2013-05-05
Enquadramento e registo de interesses (deve ser evidente para quem segue A Baixa do Porto):
- 1) sou militante do PSD;
- 2) não sou fã, nem nada que se pareça, de Rui Rio;
- 3) acho que a Assembleia da República devia clarificar a lei de limitação de mandatos, e que Menezes, Seara e muitos mais (PSD, PCP, etc.) deviam poder concorrer a outros municípios, ficando assim a eleição ao critério da população local;
- 4) tenho contribuido activamente, com propostas apresentadas dentro do PSD/Porto e também publicamente, para a definição de um programa eleitoral cuja aplicação beneficie a cidade, focando-me nas políticas e não nos nomes dos protagonistas;
- 5) na minha modesta opinião, são inconstitucionais regras partidárias que imponham fidelidade dos militantes ao candidato local, pois limitam de forma inaceitável a sua liberdade em assuntos que não são de âmbito nacional e para as quais pouco (ou nada) relevam os princípios doutrinários gerais defendidos pelo partido;
- 6) os ajustes directos por parte da Administração Pública só são aceitáveis em situações excepcionais, e desde que devidamente justificados.
Leio hoje no Público: "Em vésperas de extinção Gaianima faz ajustes directos de 130 mil euros." "Os contratos foram feitos com as empresas NextPower Comunicação Lda e com a Boston Media Comunicação Imagem SA".
Conheço relativamente pouco as máquinas partidárias, mesmo a do PSD, mas nesta notícia (além do relato preocupante de um ajuste directo numa empresa municipal) o nome da empresa "NextPower" soou-me familiar e fui investigar. Confirmou-se. Segundo o seu perfil do LinkedIn, Fernando Moreira de Sá (julgo que militante do PSD), um activo apoiante de Luís Filipe Menezes e de Carlos Abreu Amorim, é CEO da NextPower e de outra empresa chamada Comunicatessen. Constatei também que os domínios oficiais na Internet das campanhas para o Porto e para Gaia foram registados em nome da Comunicatessen. Daí que surja naturalmente a pergunta: é afinal a Gaianima (empresa municipal de Gaia presidida por Ricardo Almeida, também presidente da Concelhia do PSD/Porto) que está a pagar as campanhas de Menezes e de Amorim?
Enviei por mail nota da publicação deste post para Luís Filipe Menezes, Carlos Abreu Amorim, Ricardo Almeida e Fernando Moreira de Sá, que têm "via livre" para a publicação de resposta aqui no blog, se assim o entenderem.
PS: "Aqui está a time-lapse final da apresentação do candidato Carlos Abreu Amorim (Gaia não pode Parar). Um trabalho que nos orgulha." - NextPower Norte
PPS: Ver comentários n'O Insurgente.
O montante já está definido: são 10 milhões de euros. A data marcada é dia 13 de Maio, 2ª feira, à noite. Na Assembleia Municipal do Porto irá ser apreciada e votada a proposta de redução do capital social da CMPEA - Empresa de Águas do Porto, EM.
O que faz este Executivo dirigido pelo PSD e CDS/PP, a menos de 6 meses de terminar o seu mandato, retirar 10 milhões de euros (em numerário) à única empresa municipal que, na continuidade dos ex-SMAS do Porto, tem resultados financeiros muito positivos? Este autêntico assalto aos cofres das Águas do Porto EM, esta espécie de “ir ao pote” de que falava Passos Coelho, só pode ser explicado pela situação financeira do município do Porto. Ao contrário da imagem de rigor e contas certas que o Executivo de Rui Rio conseguiu fazer passar no país, a herança financeira não vai ser nada brilhante, vão surgir muitos esqueletos nos armários do município.
