentas de produção distribuída de conteúdos entretanto criadas, configuradas, testadas e disponibilizadas. Este portal passará assim a ser uma “obra colectiva” feita pelos próprios interessados.
O projecto tem como principais destinatários os deficientes visuais, especialmente os cerca de 160 mil que são portugueses, bem como todos os interessados por estas temáticas. Contudo, o projecto tem um potencial muito superior, pois já hoje o lerparaver.com é um portal de referência também noutros países de língua portuguesa.
Queremos tornar o lerparaver.com auto-sustentável.
Estamos a reformular um pouco o nosso objectivo inicial, mantendo embora as características de serviço público na Internet que o lerparaver.com já possui e que justificam a sua popularidade. Queremos agora acrescentar uma componente adicional que permita aos seus promotores exercer a sua actividade profissional usando o lerparaver.com como veículo de divulgação e de estabelecimento de contactos, ultrapassando deste modo algumas dificuldades provocadas pela deficiência visual quando são usados outros meios.
A cooperativa possui também outros serviços na Internet para o público em geral. Dois deles merecem destaque especial, pela sua popularidade e prestígio:
O que precisamos?
Necessitamos de fundo de maneio: cerca de 50.000 euros. O trabalho nos próprios desenvolvimentos do lerparaver.com exige bastante tempo e tem financiamento até agora “virtualmente” suportado pelo POSC. Mas, enquanto não chegam as verbas previstas, os honorários precisam de ser pagos, as despesas precisam de ser suportadas. Mais: a divulgação da disponibilidade para a prestação de serviços só terá retorno financeiro passado um período de carência inicial durante o qual o esforço se concentrará na melhoria e alargamento da audiência dos sites referidos.
Que serviços poderemos prestar?
Basicamente todos os que um pequeno grupo de pessoas licenciadas em Gestão, Direito ou Engenharia (deficientes visuais ou não) estejam em condições de executar ou gerir em conjunto. Cada vez mais o acesso ao mercado é favorecido pela existência de uma comunidade na qual estão inseridos, e são conhecidos, os prestadores de serviços. É este o caso. Os visitantes destes sites sabem quem somos, ou no mínimo o que fazemos. As oportunidades concretas serão descobertas no decorrer das interacções com esta comunidade. A aposta é precisamente cultivar a vida destas “comunidades virtuais” fomentando o aparecimento de laços pessoais e profissionais que gerem novos negócios.
Temos neste momento algum trabalho assegurado (pelo menos tanto quanto se possa confiar no Estado): o que está contratualmente garantido pelo POSC, durante um período de um ano. Somos capazes, em conjunto, de fazer e de gerir muito mais do que isso. Queremos estabelecer novos contratos que proporcionem receitas adicionais aos nossos colaboradores e remunerem adequadamente o capital que venha a ser investido. Estamos a ser atrasados pela extraordinária lentidão do Estado em cumprir as obrigações que voluntariamente assumiu connosco, o que nos impede de planear e manter uma rotina eficiente de produção.
Aqui fica um texto que apresenta sucintamente o projecto “lerparaver.com” onde estou envolvido. Procuro um “business angel” (ou um conjunto de vários) que arrisque emprestar 50.000 euros ou, alternativamente, que suporte despesas até este valor máximo sendo posteriormente reembolsado. Trata-se de um montante exactamente igual ao financiamento que já está contratualizado com o Programa Operacional Sociedade do Conhecimento e portanto pelo menos por essa via há receitas suficientes para devolver o empréstimo, embora isto para a banca não seja garantia suficiente… É que o Estado está atrasadíssimo com os pagamentos prometidos e nem sequer consegue explicitar quando poderá concretizar as transferências!
Afinal a rede de contactos baseada nos blogs e na Internet funciona ou não? ;-)
Conseguiremos resolver o problema?
Tiago Azevedo Fernandes
91-663.03.96
taf@etc.pt
https://taf.net/
-----------------
50.000 euros.
O lerparaver.com é um serviço online nascido em 1999 e destinado a deficientes visuais. Os seus conteúdos são também geridos por deficientes visuais e tem mais de 2000 visitas diárias.
Tendo sido originalmente uma iniciativa individual, o lerparaver.com passou recentemente a ser assumido pela Terras do Vento Norte, C.R.L., uma cooperativa sem fins lucrativos, para efeito de candidatura ao POSC - Programa Operacional Sociedade do Conhecimento com vista à reformulação completa do site e ampliação dos serviços prestados. Nesse âmbito o projecto foi considerado de “Manifesto Interesse Público” e aprovado um apoio de 100% das despesas elegíveis, totalizando 50.000 euros.
