2007-05-27
- Programa de salvação regional
- Propostas para manter o Norte
- Governo preocupado com situação económica da região Norte
- Professor desafia líder do PS/Porto a especificar insultos
- Ex-assessor diz que dirigentes do PS-Porto tentaram comprar silêncio com "tacho"
- Porto Palácio associa-se ao "Oporto Show 2007"
- Tito Noronha (Stanguellini) no Grande Prémio Histórico do Porto
- Uma maratona cultural muito democrática
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Cristina Santos
Destaque: Chat público no Portugal Diário, hoje às 16h30, com Mendo Castro Henriques, autor do livro "O Erro da Ota".
- Compras pela noite dentro
- Lojas da baixa portuense abertas até às 24h00 de sexta-feira
- Sagres prepara espectáculo de luminotecnia no Porto
- últimasmag
- Viela do Anjo - via Cidade de abrigo
- INH recusa falhas no sistema para actualização de rendas
- Subsídios a fundo perdido podem acabar
- PCP divulga resposta à queixa apresentada em Junho (ainda a cláusula)
- Cardoso e FC Porto contestam acusação
- PS acusa Rui Rio de «perseguição» a autarca socialista
- A vergonha que se está a passar na Baixa do Porto
- Penafiel: Protestos fazem regressar carros ao centro histórico
- "Portugal continua a ser um país muito centralizado"
Lisboa:
- Programas de reabilitação no impasse: «Também os pedidos de candidatura aos programas de reabilitação urbana que já tenham sido aprovados avançam mas com a mesma condição: disponibilidade de verba. A autarquia disponibiliza actualmente quatro programas nesta área: Recria, Rehabita, Recriph e Solarh.»
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Nota de TAF: sugestão de José Silva - Dilemas para o senhor Reitor da UP
É com muito agrado que vi, ao fim de mais de 6 anos de mandato, a CM Porto, nesta gestão, a dizer e promover qualquer coisa – que se veja – relativa ao ambiente. VIVA! SINCEROS PARABÉNS!
Mas, como não há bela sem ...., automóveis, motores e afins, perguntava apenas ao Pelouro do Ambiente se quando a corrida chegar da Praça Velásquez (Francisco Sá Carneiro) ao parque da cidade, os cicloturistas e amigos do ambiente irão passear por entre os rails de protecção que estão instalados à volta do parque da cidade há quase duas semanas. Se assim for tenham cuidado, pois houve alguma luminária que, mais de um mês antes da realização das corridas ambientais dos carros velhos e dos bólides novos, decidiu montar o “Circuito da Boavista” tornando a circulação automóvel perigosa, muito, muito perigosa, e fazendo da chegada ao e permanência no parque uma agradável sensação de estar enclausurado dentro de rails metálicos.
Pedia, ainda ao Pelouro Ambiente que, finalmente, desse a conhecer ao povo do Porto – pelo menos aos que cá moram, pagam impostos e elegem os autarcas – os estudos de impacto ambiental que foram feitos – e ouvi dizer que existem vários – antes de ser tomada a decisão de circundar o parque da cidade durante dois fins-de-semana com automóveis – nenhum deles com qualquer preocupação ambiental – e, agora, num terceiro com aviões de última geração (quiçá a utilizar combustíveis não poluentes).
E, aproveitava a Semana do Ambiente para convidar o pelouro do ambiente a dar conta, em relatório, de preferência com uma apresentação em powerpoint, sobre as muitas iniciativas e acções já desenvolvidas em relação às praias do Porto – substituição de areias, limpeza das praias, melhoria da água, etc..., - e, sobre o mais, com a participação daquele Sr. Engº do extinto SMAS ou das Águas do Porto que descobriu uma lei da física, para poder explicar aos portuenses quais os meios financeiros afectos e quais as acções já tomadas para tratar os nossos esgotos e acabar, rapidamente e de vez, com a poluição bárbara e terceiro mundista do nosso Rio Douro.
Até lá, boas pedaladas e aguardarei a chegada do contingente ambientalista no parque da cidade.
