De: Pedro Lessa - "Serviços camarários"
Ainda a propósito do arquitecto lisboeta, e no seguimento do que disse o Pedro Aroso (que aproveito para saudar), seria de todo o interesse que o Sr. Vereador, em mais um episódio relativo ao funcionamento dos serviços que tutela, percebesse como a situação já está deformada. Seria de todo o interesse que percebesse, quando diz na carta de resposta ao JN, que quem se queixa é arquitecto e por isso tem pleno conhecimento que fez obras ilegais, alguma motivação o requerente terá tido. É que o paradoxo já chegou a estes termos.
Exemplifico com uma situação que já me aconteceu a mim também. Ao iniciar obras num edifício, foi o meu próprio cliente que me disse (apesar da minha insistência no contrário) para começar primeiro as obras e só depois quando alguém se queixasse é que se meteria o respectivo processo de legalização. É que o processo assim é mais rápido, disse-me ele. E efectivamente foi.
Para já se chegar a estes termos, é sintomático o quanto os serviços estão obsoletos. Já para nem falar em casos como o que ABurmester aqui mostrou. Mas este, para mim, é diferente, porque já tem contornos políticos. É que foi aprovado pelo Vereador da altura, aquele tal, impoluto, que lutava contra a corrupção. Para bem da sua imagem, ele deveria vir agora a público explicar como é que aquela anormalidade foi possível. Porque senão, na dúvida, já sabe o rótulo que lhe vão colocar.
Cumprimentos,
Pedro Santos Lessa.
pedrolessa@a2mais.com