A juntar à dívida bancária de médio e longo prazo de 102 milhões de euros, a coligação PSD/CDS-PP tem uma dívida escondida de mais de 27 milhões de euros: 24,5 milhões de euros (ainda relacionados com o escandaloso negócio imobiliário do Parque da Cidade) que o Executivo tinha acordado pagar a dois bancos até ao fim de 2012 e não pagou, mais uma dívida de 1,7 milhões à Metro do Porto pelos trabalhos executados na Avenida da Boavista. E também mais 1 milhão de euros de dívida à STCP pela remoção da via férrea de tração elétrica junto ao Edifício Transparente. A linguagem criativa do “Relatório da Prestação de Contas de 2012” (págs. 121/122) chama-lhes “compromissos financeiros não evidenciados no balanço consolidado”… Acresce que no final de 2012 a margem de endividamento do município do Porto para a contração de novos empréstimos junto da banca era apenas de 8 milhões de euros. Os empréstimos já contraídos somavam 25 milhões perante o limite legal de 33 milhões de euros.
Está em marcha a descapitalização das Águas do Porto EM (de 90 para 80 milhões de euros). E a coligação de direita, em fim de mandato, não tem legitimidade política para retirar 10 milhões de euros à empresa municipal Águas do Porto. Lembramos que hoje na cidade do Porto há centenas de famílias sem água: foi-lhes cortado o abastecimento de água, por alegada falta de pagamento. Mas “transferir” 10 milhões de euros para o município não causa qualquer preocupação aos administradores das Águas do Porto EM… Está em marcha um assalto. E tem data marcada. Não podemos permitir.
José Machado de Castro – membro da assembleia municipal do Porto
Não estou nada de acordo com a o lixo da grafitada que se faz pelas paredes das cidades, mas sei distinguir entre “Grafitis” e muitos dos “Grafitos” que por aí andam. Sei também que não é porque se pintem em cima e logo de branco, que se vai limpar quaisquer paredes e contrariar o fenómeno, ao contrário está-se a dar “papel em branco” para que sejam repintados.
Este modo de resolver as coisas é igual aos famosos arrumadores que desapareceram da nossa cidade.
Este modo de resolver assuntos é o já conhecido da nossa Câmara.
Nota: Caro Tiago Grande, na verdade não é preciso que os transportes colectivos andem no anel exterior da rotunda, estes podem usar as vias. Por isso dou-lhe razão e tire-se de lá o trânsito. A propósito da circulação pedonal entre a estação e a rotunda, sabia que existe um túnel, pago e construído entre esta estação e a Casa da Música, e sem uso? Curiosidades.
- Conferência “Novas tendências na Economia Criativa”, 14 de Maio, sugestão de Patrícia Remelgado
- Fernando Aguiar Branco na candidatura de Manuel Pizarro, sugestão de Tiago Barbosa Ribeiro
- Apresentação da candidatura de Manuel Pizarro, hoje, 16h00, Alfândega, sugestão de Rio Fernandes
- Flea Market no Jardim da Cerca, nas traseiras do Museu Nacional Soares dos Reis, 18 de Maio à tarde, sugestão de Ana Campos Neto
- Porto City Race, 12 de Maio
Deixou-se morrer a Rotunda da Boavista! O que ainda mexe e bem a Rotunda é a Casa da Música. Nada mais, nada! Se não tivesse o ainda Presidente da Camara do Porto feito tudo para o Corte Inglês não ficar na Rotunda, e ter ido para a Avenida de Gaia, a Rotunda teria outra vida! Hoje não tem, e não terá nas próximas décadas, por uma razão tao mais simples: não há um cêntimo para fazer o que não foi feito e para recuperar o que de tao mal feito foi. Seja quem venha a seguir!
Assim: deixem estar a Rotunda como está e tentem dar vivência - VIDA, VIDAS! - ao Porto todo, não o deixando apodrecer como está a acontecer por todo o lado a cada dia que passa!
Caro Alexandre
Fico entusiasmado com a reintrodução do tema da rotunda da Boavista. No entanto, não posso deixar de dizer que as suas visões deixam-me preocupado. Os transportes públicos (em especial os táxis) não são poucos! É provável que o resultado final fosse, acima de tudo, veículos motorizados por todo o lado e o peão perdido no meio de todos eles.
Como o problema é complexo e considerando que o dinheiro foi-se, sugiro a correcção urgente de um disparate que já tem anos. A inexistência de passadeiras na ligação entre a Av. França e a placa central da rotunda impede a realização de um percurso pedonal mais ou menos linear entre o Bom Sucesso e a estação de metro. Os trajectos a verde correspondem a percursos com passadeiras. Todos os dias são muitos os que atravessam três faixas de rodagem (sem passadeira), um dia destes alguém vai ficar por lá.