Procurando associar-se às comemorações do Dia Mundial do Ambiente (5 de Junho) e, dando continuidade ao vasto programa de informação e envolvimento da população que vem sendo desenvolvido ao longo do ano, fundamentalmente através dos 5 Centros de Educação Ambiental (instalados respectivamente no Parque S. Roque, Núcleo Rural P. Cidade, Quinta do Covelo, Parque da Pasteleira e Palácio de Cristal), o Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal do Porto preparou um conjunto de actividades que compõem a edição 2007 da “Semana do Ambiente”, a decorrer entre os dias 2 e 8 de Junho.
Assim no próximo dia 2 de Junho (Sábado), será realizado o já tradicional passeio de cicloturistas “Pedalar pelo Ambiente”, que nesta VII edição se propõe unir a Praça Francisco Sá Carneiro e o Parque da Cidade – num convívio salutar, de acesso totalmente gratuito, que prevê a oferta de uma t-shirt e o sorteio de uma bicicleta. A Concentração está marcada para as 14h30 na Pr. Francisco Sá Carneiro. Os interessados em participar devem fazer a sua inscrição no site da CMP até ao próximo dia 1 de Junho ou no próprio dia e ainda consultar o vasto programa de actividades da “Semana do Ambiente”.
RESPIRE ESTA CAUSA.
PARTICIPE.
Para mais informações: www.cm-porto.pt
Falando do Porto rural…
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Gaia :
- Teleférico fica pronto dentro de um ano
- Centro histórico sem carros
- Portagem no Parque do Gerês a partir de amanhã
- Carmona diz-se enganado por ex-vereador do PSD: «"Podia ir logo para uma guerra, tirar-lhe as competências. Mas quando é uma pessoa que está superapoiada pelo partido e pela distrital...", refere o candidato, que disse ter resolvido o assunto com "uma bofetada de luva branca". O ex-líder da CML assegura que é agora do seu conhecimento que Sérgio Lipari só despachou um entre 200 processos que tinha em mãos até final do ano. Processos que tinham a ver com a atribuição de habitação social.»
O Engº Carmona Rodrigues ainda vai ser útil ao País. E do lado de cá será que os acusados também vão abrir o livro e desvendar os enredos?!
Excelente debate ontem à noite na RTP-N.
Rui Moreira não se deixou abater pela triste notícia da venda do nosso “menino” e esteve em grande forma ao argumentar de forma muito convincente a favor da gestão privada concorrencial entre os aeroportos de Lisboa, Faro e Porto. Surpreendente a posição de Renato Sampaio do PS Porto que argumentava que não estava demonstrado que a gestão privada e concorrencial dos aeroportos fosse melhor, sendo que se esta fosse entregue à ANA haveria “sinergias”. Aí eu apenas acrescentaria que é consensual, como qualquer caloiro de Economia e Gestão sabe, que a concorrência é melhor para o consumidor que o monopólio, pelo que uma leitura rápida a Economics - Samuelson, Nordhaus tira algumas dúvidas. As “sinergias” de que fala repercutir-se-ão, em situação de monopólio, apenas a favor da empresa e não dos consumidores (e a empresa terá tendência a funcionar pior, uma vez que não está pressionada pela concorrência).
Todos pareceram unânimes nos elogios ao nosso aeroporto Sá Carneiro. Devo dizer que não concordo totalmente: poucos elevadores (imagino com mais tráfego), escadas rolantes intermináveis, e nem sequer uma pála suficientemente grande para parar o carro nas partidas sem ficarmos encharcados quando chove. Recordo também, e isso foi discutido na altura, os atrasos enormes que as obras tiveram e os constrangimentos que isso causou. Por isso nada me convence que a gestão da ANA, ainda em por cima em monopólio, seja melhor que a gestão de outra empresa qualquer.
