2013-05-12
- D. Manuel Clemente sucede a D. José Policarpo como cardeal-patriarca de Lisboa
- Arquivo Municipal do Porto online em gisaweb.cm-porto.pt
- Apresentação pública da candidatura "E se virássemos o Porto ao contrário?", hoje 18 de Maio, pelas 17h na Cooperativa Árvore, convite de Pedro Figueiredo
- www.manuelpizarro2013.pt e fb.com/ManuelPizarro2013, sugestões de Tiago Barbosa Ribeiro
E, já agora, também:
- www.portoforte.pt e fb.com/portoforte2013
- cidadedoporto.pcp.pt e fb.com/CDUPORTO2013
- www.ruimoreira2013.pt e fb.com/ruimoreira2013
A associação Campo Aberto, num espírito de Agir em Convergência com outros cidadãos e outras associações, reúne em 18 de maio, sábado, às 15:00, um "conselho consultivo" informal no qual aguardamos a presença de alguns amigos, sócios ou não, que sabemos interessados em projetos comuns. Na sua sede, Rua de Sta Catarina, 730-2.º, no Porto. Que assuntos abordaremos?
Em primeiro lugar:
- os esforços para a reabilitação da escarpa do Douro desde o Freixo às Fontaínhas, que têm sido empreendidos pela associação AMO Portugal, e a preparação de um evento, previsto para sábado 6 de julho, com vista a reforçar as diligências para esse objetivo, em conjunto com outros cidadãos e associações
Em seguida:
- a possibilidade de elaborar um elenco de propostas e projetos para fazer da cidade uma melhor cidade, mais amiga dos cidadãos e com melhor qualidade
Esse elenco de ideias seria proposto às instituições que maior influência têm no futuro da cidade, incluindo a CMP, e também aos que aspiram a governá-la, ou seja, os diversos candidatos às próximas eleições autárquicas. Nesse elenco inserem-se temas como a mobilidade, o lugar da bicicleta, os direitos dos peões, os transportes, a estrutura verde com relevo para o parque da Cidade e sua possível extensão em direção à Circunvalação e para além dela, as hortas urbanas, a energia, a recuperação do centro histórico, e outros. Enquadram-se aqui igualmente algumas campanhas que têm vindo a ser preparadas ou desenvolvidas em convergência, desde 16 de junho de 2012, por cidadãos e associações.
Por fim:
- o governo tenciona alterar a Lei de Bases do Ambiente. É um assunto que não deixa indiferentes os cidadãos e as associações atentos. Que poderíamos fazer em conjunto para que daí resulte algo melhor e evitar algo pior?
Faremos ainda referência a um problema para o qual foi chamada a nossa atenção, relativo à necessidade de uma proteção eficaz de algumas espécies vulneráveis de flora em trechos do litoral na nossa área geográfica Noroeste. Será abordada em termos gerais uma campanha em preparação na Campo Aberto: Irrigue - dar de beber às árvores, no sentido de interessar os moradores na viabilização de árvores jovens recentemente plantadas em diversos locais, regando-as em especial durante o tempo quente. Outros assuntos poderão ser postos à consideração de todos pelos participantes.
- Comboio sem paragens entre Porto e Vigo a partir de Julho
Das 3h30 reduz para 2h10. Ganhar tempo poupando nas paragens? É que convém que sirva as pessoas, e elas estão também ao longo do Minho. E 32 euros? Porque não pensam colocando-se do lado de quem precisa do serviço? Uma família de 4 pessoas 128 euros para ir a Vigo? Vai de carro. Entre 20 a 25 euros seria adequado e os números da procura tornariam o serviço rentável.
O que tenho a dizer? Se fossem menos de 2h10, menos de 32 euros e mais de 2 paragens serviria as populações. Assim vai ser um fiasco e justificar quem não acredita nessa linha. Que é crucial para o Porto e Norte de Portugal. Por vezes dão-nos uns certos presentes envenenados. Que melhor para justificar o desvio dos dinheiros da Região para a 3ª Travessia do Tejo? O Norte não tem quem defenda as pessoas do Norte. Atirado para o ar, Porto-Vigo, menos uma hora, parece uma maravilha. Mas é mais um presente envenenado para sermos roubados.
