2012-12-30
Só agora vi o “relatório” de ponderação da discussão pública das alterações ao P.D.M. e dei graças à minha inteligência por não me ter dado ao trabalho de tentar ajudar a c.m.p. Aquilo é um índice da pide sobre a compatibilidade dos cidadãos com o regime salazarento em que vivemos. De discussão nada tem. No entanto mostra bem que falta de cabeça, de seriedade e de honestidade existe por ali. Da primeira e última vez em que, ingénuo, pretendi ajudar – vejam no meu site o meu trabalho publicado no Primeiro de Janeiro em 13 de dezembro de 2003 – responderam-me com três linhas a agradecer a minha participação e a dizer que tinham outras ideias. Aprendi.
JPV
SOBRE ISSO DA CULTURA, NESSA COISA DAS “ELITES”
Citação / Armando de Castro, por sua vez citado pelo Arq.º Alexandre Alves Costa em “Porto 1901 / 2001 / Guia de Arquitectura Moderna”, no fascículo sobre Serralves (ed. : Civilização/Ordem Arquitectos / data 2001): “temos de reconhecer que se não herdou nada que tenha comparação até com aquilo que a burguesia mercantil portuense nos deixou. A grande burguesia mercantil, herdeira dos próceres mercantis – aliás eles próprios não grandemente dados ao mecenato – pouco soube transmitir às gerações futuras. Encolhida num quase autismo social, só se quis distinguir por sinais superficiais, ocasionais e dispersos da sua posição social priviligiada. Além de não ter apoiado significativamente actividades artísticas, nem sequer pôs de pé grandes construções paralelas às catedrais burguesas oitocentistas, no género do Palácio da Bolsa. Consumiu-se em artigos ostentatórios de luxo (automóveis, viaturas, jóias) ou em festas dentro de um círculo restrito. Restaram alguns belos edifícios que poderão, neste aspecto, contribuir para saldar uma dívida histórica – como sucede com a Casa de Serralves”
.As “elites” sempre desconfiaram da extravagância do Conde de Vizela, em patrocinar através de “Serralves”, e daquela forma tão “culta” e informada as Artes em geral, a Arquitectura, o Design, a Pintura e Escultura, o Paisagismo, a integração de tudo isto num conjunto coerente, seria algo quase “extraterrestre” para estas ditas “elites”. Ainda é. A máxima desta nossa ignorante Burguesia foi proferida por Rui Rio, ao puxar da tal máquina de calcular sempre que ouve falar em “cultura”(o quer que seja isso de cOltura). Fez escola. Vejam os cortes (ceguinhos) na Casa da Música.
SOBRE ISSO DE UMA GOVERNAÇÃO AUTÁRQUICA (SER “REACCIONÁRIA E ANTI-POPULAR”)
... Ver resto do texto e imagem em PDF.
Olá a todos
Hoje, dia 04-01-2013, vou dar uma conferência dedicada aos cinemas que fazem parte do nosso imaginário e que não existem mais. Será uma viagem nostálgica a um passado em que a ida ao cinema era quase um ritual e a escolha do filme era em geral criteriosa. Quem não se recorda do Trindade, do Passos Manuel, do Ódeon, do Coliseu, ou mais recentemente do Foco, do Pedro Cem... Vamos ter oportunidade de ver imagens de todos os cinemas que a cidade já teve mas que a voragem do tempo tudo apagou!
21h30, Fundação Inatel - Rua do Bonjardim nº 501, a 200 metros da estação de metro da Trindade. Apareçam, vão gostar.
Saudações Tripeiras
César Santos Silva
Sem falsos bairrismos e não tendo de considerar o Porto mais que qualquer outra cidade deste nosso País, neste momento de tantas dificuldades e sabendo-se - sem sombra de dúvida - que 2013 será um ano tremendo e que não sabemos como chegaremos a 2014, o Porto tem de se fazer relevar enquanto é tempo. De modo algum com "isso" se pretende não dar atenção a toda e qualquer localidade de Norte a Sul do País. Mas como tudo se reúne e decide na Corte - vulgo Lisboa - o Porto tem de se voltar a fazer ouvir como Porto, como cidade que tem de tudo como têm as melhores do Mundo.