Inevitavelmente se discutiu a Ota e não Ota. Jorge Costa defendia uma posição na minha opinião indefensável por parte do PSD que era a de não haver na altura estudos que fossem suficientes para decidir entre Ota ou outra localização. Esse argumento, Sr. Eng, é hábil mas não colhe porque, como muito bem explicou Rui Moreira, a questão não é entre Ota, Rio Frio ou Poceirão mas sim entre ter 2 aeroportos e ter 1 aeroporto em Lisboa e outro – que pode ser Montijo ou até Beja – para as low costs. Essas solução podia e devia ter sido apresentada pelo PSD enquanto Governo e não o fez e aliás pelo que me apercebo ainda não o faz agora preferindo discutir alternativas à Ota e não alternativas a termos 2 aeroportos. Aliás o argumento Portela+1 tem sido defendido por muita gente e continua a ser o que mais me convence. Basta ir a Beauvais nos arredores de Paris ou a Stanstead para ver como a coisa funciona e não custa 16 mil milhões de euros.
Quanto ao TGV, continuo com bastantes dúvidas sobre a sua utilidade, excepto no eixo Porto-Lisboa. É no entanto óbvio mesmo para um observador desatento que, a haver, tem de parar no aeroporto de Sá Carneiro, o que também foi e muito bem referido.
É necessário que mais vozes como a de Rui Moreira se ergam. Para discutir estes assuntos não é necessário e não é certamente obrigatório haver regionailização. É necessário haver voz. E que fale alto.
O Norte tem que pensar positivamente para ser positivo, estranho é que na entrevista só sejam encontrados pontos negativos, nos empresários, na voz do povo, nos autarcas. Provavelmente pensar positivo é pensar que o Governo age bem, o Norte é que não colabora. As PMEs fecham portas porque recusam tornar-se grupos económicos, os desempregados não têm visão estratégica. Todos os bons fugiram para Lisboa, não pelas condições de favorecimento ao centralismo, mas sim por inoperância dos nossos agentes económicos.
O Norte terá que passar primeiramente por uma terapia e só depois reclamar a Regionalização. O Norte é incapaz, o sistema nacional não tem nada a ver com isso. O Norte ainda não entendeu que o que se faz em Lisboa parte exclusivamente da autarquia dessa cidade e das suas gentes, que desenvolvem estratégias mais atractivas. No Norte são todos uns pedintes, há uns anos largos que são pedintes, na vez de cuidar das suas empresas e negócios cuidam da situação em Lisboa. Há tanta coisa a corrigir no Norte, antes de fazer a Regionalização.
E afinal, Regionalização para quê? Com a Regionalização podíamos negociar o investimento que o Norte faria no projecto OTA? Investir conforme a rentabilidade a obter?
Podíamos trocar a OTA por outros projectos que a Região entendesse prioritários para o país? Mesmo sem regionalização, não podemos desmoralizar, temos que continuar a falar de negócios, a evoluir, e se aqui não der procurar noutro local parcerias. Nisso estamos todos de acordo, não tem é adiantado muito.
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Nota de TAF: também em áudio na Antena 1
Começo por anotar que quando acerca deste tema me refiro a Lisboa não estou a pensar nos lisboetas. Digamos que estou a utilizar, talvez indevidamente, uma figura de estilo a que chamam: sinédoque. Nesta matéria da regionalização designa-se, muitas vezes, “Lisboa” para querer dizer “poder central” ou o território identificado por “Lisboa-Vale do Tejo”, que, como se sabe, basta ler os indicadores, tem sido fortemente beneficiado na afectação de recursos públicos.
Como já aqui alguém disse a Regionalização não deve ser apontada como a varinha de condão que nos vai tirar da crise. Aliás, se não existisse crise talvez não estivéssemos aqui a tratar desta matéria. O que eu penso, em resultado do que por aqui tenho lido, é que a Regionalização não resolve muitos dos problemas que aqui têm sido equacionados e apresentados como resultantes da inexistência das Regiões. Posso ter lido mal, mas dizer isto não é ser ou estar contra a Regionalização, embora, reconheço, também não é nenhuma manifestação de fé na dita. Admito estar baralhado e nada disto fazer sentido. Mas uma coisa me parece certa: é que se o problema central é o da repartição de impostos estaduais e de fundos comunitários, então, isto pode ser resolvido por recurso a mecanismos de descentralização de competências para a administração local, com afectação dos correspondentes recursos financeiros, o que não implica, necessariamente, a criação de um outro nível de administração – as Regiões.