Por razões que se prendem com a infelizmente já tradicional ausência de comportamento de pessoa de bem por parte do Estado no que respeita a pagamentos previstos mas sempre adiados, precisamos agora de encontrar urgentemente um complemento a esse apoio do POSC. Estamos aliás a verificar que, se contarmos com o tempo até agora perdido, as dificuldades que este comportamento do Estado já nos colocou provavelmente não irão ser compensadas pelos benefícios que hipoteticamente daí advirão. Mas o projecto já está a decorrer e não faz sentido desistir dele.
O que pretendemos do lerparaver.com?
Além da fraca acessibilidade de conteúdos genéricos, na Internet ainda faltam muitos conteúdos específicos para deficientes visuais. As tarefas que propomos levar a cabo com este projecto visam minimizar este problema, criando um serviço que permita disponibilizar conteúdos regularmente seleccionados para esta camada da população e que em grande parte ainda não existem em língua portuguesa.
Numa primeira fase haverá um esforço muito activo por parte dos promotores na implantação dos novos serviços. Contudo, o objectivo é fazer com que a própria comunidade virtual os passe a assegurar de forma voluntária ao fim de um ano, organizando-se em equipas de trabalho que farão uso das ferramentas de produção distribuída de conteúdos entretanto criadas, configuradas, testadas e disponibilizadas. Este portal passará assim a ser uma “obra colectiva” feita pelos próprios interessados.
O projecto tem como principais destinatários os deficientes visuais, especialmente os cerca de 160 mil que são portugueses, bem como todos os interessados por estas temáticas. Contudo, o projecto tem um potencial muito superior, pois já hoje o lerparaver.com é um portal de referência também noutros países de língua portuguesa.
Queremos tornar o lerparaver.com auto-sustentável.
Estamos a reformular um pouco o nosso objectivo inicial, mantendo embora as características de serviço público na Internet que o lerparaver.com já possui e que justificam a sua popularidade. Queremos agora acrescentar uma componente adicional que permita aos seus promotores exercer a sua actividade profissional usando o lerparaver.com como veículo de divulgação e de estabelecimento de contactos, ultrapassando deste modo algumas dificuldades provocadas pela deficiência visual quando são usados outros meios.
A cooperativa possui também outros serviços na Internet para o público em geral. Dois deles merecem destaque especial, pela sua popularidade e prestígio:
- 7arte.net – site sobre Cinema, vencedor do prémio JetNet da Telepac por votação do público em todos os anos em que este se realizou, com uma média superior a 3500 visitas diárias.
- “A Baixa do Porto” - o mais conceituado blog de debate sobre a cidade do Porto, congregando a participação de inúmeras figuras públicas e cidadãos comuns, com cerca de 500 visitas diárias.
O que precisamos?
Necessitamos de fundo de maneio: cerca de 50.000 euros. O trabalho nos próprios desenvolvimentos do lerparaver.com exige bastante tempo e tem financiamento até agora “virtualmente” suportado pelo POSC. Mas, enquanto não chegam as verbas previstas, os honorários precisam de ser pagos, as despesas precisam de ser suportadas. Mais: a divulgação da disponibilidade para a prestação de serviços só terá retorno financeiro passado um período de carência inicial durante o qual o esforço se concentrará na melhoria e alargamento da audiência dos sites referidos.
Que serviços poderemos prestar?
Basicamente todos os que um pequeno grupo de pessoas licenciadas em Gestão, Direito ou Engenharia (deficientes visuais ou não) estejam em condições de executar ou gerir em conjunto. Cada vez mais o acesso ao mercado é favorecido pela existência de uma comunidade na qual estão inseridos, e são conhecidos, os prestadores de serviços. É este o caso. Os visitantes destes sites sabem quem somos, ou no mínimo o que fazemos. As oportunidades concretas serão descobertas no decorrer das interacções com esta comunidade. A aposta é precisamente cultivar a vida destas “comunidades virtuais” fomentando o aparecimento de laços pessoais e profissionais que gerem novos negócios.
Temos neste momento algum trabalho assegurado (pelo menos tanto quanto se possa confiar no Estado): o que está contratualmente garantido pelo POSC, durante um período de um ano. Somos capazes, em conjunto, de fazer e de gerir muito mais do que isso. Queremos estabelecer novos contratos que proporcionem receitas adicionais aos nossos colaboradores e remunerem adequadamente o capital que venha a ser investido. Estamos a ser atrasados pela extraordinária lentidão do Estado em cumprir as obrigações que voluntariamente assumiu connosco, o que nos impede de planear e manter uma rotina eficiente de produção.