Os senhores das Associações Empresariais regionais estão a pensar ou a defender os seus associados rodoviários? Os senhores das Câmaras Municipais pensam mesmo em termo de região? Claro que dizem que querem a Regionalização, só isso. Têm medo de perder poderes. E o que vai dizer o Minho? As pessoas!? Que o Porto está para o Norte como Lisboa para o País. Com razão! E a aprovação do português como língua oficial da Galiza, hoje!? Que até pode ajudar a criar emprego mais perto, porque a Galiza é aqui? Alguém festeja? E não podem os galegos perguntar, com razão, afinal o que é que os portugueses querem?! E com isto, o cargo político mais importante da Região, a Presidência da CCDRN, está em concurso público. Isto é de mais.
Rua de Sá da Bandeira, ao lado da Brasileira, mas podia ser em qualquer rua do Porto
Impossível passar e não reparar. Rua atrás de rua. Por vezes uma ou outra loja isolada, outras vezes várias lojas seguidas. Sobretudo neste ano 2 da troika (2012/2013) têm sido nesta cidade do Porto encerradas dezenas de lojas. Impossível passar e não reparar. Dói na alma. Dói e é visível. O Porto sempre foi uma cidade mercantil, com as ruas organizadas por “mesteres” (picaria, cordoaria, bainharia, mercadores). Cidade esta entrada em desgraça com a expulsão dos judeus (séc. XVI - D. Manuel I) e com essa expulsão toda essa judaica economia urbana também foi expulsa, mercantil e financeira (pré-capitalista), em detrimento da austera e conservadora / triste cidade/sociedade católica.
O pequeno comércio urbano no Porto é parte integrante e fundamental da IDENTIDADE desta cidade. E está a morrer. Aliás, está a ser assassinado. Não há nenhuma crise. Há uma austeridade provocada e esta austeridade, total e toda junta, toda de uma só vez está a assassinar o pequeno comércio, identidade do Porto. É calculado e é um assassínio. Não é um cataclismo natural, nem é acção municipal tout court. São as políticas nacionais e internacionais da direita europeia. E, sendo nacionais, apesar disso são um óptimo tema para “A Baixa” e a “questão autárquica que se avizinha”. E sendo internacionais e nacionais tocam directamente nas lojas e lugares por onde passamos. Todos os dias.
Não é possível falar de reabilitação urbana sem falar do assassínio do pequeno comércio. Nem é possível falar das suas causas e soluções sem pôr em causa o poder de compra que está a ser duramente retirado a quem trabalha e a quem não trabalha, o IVA que nunca devia ter subido para o pequeno comércio e subiu contra toda a lógica económica e social, a factura da electricidade que para os pequenos comerciantes é o fim da picada. Tudo junto e tudo ao mesmo tempo. Mete dó a estupidez de quem tomou o poder na Europa e em Portugal. Posto isto, fecham lojas atrás de lojas e entramos só para ver a loja e sem comprar nada. Às vezes até compramos uma coisa, com pena do comerciante… (ou meia coisa). O reverso do consumismo desenfreado é igualmente estúpido e igualmente neo-liberal. E esta hein?
Aqui há uns meses atrás (há quase um ano), farto de fazer cara torta aos aceleras que gostam de fazer da rua onde vivi a maior parte da minha vida uma rampa de lançamento de carros, escrevi uma mensagem à Direcção Municipal da Via Pública.
Note-se o seguinte:
- Nesta rua existe uma escola primária e o trânsito de crianças é, naturalmente, muito.
- A rua não é estreita e, se os carros circularem a velocidades civilizadas, é possível estacionar dos dois lados.
- Como os carros não circulam, por norma, a velocidades civilizadas, o risco de espelhos partidos e portas riscadas é grande. Por isso os moradores estacionam em cima do passeio, abrindo alas a quem passa de carro e fechando-as a quem anda a pé.