Coloco esta situação, apenas, para evidenciar que o debate sobre as regiões deve também ser abordado num outro patamar, que comece por equacionar o âmbito de intervenção dos diferentes níveis de governo (quem faz o quê) sobre o mesmo território e o modo de financiamento das atribuições de cada nível de governo local: Freguesias, Municípios e Regiões. Numa perspectiva mais radical, o debate sobre a criação das regiões até deveria pôr em questão a actual divisão administrativa do território, o que até poderia implicar a criação de novos Municípios por contrapartida da extinção de Freguesias. Não deveriam as Regiões ser a resultante de um processo de reforma administrativa deste tipo? Porque não discutir esta matéria?
Como nota final, deixo ainda esta observação: O actual quadro legal não só permite como fomenta o associativismo local, o que permitiria que, por exemplo, o planeamento ou mesmo a prestação de serviços e gestão de equipamentos educativos, culturais ou outros, em territórios fortemente interligados, fossem assegurados por uma entidade supra-municipal.
Qual o grau de desenvolvimento deste associativismo? Praticamente nulo. O histórico mostra que os líderes locais não estão disponíveis para abrir mão das suas competências e da correspondente fatia do orçamento. Como diz hoje o Reitor da Universidade do Porto, cito de cor, cada um prefere ser dono de uma coisa pequenina do que partilhar a capacidade de liderar algo muito maior e melhor (ver JN). Talvez o Senhor Reitor não estivesse a pensar no poder local, mas aplica-se por inteiro.
Em conclusão, há muito a debater sobre as regiões, em particular, e o poder local, em geral.
Joaquim Carvalho
Da entrevista ao JN do reitor da Universidade do Porto, Marques dos Santos, retiro a seguinte passagem que me parece dever merecer a melhor atenção de quem reflecte e comenta o actual estado do Norte e do Porto e que, modestamente, subscrevo em absoluto:
Tem assumido um discurso pró-região. Afinal, como chegou o Norte a este declínio? Como perdeu a sua força reivindicativa?
- O que terá acontecido foi que o Norte não soube criar as condições para fixar emprego de grande qualidade nos vários sectores. Todo esse emprego foi para Lisboa, para outros locais ou para fora do país, o que significa que não conseguimos fixar pessoas de elevada qualidade, que contribuam para o progresso da região.
É uma culpa partilhada pela região e pelo Estado?
- Claro que sim, é de toda a gente. Os empresários e os artistas vão todos para Lisboa. Às vezes, interrogo-me se estão à espera de algum deus que venha criar as condições na região. Cada um de nós tem de se sacrificar um pouco para criar as condições necessárias. Se quem é capaz e pode contribuir abalar daqui para fora, isto nunca crescerá. E seria interessante que os que daqui saíram, a diáspora da região, regressassem. Talvez seja ingenuidade? Se é, então desistimos, ficamos com um país macrocéfalo que tem apenas um grande centro em Lisboa e deixamos de nos queixar.
A atitude deve mudar?
- Temos de ser nós próprios a resolver os problemas e não apontar os outros como causas. Temos de deixar este discurso de lamúria e ser mais positivos.
Cumprimentos.
Joao F Coelho
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Nota de TAF: a Cristina já antes tinha referido a entrevista aqui. ;-)
Ninguém diria mas, de facto, esteve ontem no Porto (em Serralves), na mais perfeita discrição, uma das personagens mais mediáticas do jet-set internacional, o príncipe Alberto do Mónaco e, mais uma vez, contrariando absolutamente a imagem de provincianos e bacôcos com que alguns gostam de identificar a nossa gente, não houve foguetes, televisões nem "mega-feijoadas" (e ainda bem)...
É assim, de vez em quando no Porto provamos que somos capazes de não ficar de boca aberta pela proximidade de um ilustre, mas simples mortal...
Rui Valente
1. A construção da Ota e libertação dos terrenos da Portela é uma PPP propositadamente cara para alimentar lobbies financeiros, imobiliários e da construção civil. A Portela não está assim tão saturada e com investimentos sensatos resolve-se o problema.
2. Através de práticas monopolistas do futuro dono da ANA, a Ota irá drenar a utilização do aeroporto do Porto, contribuindo ainda mais para o não desenvolvimento da região Norte e desvalorização do património imobiliário. A alternativa Portela +1, ou um novo aeroporto na margem sul, salvam Pedras Rubras.