E deixemo-nos de tristezas e passemos sem manifestações, sem nada partir e falando baixo e educadamente a defender todos e cada um, um Porto digno da sua história e da sua memória. E haja gente boa, refrescada sem ideias preconcebidas e que queira fazer diferente sem estar a nada agarrada que aposte no Porto pelo Porto, sem ter de apostar em si e na sua própria promoção, mas antes e unicamente no Porto como ainda segunda cidade deste País em precipício a um ano de fazer exatamente o que a Grécia vem vindo a fazer.
O Porto é: a Baixa, é Serralves, é a Casa da Música, é a Avenida da Boavista, é o Aeroporto, é Leixões, é o mar, o rio, as Pessoas, as indústrias que se perderam e podem outras ser recortadas e criadas. Só com gente descomprometida, jovem, sem demasiadas ambições e egos tremendamente grandes!, será o Porto viável. E a Corte tem de o perceber e cá dentro, no Porto, temos de com educação, diplomacia, bom senso mas alguma firmeza saber mostrar à Corte que o Porto é o Porto e vai ser melhor do que querem - na Corte - que seja!
Mais um curioso livro de César Santos Silva a fazer-nos passear pelo Porto. Como introdução diz-nos que a fisionomia que hoje o Porto ostenta, uma cidade cercada no seu crescimento pelo mar, rio e Circunvalação, data de 1898. E só se sabe que passou a ser 2ª cidade do País pelo censo efetuado ao território nacional em 1527-1532. Até aí, Braga ocupava esse lugar.
Ora depois de cumpridos os "serviços mínimos" de actualização do blog, resta-me por agora desejar BOM ANO a todos!
Ao contrário de muitos, não estou nada pessimista quanto ao próximo ano e vejo aliás sinais claros de recuperação especialmente aqui no Norte. A ver vamos. Tudo isto também vai depender muito do esforço de cada um de nós, sem desanimar apesar das condições ainda tão longe do óptimo. Venha 2013! :-)
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PS: reparei agora nisto no site da CMP - Relatório de Ponderação da Discussão Pública da Proposta de Alteração ao PDM.
Como é do conhecimento geral, com a crise actual o mercado imobiliário estagnou, sendo que por esse motivo muitos dos empreendimentos e construções encontram-se parados, com os seus promotores em estado de desespero e como os seus financiadores com os nervos à flor da pele. O crédito mal parado e os bancos enchem-se de imóveis, uns acabados e outros ainda em construção. A actual legislação de construção e urbanismo, feita para países ricos e por gente que não faz ideia sobre a realidade da vida, faz com que a maioria destes imóveis se encontrem ilegais e na maioria dos casos sem viabilidade de legalização.
Têm aqui um papel preponderante as Câmaras que podem ou não consoante a sua estratégia facilitar processos e dar uma ajuda a tanta gente em estado de desespero. De uma maneira geral as autarquias têm ajudado, aprovando e legalizando construções antigas sem certificações sem sentido e sem cumprimento da legislação actual. Têm especialmente permitido que os alvarás de construção e as aprovações de projectos sejam prorrogados, mantendo os direitos adquiridos. Naturalmente que muitos empreendedores que andaram, anos a fio, a bater todas as capelinhas dos processos Kafkianos de aprovação de projectos, tendo-os agora aprovados não pretendem começar a construir, contudo querem poder manter esse direito, não só como valorização do património, como para mais tarde o poderem fazer.