- Quem anda a pé (com crianças ou sem elas) vê-se frequentemente obrigado a mudar de passeio, muitas das vezes sem visibilidade para a rua.
- Como quem vem, vem rápido, há um grande risco de atropelar alguém que está a mudar de passeio. Isto porque os moradores tem medo de… quem vem rápido e cortam a passagem aos peões.
Note-se também que dois dos acidentes mais aparatosos que vi na minha vida foram nesta rua. Um a meio da tarde e outro de madrugada. Para além destes, há uns anos atrás, era ainda a rua pavimentada a paralelo e, nos dias de chuva, foram magníficos os bailados dos Fiat Uno e outros bólides similares em direcção ao espatifanço certo na vizinha Rua do Lidador (outra com sabor a autódromo).
Vamos então à mensagem:
... Ler o resto no Um pé no Porto e outro no pedal
Viva!
O Musas, uma velha associação de bairro na Rua do Bonjardim, no Porto, prestes a fazer 70 anos em 2014, está em perigo, com tudo o que isso implica como ameaça para as suas atividades, em particular a prática desportiva do xadrez, a sua biblioteca aberta ao público, o seu interesse pela poesia, banda desenhada, fotografia, software livre, e a sua horta comunitária - a Quinta Musas da Fontinha. Três razões fundamentais são apontadas para uma ação de despejo pelos senhorios:
- 1- Ter criado a horta comunitária em terreno não abrangido pelo arrendamento (o que o Musas contesta, com base documental), e ter sub-arrendado o espaço (o que é falso). Pelo contrário, o Musas valorizou a propriedade em causa.
- 2- Não ter qualquer atividade desportiva e ser nessa condição o arrendamento do edifício sede do Musas (o que o Musas contesta), porque essa atividade é florescente.
- 3- Ter construído uma casa para um sem-abrigo (o que o Musas contesta), pois apenas ajudou a reconstruir um velho barraco há muito existente e onde se acolhe há muitos anos um vizinho desprovido de outros bens.
O julgamento da ação de despejo do Musas finalmente tem data marcada, para 29 de outubro, às 09h15. Mais do que nunca o Musas precisa da união de todos e de reunir apoios. A única fonte do seu sustento são as quotas dos sócios, de valor livre e voluntário (a maioria pagando 1 euro por mês). De momento o Musas precisa de reunir 1000 euros para pagamento dos serviços da advogada. Por isso são bem vindos todos os apoios em dinheiro e todas as iniciativas para organizar concertos, jantares, leilões e todas as atividades possíveis e imaginárias. Novos sócios são igualmente muito bem vindos. A divulgação e multiplicação desta mensagem igualmente.
Ajudam a pensar em propostas? Entretanto, quem quiser (e puder) contribuir com alguma verba pode fazê-lo com uma transferência para o NIB 003501960001817403057. Convém mandar um mail a referir esse envio de dinheiro para se poder saber a sua origem e ir atualizando o montante angariado até à altura na página do facebook Espaço Musas, publicando os resultados. Pretende-se atingir, para já, uma verba de 1000 euros - o próximo pagamento à advogada, podendo ser o último ou não, dependendo de como as coisas possam decorrer em julgamento.
Abraços e obrigado.
De: Augusto Küttner de Magalhães - "Em ditadura acabaram a Queima. E em Democracia? Vale ser livre?"
Em ditadura acabaram a Queima e em Democracia? Vale ser livre? O ser humano toma, não poucas vezes, atitudes muito pouco condizentes com o seu superior pensamento.
No Porto, entre 1969 e 1974 foi proibida pela Ditadura vigente a realização anual de qualquer festividade relacionada com a Queima as Fitas da UP, dado que a última realizada ainda em ditadura em 1968, aqui no Porto, tinha sido palco de manifestações anti-regime, anti ditadura, anti-guerra colonial. E pela força da polícia de choque, tudo foi varrido e acabaram-se manifestações de liberdade desejada. Quem se não lembra da última serenata no Palácio de Justiça em 68? Tudo a fugir da polícia de choque! Nunca fui de “políticos”, mas lembro-me!