3. A aviação civil consome 7% do petróleo mundial. Estamos no «Peak Oil», ou pelo menos no «Imposed Peak Oil», onde os produtores de petróleo, Rússia à frente, vão cobrar preços mais altos pelas suas matérias primas. Investimentos faraónicos em aeroportos é neste cenário uma medida suicida.
4. O Norte e Centro ainda são regiões industriais e exportadoras que necessitam de custos de transporte competitivos. Continuar a escoar mercadorias para a Europa via TIR não é sensato. O sensato é apostar nos portos e ferrovia. Assim faz todo sentido ligar o porto de Aveiro à linha da Beira Alta, como está a decorrer, e usar o Porto - Braga - Vigo para transporte de mercadorias. O que não faz sentido é que a linha do Douro e o ramal de Leixões, que liga o respectivo porto à ferrovia, não estejam a ser usados neste segmento. O que se passa com a intermodalidade rodo-ferrovia-portuária em Matosinhos, alguém sabe? O Porto de Leixões tem capacidades que o de Aveiro não tem e que precisam de ser potenciadas!
5. A modernização ferroviária, passageiros e mercadorias, como alternativa à rodovia para «combater» o Peak Oil, passa pela alteração de bitola e não pela existência de TGVs (comboios de alta velocidade, +300 kmh); estes só são rentáveis para elevadas distâncias. Para Portugal e para o Norte, comboios como o Alfa Pendular, de velocidade elevada (+200 kmh) servem perfeitamente.
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Notas de TAF:
- Por indicação de Rui Moreira - o Aeroporto Sá Carneiro, a Ota e a privatização da ANA hoje em debate na RTP-N a partir das 23.00 horas.
- Prédios recuperados pela SRU Porto Vivo vão ser "obrigados" a poupar energia
Decididamente, além da inoperância do Presidente da Câmara do Porto, do qual nunca esperei nada de especial, (admira-me que ainda dele se fale e espere alguma coisa), há nesta nossa cidade um mistério bem mais intrigante, que é o de descobrir o seguinte:
- - Porque é que quando se fala de Regionalização, sem mesmo se pronunciar o nome de Lisboa, há sempre quem insista em bater na tecla de que estamos a culpabilizar ou a diabolizar os lisboetas? Apesar de algum esforço nesse sentido, já não faço a mínima ideia como contornar o problema, pois é em Lisboa que o Governo está. As referências são feitas ao Governo centralista de Lisboa, não às pessoas. Quantas vezes será preciso afirmá-lo? Será assim tão complicado entender isso?
- - Porque é que a seriedade das discussões e das ideias sobre a Regionalização está também agora a ser posta em causa por quem até aqui tão pouco interesse tem manifestado em abordá-la? Querem discutir pormenores? Pois bem, façam-no. O que me parece é que seja qual for o resultado desse tal debate "sério" e admitindo que conseguímos chegar a um consenso, qual será o passo seguinte? Quem decide? Alguém sabe? É que de debates estamos nós servidos (e cansados), o problema é passar ao concreto. O problema bom, é mesmo esse, decidir. O que mais temos feito é escrever, criticar muitas vezes e elogiar poucas. Mas nós aqui não vamos decidir coisa nenhuma, infelizmente. Ou vamos?
Andámos há muito a dizer que precisamos de liderança para defender os interesses da cidade e da região. Vamos a isso. Que avance quem se sinta à altura de fazer mais e melhor do que todos os que aqui vão dando o seu contributo pessoal. Mas "sexo dos anjos" não, o Júlio Machado Vaz não ia gostar certamente.
Rui Valente
Olá.
Dos vários assuntos que gostava de abordar, queria começar pelo sensato e ponderado texto que, há dias, o Sr. Joaquim Carvalho escreveu sobre a calorosa e emotiva discussão em torno da regionalização que tem acontecido aqui no blogue. Obrigado por ter escrito esse texto.