Caro Alexandre,
Subscrevo as tuas considerações e acrescento:
- 1 - o diâmetro do círculo interior em torno da estátua tem mais de 50m - excelente;
- 2 - sem grandes dificuldades é possível inserir até 4 vias internas;
- 3 - poderá levar a alguma redefinição / reperfilamento das artérias que chegam e partem à/da Rotunda;
Junto ainda a minha velha questão: mas porque raio é que os automóveis andam sobre um alcatifado e os peões, as mães grávidas, os idosos, os com pé-chato, etc. é que têm que andar em cima de cubos? "Mamã decide atravessar a rotunda, vai com o carrinho de bébé, este dorme. Começa a travessia e já a meio o puto está aos berros com a trepidação..."
Apoio a alteração da Rotunda e a mudança dos escritórios da Casa da Música para qualquer lado que não a frente do edifício para a Rotunda, onde instalaria grande bar/confeitaria, café-concerto...
Abraço
Há 20 anos que trabalho na Baixa do Porto e em diversas áreas a degradação tem sido evidente. Estas imagens de caixotes de lixo a deitar por fora é no mais centro possível do centro do Porto, num dia normalíssimo!
Chego a questionar-me se o evidente aumento de turistas na cidade na razão inversa do aumento da degradação, são temas que estão ligados entre si? Eu acredito que não! O crescimento do turismo assenta numa série de factores que todos conhecemos, e o “crescimento” da degradação de alguns aspectos da vida na Baixa, nomeadamente, lixo, segurança, pedinchice, abandono, grafittis/tags, desleixo generalizado, assentará noutros também conhecidos, como restrições financeiras, falta de fiscalização, falta de iniciativa, falta de policiamento, falta de cuidado e na mais elementar falta de civismo!
Pergunto-me se os responsáveis da Autarquia andam a pé pela cidade? Ou só de pópó? É preciso acção!
Nós, artistas participantes na Exposição Uma Questão de Género, inserida no projeto 1ª Avenida, declaramos a propósito do cancelamento da mesma:
- - a nossa solidariedade para com a curadora Raquel Guerra na sua decisão de encerrar prematuramente a exposição;
- - a nossa indignação perante a desmontagem unilateral por parte da equipa de produção do projeto 1ª Avenida de uma obra da Exposição - da Cristina Regadas, rompendo pura e simplesmente a confiança mínima exigível entre os criadores e as instituições culturais.
Queremos ainda sublinhar:
- - a nossa repulsa, transmitida na altura aos responsáveis curatoriais, de todo o processo em torno da obra Portuguesa Monochrome, do artista Paulo Mendes;
- - a nossa insatisfação face às explicações fornecidas através da comunicação social pela Porto Lazer, recusando por um lado a acusação de censura, mas confirmando que a obra não poderia permanecer exposta no local escolhido pelo artista após o dia 3 de maio, alegando que esta seria "contaminante da identidade diversa que se pretende construir para o programa imaterial” do 1ª Avenida;
- - por fim, a nossa recusa absoluta em coabitar no edifício AXA com a sede de campanha da candidatura autárquica de Rui Moreira, essa sim claramente "contaminante" da identidade das propostas artísticas, coincidentemente (?) inaugurada no passado dia 4 de maio.
Esperamos assim esclarecer os motivos da nossa saída do projeto 1ª Avenida, precipitada pelo sucedido na exposição Uma Questão de Género, embora ponderada desde os incidentes graves acima evocados. Saída adiada até hoje por consideração pelo projeto desenvolvido pelo curador e responsável artístico José Maia, cujo empenho nos inspirou a confiança necessária para integrar o 1ª Avenida. Isto apesar das deficientes condições de produção constatadas no local, o que apenas reforçou a nossa posição crítica perante as instituições promotoras, Porto Vivo e Porto Lazer.