Chegados à Democracia e à liberdade desejada, voltou a Queima à UP como uma expressão de jubilo dos estudantes universitários, que em vários dias envolveram familiares e restantes população, em alegria, num caminho de cada estudante na sua vida ano após ano, na respectiva Faculdade. E foi sendo uma semana de merecida diversão para um regresso aos estudos – de imediato - para exames finais do ano lectivo. Claro que estas semanas sempre foram – para quem nelas participou – um tempo de alguns pequenos excessos e talvez alguns possíveis exageros, mas terão sido tempos de memórias, que não voltam.
Progressivamente foi-se criando muito negócio em função da Queima. E a necessidade de excessos alcoólicos. Estes, visíveis seja qual for a legislação - e nada tendo a ver com a Queima - em miudagem de 12 e 13 anos na Baixa do Porto aos fins de semana! Preparar o futuro? Será? Por certo que a maioria dos estudantes universitários que participaram e participam na Queima o fazem para passar bem um tempo que lhes marca a vida e não unicamente para estarem no limite do descontrolo, ou da criação de negócios que não são a Queima!
Dito isto, será por certo tema de reflexão para muitos e muitos jovens que participarão em futuras Queimas qual o significado concreto dessa semana. E isto em função do que se passou em 2013, quando um estudante participante activo é assassinado a trabalhar de borla para a Queima e a mesma não acaba nesse dia, ou no mínimo não é suspensa por um a dois dias. Como se faz o cortejo e o enterro no mesmo dia? Como se regam estudantes na borga, com álcool? Como? Que raio de tempo estamos a viver em que ser assassinado nas condições em que foi “um dos nossos”- não foi morte natural, não foi acidente, não foi….– é algo que se esquece continuando a festa e a bebedeira? E com que “alma” podemos criticar o fim decretado da Queima do Porto a partir de 1969 pela Ditadura por motivos políticos, quando em 2013 em Democracia a mesma continua - em liberdade – quando é morto, não por política um dos “nossos” e esquece-se com tanta facilidade e se continua a festa pela festa, com tanta festa? De facto “isto vai mal” , mas não são só os “outros” que vão mal, somos “nós, todos nós, o problema”! E então? Não nos queixemos!
A CIDADE RESGATADA: Conferências sobre Reabilitação Urbana
Manuel Delgado – ‘Espacio Público: Discurso, Arquitectura y Acción’
15 de Maio de 2013 - 4ª feira, 22h00, Auditório de Serralves
Bilhetes: 4 euros Local de venda: bilheteira de Serralves (Segunda a Domingo, 10h00-18h45)
Nota: Devido à transmissão do jogo da final para a Liga Europa 2013, a sessão vai ter início às 22h00.
O Ciclo de Conferências e de Conversas Públicas, denominado "A Cidade Resgatada", organizado pela Ordem dos Arquitectos - Secção Regional Norte (Pelouros da Cultura, Comunicação e Norte 41º), aprofunda o debate, iniciado em 2012, sobre os processos de Regeneração Urbana, à escala nacional e internacional. Com este debate não se pretende apenas “resgatar” o protagonismo dos centros consolidados; deseja-se abarcar a cidade mais alargada, sobretudo as franjas e os vazios pós-industriais, procurando perceber o seu papel estratégico nessa regeneração. Deseja-se, enfim, que esses processos sejam participados e debatidos interdisciplinarmente, englobando os contributos do Urbanismo, da Arquitectura, do Paisagismo, da Geografia, da Sociologia e da Antropologia. O terceiro convidado deste ciclo é o antropólogo catalão Manuel Delgado, cuja apresentação terá o comentário final de Filomena Silvano, antropóloga e Professora Associada na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
--
Nota de TAF: há outros posts pendentes, serão publicados mais logo.