Depois queria, com alguma ingenuidade, falar sobre a “reabilitação” que está a acontecer na Praça Carlos Alberto em apenas dois pontos:
- 1. Parece-me muito estranho que a entidade (ou uma das entidades) responsáveis pela promoção e comercialização dos futuros apartamentos venda aquele quarteirão (Café Luso e afins) como “apartamentos reabilitados no centro do Porto” e nem sequer saiba que o que de facto estão a fazer ali é construção nova depois de terem demolido tudo o que lá havia. (Claro que ficaram as fachadas do lado da Praça para disfarçar…) Chamar reabilitação da Baixa a isto é FRAUDE e publicidade enganosa, no mínimo!
- 2. Não percebo que reabilitação é esta que elimina as casas (e a possibilidade de as reconstruir) onde podem viver famílias a preços honestos – e por isso durante vários anos - para se construírem apartamentos T1 e estúdios a preços quase pornográficos (há quem diga “construção de luxo”) para uso temporário de potenciais estudantes e casais jovens que anseiam residir na Baixa… Será preciso dizer que estudantes e/ou jovens casais que anseiam viver na Baixa não têm nem capacidade financeira nem vontade de contrair empréstimos para investimentos na ordem dos 150-200 mil euros para comprarem um T1 ou um estúdio de “alta qualidade” construído atrás da fachada de três edifícios históricos? Será preciso dizer que estes jovens (o público alvo!) não têm capacidade de arrendar aos preços que os compradores esperam estes apartamentos? Será preciso explicar em que situação económica e profissional vivem os jovens que os senhores promotores e os senhores gestores de SRUs esperam que queiram viver na Baixa?
Para terminar queria saber se, agora que não se desce a Passos Manuel de carro, já alguém reparou na cruz que foi instalada na Praça D. João I? Depois dos Poveiros, da natalícia instalação da Praça da Batalha, temos esta cruz laferiana para eliminar as nossas melhores esperanças… Convém também perguntar (para quem não souber a resposta): quem pagou a instalação e manutenção disto? Quem pagou a mudança de iluminação da Praça D. João I? Foi a concessão/cedência da Praça no pack Rivoli? As receitas da publicidade no topo do Rivoli é para quem? Quanto tem custado à CMP o Rivoli desde de Março e até agora? E as tão faladas e prioritárias receitas? Quem vai pagar a reconstrução interior do Rivoli depois de ele ter sido (estar a ser) literalmente esventrado pelas “necessidades” desta produção?
Se uma empresa quiser fazer publicidade num espaço público paga impostos e taxas à CMP, não paga? O La Feria está a pagar a alguém para ter aquela cruz ali? Não foi o Rivoli cedido a privados porque uma gestão privada era mais eficaz para a rentabilização daquele espaço? Não devem as entidades privadas serem todas tratadas da mesma forma? Ou por esta ser de produção teatral tem benefícios especiais? Nesse caso voltamos ao investimento público nessa cambada de malandros que só pensa em ser artista, não é?… A mim parece-me tudo muito confuso e desonesto. Mas se calhar o problema é meu, porque na CMP só há pessoas honestas!
O governo desta cidade está entregue à bicharada. E a bicharada tem dificuldades em perceber a dimensão do monstro que está a nascer na Praça D. João I, alegremente amamentado pelas tetas do grande senhor (o grande senhor não é o da cruz…). Monstro que, quando crescer, nem o padrinho vai reconhecer… Mas isso para mim será uma alegria!
Uma última questão prática para quem tem experiência nestas coisas: uma grande empresa imobiliária quando apresenta um projecto de licenciamento na CMP quanto demora a ter uma resposta? Qual é o prazo legal para dar uma resposta? O que pode fazer uma pessoa individual quando esse prazo já há muito expirou e não obteve nenhuma resposta?
E termino a saudar novamente o Sr. Joaquim Carvalho, porque enquanto estamos sujeitos às piores atrocidades locais de que há memória, ainda temos a lata de nos preocupar e deitar as culpas para quem está em Lisboa!
Até breve,
Hélder Sousa
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Iniciativas
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- 2 e 3 de Junho: Serralves em Festa
- Voluntariado para África: 9 de Junho - Arraial de Verão em Nevogilde
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- Sustainable Building 2007, Lisboa em Setembro
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