2014-01-12
A propósito deste post do JPV, convém esclarecer que a Estamo é uma empresa privada mas de capital integralmente público. Pertence à Sagestamo, que por sua vez é uma sub-holding da Parpública. Tudo isto resulta das habituais manobras do Estado para fugir às regras que ele próprio cria e que limitam a acção das empresas públicas. É Estado por todo o lado, mas disfarçado. Tristezas. É preciso domar o monstro.
Serralves / 4ª Conferência / 16.01.2014
Neste Ciclo de Conferências em Serralves, a 4ª, intitulada Crescer para fora!, teve a participação de António Pires de Lima e Basílio Horta, sendo moderada por Carlos Daniel. Pelas 21h30 no Auditório da Fundação de Serralves, com muita afluência. Comissário de mais este Ciclo: Paulo Cunha e Silva.
Depois das oportunas intervenções de Luís Braga da Cruz sobre o tema de mais esta Conferência e dos desafios da Economia, face a uma “necessidade” de a reanimar para contrabalançar a tremenda austeridade que todos estamos a sentir, e de mais algumas palavras de Paulo Cunha e Silva, falou o moderador Carlos Daniel. Este fez uma muito interessante comparação entre o percurso dos dois oradores, que em várias áreas se cruzarem no mesmo tempo, quer como deputados, quer em outras funções, tendo ambos em seu tempo sido ministro.
Basílio Horta disse que o País - algo que tem mais notado desde que é presidente da Câmara de Sintra - empobreceu muito, mas ainda há empresários que têm vontade e empenho em investir. Quanto a crescer para fora, é indispensável dar competitividade às nossas empresas. Com valor acrescentado, para que sejam bem estruturadas, bem como equilibradas. Sendo indispensável não perder o investimento – como vem a acontecer – na Educação e nas Universidades. Investir em investigação e formação. Acabar com a burocracia que entrava o crescimento de empresas. Diversificar o investimento “lá fora”, mas para tal é indispensável conhecer bem os mercados onde se vai investir. E aqui o necessário apoio do Estado tendo representações localizadas. Mas nunca descurar o mercado interno, e não se viver em tanta austeridade só pela austeridade. Se bem que tínhamos necessidades de fazer contenções.
António Pires de Lima referiu que a partir de 1998 com a CEE investimos demasiado no mercado interno no necessário progresso do País, mas depois começou a ser evidente que este desenvolvimento não estava a ser sustentável, era necessário apostar mais no exterior que no mercado interno. Mesmo com esta crise – que vimos a viver/sofrer - é admirável que nestes últimos 4 anos as empresas têm aumentado a exportação de tal forma que percentualmente, na Europa, ficamos à frente de qualquer outro País. A Economia, as Empresas, têm ajudado a crescer nestes últimos anos, e dentro do programa de ajustamento. A nível do Estado tem-se tentado diminuir as burocracias, facilitando a vida às empresas. Necessidade de capitalizar as empresas. Disse também que muito do investimento na Educação, nas Universidades, não está a conseguir ser repercutido nas empresas.
Respostas a perguntas - Por ambos reafirmado que ainda há muito a fazer, sendo necessário capitalizar as empresas, muitas com dívidas insuperáveis, dado serem excessivamente financiadas a crédito para estimular o seu desenvolvimento. Espera Pires de Lima que a instituição financeira que está neste momento a ser criada aqui no Porto consiga aplicar o investimento em empresas que façam um desenvolvimento sustentável. Sendo, também, necessário um esforço do Governo e das Autarquias para desbloquear burocracias e custos de contextos desnecessários. Ambos: sendo essencial uma certa continuidade de todas as instituições públicas para haver credibilidade e confiança no País. Mais compromissos na vida política.
Uma muito interessante conferência, com dois bons oradores e com uma muito boa moderação. Mais uma conferência em Serralves, onde foram apontadas situações que vamos sentindo e vivendo, com vontade de tentar ficar melhor. Veremos! Estão de parabéns os oradores, o moderador, o comissário, e claro Luís Braga da Cruz e Odete Patrício e toda a equipa de Serralves. Há mais 5ª fera, 23.01.2014 às 21h30.
À primeira vista, e à segunda, parece que o estado usa e abusa de poderes que não devia ter (terá?)* para resolver as dificuldades burocráticas criadas pelas leis. Em vez de alterar as leis para que possam servir para TODOS, manda as câmaras, neste caso a do Porto, alterar o pdm para ser mais fácil alienar património. A fúria do empobrecimento do estado continua.
Consultei a Paula Morais que me diz que a estamo é uma empresa privada que nasceu como empresa associada a uma empresa participada do estado cuja associação dava pelo nome de sagestamo. Isto quer dizer que de uma empresa em que o estado tinha dinheiro, a sogestamo, se passou para uma que é agora privada retirando da sogestamo a estamo que ficou assim livre do estado. Temos aqui uma descrição de como o poder manobra para empobrecer e prejudicar quem paga impostos que são aqueles, e aquelas empresas, que não beneficiam destes arranjos/esquemas. Resta saber quanto nos custaram as transações, de lá para cá, e se alguém, porventura do governo ou da “família” beneficiou com isso.