Como disse anteriormente, a maioria das Câmaras assim o faz, ajudando empresas, bancos e até a própria burocracia. Contudo, como não podia deixar de ser, a Câmara do Porto tem uma atitude diferente, não prorroga os prazos. À semelhança do País, esta Câmara há muito faz uma gestão de carácter apenas economicista, o que pouco serve às pessoas e apenas aos seus números contabilísticos. Igual ao slogan que por aí anda que refere que a economia devia estar ao serviço das pessoas e não dos números. Mas falta de visão e estratégia não é nada de novo. Como diz também o ditado para grandes gestos (que nem grandes são), grandes pessoas.
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No dia 24 deste mês, parei o meu carro por breves instantes em cima de um passeio, ao lado de outros em nada incomodando. Para meu espanto, 10 minutos passados não tinha um carro da polícia mas dois. Rapidamente percebi que estava no passeio defronte da casa do Presidente da Câmara, quem muito rapidamente chamou a polícia. Para pequenos gestos, pequenas pessoas.
Bom Ano Novo
Estão disponíveis no site da CMP os orçamentos desde 2006. Em particular:
- Relatório do Orçamento 2013
- Mapas do Orçamento 2013
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Caro José Machado de Castro, uma nota sobre um assunto que não pode passar em claro. Referindo-se ao país como um todo, afirma que "Enganando os eleitores e todo o país, as políticas do PSD e CDS/PP não diminuíram a dívida." Isto nunca foi prometido e aliás, como tem obrigação de saber, seria absolutamente impossível de conseguir uma vez que não há superavit! Em termos simples, a dívida de um ano é a soma da dívida do ano anterior com o défice do ano corrente. A menos que defenda medidas ainda mais radicais para se obter défice zero imediatamente (recordo que a meta era 5% de défice para 2012), a dívida vai continuar a aumentar até à altura em que deixe de existir défice.
1 - CASA DA MÚSICA: Acho graça à forma fácil como se desculpa o desonrar dos compromissos do governo para com a NOSSA Casa da Música. "- Não fossem tansos, acreditaram no governo, os patinhos do conselho de administração!" (E pronto. Tá arrumado...)
Tiago: Apoias (activa e legitimamente de resto) um governo que faz do mote "honrar os compromissos" (que o PSD fez em conjunto com o PS) em nome de terceiros (em nome dos "Portugueses") para com a Finança Internacional... Cujo honrar desses mesmos compromissos se permite - "afinal" - a desonra contínua, múltipla e repetitiva de inúmeros compromissos feitos (por PS e PSD e não só) para com esses tais "portugueses". Compromissos não honrados para com a CASA DA MÚSICA, mas também para com o Cinema Português, para com as Autarquias, os hospitais, as Escolas, os trabalhadores (quer do público quer do privado "afinal"), as empresas do Estado, o Estado social em geral, etc, etc... "Para honrar aquele compromisso, desonramos todos os outros compromissos".
A partir daqui saber se a percentagem de corte na Casa da Música é 5, 10, 20, 30 ou 70, quem quer saber afinal? Um número é um número. Quem quer saber se esse número dará eventuais despedimentos na Casa da Música, eventual fim dos magníficos e populares concertos de meio-dia a 5 euros a entrada, ou fim do programa educativo, ou ao fim da orquestra residente "Remix"? (Instrumentos de música erudita como se sabe custam 5.000 euros, 10.000 euros, 20.000 euros). Um número é um número, excel é excel, assim qualquer um é capaz de "governar".
O Ricardo Araújo Pereira,(também Marxista como eu) dizia outro dia com a graça de que só ele é capaz: "- É preciso apresentarmos Vítor Gaspar a um ser humano / deixar os dois à vontade / conhecerem-se um bocado / trocarem impressões" para sair um bocado daquele ambiente folha-excel. "- Olá Vítor, eu sou a cultura" / " - Olá, eu sou o Vítor, como está?" / "- Olá, eu sou a casa da Música e com o meu orçamento eu tenho criado novos públicos onde antes só havia "elites", tenho democratizado o acesso a coisas "extravagantes" como música erudita, clássica, jazz, barroca, do mundo, etc... a todos em geral / E não, não queremos voltar ao século XIX em que a música era um bem só para a Burguesia snob e bem-passeante."
