2013-03-24
"É porque são estúpidos". Não, não sejamos assim. Não é por essa razão. Outro dia, um professor da Faculdade de Ciências que orientava uma visita da Campo Aberto explicou-me a razão "política" pela qual a CMP pratica barbaridades em pleno espaço público, como a execução sumária de árvores mesmo sem culpa formada. Explicou-me que "Nós - a universidade - já lhes propusemos a eles - à CMP - que nos contratassem - à UP - especialistas cirurgiões de árvores, para trabalhos específicos como as necessárias podas, em vez de serem feitas por pessoal de jardinagem ou apenas pessoal ainda mais indiferenciado. Várias vezes propusemos, várias vezes recusaram."
Conclusão? Caem as árvores que nem tordos porque a CMP prefere optar por pagar baratinho a pessoal não suficientemente conhecedor do que pagar mais caro a pessoal "de gama intelectualmente mais alta" que saiba o que está a fazer. O barato está a saír caro. "Temos as contas em dia" diz Rui Rio. Assim também eu. À custa de tudo o mais que definha - as árvores, por exemplo, mal e porcamente podadas e tratadas... Não há milagres contabilisticos. Despesa = pessoas, Cortes = consequências negativas. Nem magos das finanças. "Contem-nos mentiras novas".
"Senhor peão, olhe que não pode ir pela relva…", parece ouvir-se o funcionário zeloso a dizer de dentro da tratineta.
Isto é que é inestético, Sr. Departamento da Via Pública. Mais uma sugestão da Ana Brutt.
(Publicado também aqui.)
1. Quinta-feira, 28 de Março: Celebramos o DIA NACIONAL DOS CENTROS HISTÓRICOS com uma reflexão e debate. O mote será dado pela interrogação «Centro Histórico ou Parque temático?» e a conversa será orientada por um excelente painel de convidados: Teresa Ferreira, Michele Cannatà, Nuno Grande e outros. O acesso, como sempre, é livre. Estaremos na Sala de Vidro do TeCA [Teatro Carlos Alberto, Porto] a partir das 21:00.
2. A APRUPP em colaboração com a revista Vida Imobiliária promove, no âmbito da Semana da Reabilitação Urbana, o evento “MOSTRA E CONTA: MARATONA DE PROJECTOS DE REABILITAÇÃO”. O evento decorrerá no dia 5 de Abril (21:00 – 00:00) no Espaço da Reabilitação Urbana, Praça D. João I (Porto). Ao longo desta maratona serão apresentados 20 projectos de reabilitação. Com este encontro pretende-se promover a reabilitação urbana e a actividade dos gabinetes de arquitectura desenvolvida neste sector junto de promotores, técnicos e público em geral. Venha mostrar, contar e discutir a cidade, o património e a arquitectura. - Regulamento em PDF
- Bolhão: Recomendação da Assembleia da República - "A Assembleia da República recomenda ao Governo que desenvolva todos os esforços para que o projeto de reabilitação do Mercado do Bolhão possa ser elegível para efeitos de cofinanciamento comunitário.", sugestão de Paula Morais
- A brincadeira dos ajustes directos para os amigos... - "São todos iguais! Como é possivel ainda ser permitido ajustes directos destes valores?", comentário de Carlos Oliveira
- Seminário Património Vernacular - Casa de Allen, Porto, 12 Abril, gratuito, sugestão de Patrícia Remelgado
- Victor Herrero / Nuno Prata, Sexta-feira, no Maus Hábitos, sugestão de André Gomes
- Semana da Reabilitação Urbana, 3 a 10 de Abril, sugestão da Porto Vivo SRU
Já são poucas as artérias da cidade do Porto que mantêm árvores. E esta câmara, não satisfeita, até estas não deixa de pé. Que fixação é esta? Quem é o responsável? Gostava muito de saber... Mesmo as podas, deixam as árvores só com os "tocos"! Isto não se vê em mais lado nenhum (a não ser em Gondomar). Devem ter todos tirado um curso de jardinagem "à Relvas".
Ainda bem que estamos perto de eleições. Penso que quer o Dr. Filipe Menezes, o Dr. Rui Moreira ou o Dr. Pizarro terão o bom senso de não continuar com esta maldade e, pelo contrário, revertê-la. Assim eu espero... Ainda não sei em quem votar, portanto, quem dá mais jardins e árvores ao Porto? É nesse que eu voto.
A Cidade a cair aos bocados... mas o importante é o Circuito da Boavista!