JPV
* Teria graça se a constituição não permitisse estas manobras sujas.
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Nota de TAF: o uso de minúsculas onde habitualmente se usam maiúsculas é uma opção deliberada do autor do post, e não uma falha de revisão do texto.
- Participação Pública - alteração simplificada do PDM, até 27 de Janeiro.
A proposta é esta: "integrar o imóvel sito à Rua de Santa Catarina n.º 258-268 nas regras do plano aplicáveis às parcelas confinantes, alterando a qualificação do solo de “Área de Equipamento Existente”, para “Área de Frente Urbana Contínua Consolidada”, por se ter verificado a desafectação do imóvel da utilidade pública que lhe estava adstrita e integração do mesmo no património disponível do Estado".
Maria José Prata Pinheiro tem toda a razão, as obras infindáveis, e de aparente pouca necessidade e muito menos urgência, estão/são intermináveis.
Na parte ao lado da Casa da Música ficou tudo muito lindo(?), mas mais ou menos na mesma. E com a vantagem de ter umas “pistas para ciclistas” com automóveis “lá estacionados”! E se havia zona que não precisava de obras era esta, e em vez de se taparem buracos por todo o lado, quer nas ruas, quer nos passeios, há que mexer na zona da Boavista, onde estava bem.
E, já agora, se descermos de automóvel a Avenida da Boavista, da Rotunda ao Bessa, andaram a abrir umas valas que agora estão tapadas – para no futuro embelezar a Avenida da Boavista, nessa zona, que estava muito bem -, mas como, com as tampas de saneamento por todo o lado, baixam com o peso normal dos veículos, e são mais um inconveniente… Tape-se o que está aberto. Coloquem-se as tampas de saneamento que estão “normalmente” a baixar no devido lugar. Trate-se de passeios esburacados… o resto está bem. Deixem estar… para não incomodar, e não gastar dinheiro do contribuinte onde não é de gastar…
Vivo perto da Rotunda da Boavista e ando bastante a pé nas imediações que agora estão em obras. Ora a obra junto ao cemitério de Agramonte não tem a mínima consideração pelos peões que têm de se deslocar em caminhos de lama e mesmo nas poucas partes que estão cimentadas a obra está feita com tanta falta de cuidado que fica na mesma intransitável.
Já a outra obra que foi feita na parte referente à lateral da Casa da Música e que creio que está concluída, também o passeio largo junto aos jacarandás está com um empedrado muito mal amanhado e torto. Não creio que fosse feito por alguém que já tenha efectuado um empedrado. E alguém vigiou?
Não sei o que estará previsto no caderno de encargos destas obras e quem será a pessoa da Câmara do Porto que será responsável pela sua concretização, mas penso que seria de solicitar a esta pessoa para passar nestes sítios para ver a péssima obra que está a ser feita. Já pagaram? Ou melhor, já pagámos?
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1 – “A CMP tem as contas limpas”. A CMP foi gerida “como uma empresa” por Rui Rio. Foi-nos anunciado à exautão e repetidas vezes para efeitos eleitorais que aquelas eram boas contas. Como um empresário, não como um político.
2 – Numa empresa que fosse de contas limpas, um empresário que chegasse fresco à governação estaria em boas condições de reinvestir. Fosse uma empresa governada por um (bom) empresário, fosse um município governado por um “bom político” (ou seja… um empresário!?).
3 – É sabido (e eu sou de extrema-esquerda e “radical”, por isso este conhecimento nem sequer deveria ser para mim, que estou “out”…) …é sabido – dizia – que vender património, seja numa empresa ou num estado ou num municipio deve ser, em qualquer circunstância o último dos últimos dos últimos actos de gestão.
4 – Na CMP de contas limpas, que não está, portanto, com a corda na garganta, e agora gerida por um empresário, o primeiro acto de gestão do empresário após as eleições ganhas foi, “portanto”…VENDER PATRIMÓNIO, PRIVATIZAR EDIFÍCIOS…no valor de 21 milhões de euros… (ver imagem).
5 – Fosse Vítor Gaspar, seja Passos Coelho, Salazar, Rui Rio, Rui Moreira… só existem hoje para as direitas duas razões para a venda do Estado aos privados. “porque sim!” e “porque não?”. Nesta era dos credores, e da austeridade infinita de programa em programa cautelar, “à cautela” privatiza-se e vende-se “preventivamente” (e sem razão suficiente válida ou lógica, mas ideo-lógica…) o que não é do empresário gestor (mas “nosso”, cidadãos accionistas da CMP).