Porto, 8 de Maio de 2013
Amarante Abramovici e Tiago Afonso
Carla Cruz
Cristina Regadas
Dalila Gonçalves
Paula Tavares
Rita Castro Neves
Sónia Carvalho
Ultimamente tem existido polémica sobre a ideia que surgiu do Filipe Menezes, sobre a possibilidade de ligação da Casa da Música ao jardim interior da Rotunda da Boavista. Não conheço a ideia apresentada em pormenor, mas conheço bem o local.
A intervenção que foi feita recentemente nesta rotunda, já o referi por diversas vezes, foi quanto a mim mal feita e sem qualquer sentido que não fosse o de repetir o que não servia. Perdeu-se a oportunidade de realmente unir o jardim não apenas com a Casa da Música, mas também com toda a sua envolvente. A rotunda rodoviária poderia e bem funcionar apenas na rotunda central, deixando na actual apenas o trânsito dos transportes colectivos, passeios com esplanadas e passadeiras que se vissem e que servissem aos peões. O seu estado actual, com uma área ajardinada que pouco serve, uma rotunda central que nada serve e uma parafernália de semáforos e de passadeiras sem sentido, é que simbolizam trabalho inglório e gastos desnecessários.
1 – Rui Rio decretou “muros brancos”. Todo um novo maná de grafitters, toda uma nova escola de grafitti se prepara neste preciso momento histórico para repintar por cima das repinturas pintadas por cima dos grafittis originais. Sempre foi assim. A cidade evolui por camadas históricas, umas por cima das outras.
2 – O que as equipas de jovens “escuteirinhos bem intencionados e melhor ainda comportados” fizeram pode ser considerado tecnicamente de “grafitti”? Sim, se os historiadores de arte considerarem “grafitti” qualquer coisa como “grafitti branco sobre muro branco” ou “grafitti de uma nota só”.
3 – Entramos em casa e vemos a (autêntica) violação de caixas de correio que a CMP fez, ao entupir as nossas caixas de correio com a sua revista agit-populista (ver imagem). Saímos à rua depois de levar com umas 10 páginas de auto-elogio sobre a limpeza feita aos muros e damos de caras com um raro exemplar de magnífica arte urbana felizmente (ainda) preservado: “a baleia” (na rua da Boavista frente ao café Diu (ver imagem). Tomamos um calmante para acalmar a vontade (irreprimível?)de grafittar o edifício da CMP todo, do embasamento à cúpula cimeira da torre, por fora (e por dentro também sobretudo no gabinete de Rui Rio).
4 – E tudo o Rio levou. Imagino que a Herodes deve ter chegado aos ouvidos - pessoas que (realmente) andem a pé pelas ruas (e não de Mercedes 220D de 1964) – dito que a cidade estaria toda com “stêncil” a dizer “um Rio que só serve para fazer despejos é um esgoto” (ver imagem). Mas se é verdade? “- Ide e apagai. Não deixai grafitti sobre grafitti” terá dito Herodes.
5 – A barbárie é assim. Não tem olhos na cara. Foi tudo a eito. Foram murais do PCP e JCP (Rua de Cedofeita, Escola do Infante, Rotunda da Boavista). Foi esse mural contra a troika perto de São Bento. Foi tudo. O bom e o mau. O grafitti e o tag, o stêncil, o mural político e contestatário, partidário ou não… Tudo. Os muros estão brancos agora, estão prontos para uma nova era de grafitti. A nova vaga se alevantará. Avante, grafitters do Porto todo. Uni-vos!
(E não deixem de visitar o museu escondido do Grafitti por trás da Fábrica Social, perto das magníficas esculturas em ferro da Ana Carvalho.)
Sugestão de Pedro Figueiredo: «Apelo à presença dos cidadãos, solidários com o projecto Es.col.a da Fontinha, em defesa dos "arguidos", acusados de terem sido vítimas de violência policial durante o despejo feito pela Câmara Municipal (autoritária)»
- Apelo à mobilização solidária pelos arguidos da Fontinha
2 sugestões de Tiago Barbosa Ribeiro:
- PS Porto apresenta queixa na CNE contra Câmara de Gaia
- PS vai apresentar queixa contra a Câmara de Gaia à Comissão Nacional de Eleições