--
Nota de TAF: mais no JPN. Outras actualizações ao blog mais logo
Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal do Porto
José Pulido Valente, requerente do processo 21428/13/CMP para emissão de certidão de constituição de propriedade horizontal decorrente de terem sido detectadas diferenças nas áreas das fracções existentes no edifício das ruas da Beneditina 213, 227 e do Montebelo 112 a 130, construído há mais de vinte anos e já sujeito a propriedade horizontal (P.H.) desde 1992, foi notificado para se pronunciar nos termos do artº 100 do C.P.A. no âmbito de audiência prévia para evitar a extinção do processo. O acto proposto baseia-se no facto de que o pedido contém mais que um uso para cada fracção e só estar aprovado um para cada na licença de utilização.
Não cumpriram os serviços com o comportamento corrente e normal usado na CMP, por lei, na fase de saneamento dos demais pedidos urbanísticos, os serviços não comunicaram ao requerente claramente a necessidade de fazer esta simples correcção que deveria ser feita por telefone (eventualmente por email se o requerente o tivesse indicado) o que evitaria mais demoras do que as que já existem no processo. Nos dias que estamos sofrendo deve a CMP, com mais fortes razões que anteriormente, fazer tudo para que os processos não sejam torpedeados ou inutilmente demorados pois a economia exige que se faça o possível e o impossível, dentro da lei, para evitar o colapso económico do País.
Com comportamentos destes os particulares que ainda se atrevem a avançar com pedidos à CMP em vez de serem premiados por tentarem acreditar que a CMP pode ter comportamentos correctos, são penalizados e ficam desmotivados e desistem de fazer investimentos no Porto. O que traz menor receita para o município e agrava os objectivos nacionais de melhoria da economia. As centenas de estabelecimentos que estão a funcionar sem licença da CMP comprovam a má direcção dos serviços dessa câmara que obriga quem não quer morrer de fome a cometer ilegalidades.
Cumprindo com a sua obrigação de cidadão e sem esperar nada,
José Pulido Valente
25 de Março de 2013
A propósito da manutenção do espaço público, existe na Câmara Municipal uma manifesta fixação pelo abate de árvore e por uma forma de fazer poda, que raia um aspecto quase doentio, por isso de completa falta de responsabilidade. Já por inúmeras vezes reclamei desta situação que se repete todos os anos e ainda não ouvi um argumento com qualquer sentido. As árvores cuidam-se e tratam-se, não se abatem. Abate-se sim, as escolhas políticas.
Pior se passa com o emparedamento da VCI, com razões supostamente de poluição acústica, polui-se a vista e agrava-se o muro da vergonha.
- Crónicas do Primeiro Mundo CLXXIII, sugestão de Miguel Barbot
- Pizarro lança petição pública para "abertura imediata" do Centro de Reabilitação do Norte, sugestão de Tiago Barbosa Ribeiro
- Misericórdia do Porto investe 250 mil euros na criação de 286 hortas sociais, sugestão minha
- "Agora são as Árvores na Praça do Império. Ali, ao fundo de Marechal Gomes da Costa tudo - quase tudo... - o que sejam árvores naquela rotunda está a ser cortado! Porquê? Para quê? E como demora anos a replantar, a ideia é dentro de algum tempo não haver uma árvore de pé, nesta triste cidade do Porto? Já agora, para onde vai a madeira de tanta arvore que tem no Porto cortada - de tanta árvore - que tem sido abatida ao efectivo, presente e futuro da cidade do Porto?", comentário de Augusto Küttner de Magalhães
”Espiral Recessiva” - Escada do edifício DKW na Rua Sá da Bandeira (Arménio Losa / Cassiano Barbosa)
IPATIMUP: «A viver os melhores anos em termos de produção científica, projeção internacional e prestação de serviços de diagnósticos na área oncológica, o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) sofreu, este ano, um corte de 25% nas verbas atribuídas pela Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT).»
Casa da Música: «"Com menos ovos fazem-se menos omeletes", afirmou Jorge Prendas, asseverando que "o que está em risco" com os cortes são "todos os projetos" lá realizados, desde "grupos que têm tido uma atividade extraordinária" até iniciativas que "têm tido afirmação lá fora" e que "com menos dinheiro ficam todos postos em causa".»
STCP: «A empresa tem como objetivo para este ano a "saída de 150 a 190 trabalhadores por rescisões amigáveis e também por situação de invalidez ou saída para a reforma", disse à Lusa fonte oficial da transportadora.(…) O ministro da Economia e do Emprego afirmou, em fevereiro, que, em 2011, houve uma redução de 1.900 trabalhadores nas empresas públicas de transportes e o secretário de Estado dos transportes já disse que "há cerca de um milhar de trabalhadores" que mostrou disponibilidade para assinar rescisões por mútuo acordo.»
1 - Parece o “Blitz” (A Guerra-relâmpago). E é mesmo. Muito rapidamente o “ajustamento” ajusta contas com os principais equipamentos, serviços públicos, instituições artísticas e culturais aqui da cidade do Porto. Várias em simultâneo.