2 - RTP: Quando o serviço público não é de qualidade e - sim, há muitas vezes em que o serviço público não é de qualidade -, "que fazer, então?". Hipótese um: "Governar e gerir um bocado", por forma a conferir essa qualidade e "conteúdos"? Hipótese PSD: Não, não governar, não, não gerir, vender a privados que farão ainda pior... Preguiça, não saberem, não quererem saber ou pura má-fé? Venha o menino Jesus e escolha.
(Em 2013, pegaremos enfim na espada?... Faremos como "Ele" / "aquele - que - é" fêz? Expulsaremos enfim os vendilhões do Templo?)
Fugiu-lhe a boca para a verdade e Passos Coelho lá desvendou, há tempos, que o seu programa é empobrecer o país… Com o pretexto de combater o défice e a dívida, o governo corta salários e pensões, reduz as prestações sociais, institui o saque fiscal. Enganando os eleitores e todo o país, as políticas do PSD e CDS/PP não diminuíram a dívida. Ao contrário, a dívida direta do Estado está a crescer 40 milhões de euros por dia desde Julho de 2011 e atingiu em 30 de Novembro último quase 200.000 milhões de euros, o maior valor de sempre nas finanças portuguesas.
No Porto, a mesma coligação PSD/CDS-PP, está a pôr a cidade mais pobre. Tal como o governo, também tenta transmitir para todo o país, através duma sofisticada máquina de propaganda, uma imagem de gestão financeira rigorosa, sem desperdício nem ostentação. Mas uma apreciação mais cuidada do orçamento municipal para 2013 revela uma gestão ruinosa do património e um desinvestimento na cidade que vai ter consequências dramáticas. Não é só a saída de muitos milhares de pessoas (principalmente jovens casais) para outros concelhos e a consequente quebra demográfica. O Porto continua, ano após ano, a perder empresas e a perder empregos. Em Setembro último, os desempregados chegaram quase a 19.000, sendo 3.355 detentores duma licenciatura. É um enorme desperdício de conhecimentos, capacidades e competências.
O Orçamento municipal para 2013, aprovado em 17 de Dezembro com os votos a favor da coligação de direita e a abstenção do PS, está em queda acentuada. Em 2002, quando Rui Rio tomou posse, o orçamento municipal era de 250 milhões de euros, em 2005 já tinha baixado para 236 M€, em 2010 foi apenas de 225 M€, em 2011 já só foi de 210 milhões, em 2012 desceu para 193 milhões e para 2013 a proposta é de 178,5 M€, menos 71,5 milhões de euros do que em 2002…
Quanto a receitas, a coligação PSD/CDS-PP continua preguiçosa, sem apresentar candidaturas a fundos comunitários. E para esconder a sua ruinosa gestão financeira, a coligação de direita insiste nas queixinhas de sempre: são os cortes nas transferências do Orçamento do Estado, é o incumprimento das obrigações financeiras do governo (do mesmo PSD/CDS-PP). Mas o IMI previsto para cobrança em 2013 tem o maior valor de sempre: 43,6 milhões de euros, um aumento de mais de 10 milhões desde 2007, um autêntico assalto fiscal a quem tem habitação própria, já que as imobiliárias e os fundos de investimento nada pagam… Para obter mais receita, a coligação liderada por Rui Rio vai ao mais fácil: para além do IMI, mais vendas de terrenos (Ruas Diogo Botelho, Fernão Lopes, Prazeres e Cidade do Mindelo) e prédios municipais (Calçada Boa Viagem, Rua do Gólgota e Rua de S. Miguel), agora no valor de 7 milhões de euros… Com este assalto persistente ao património que é de todas e de todos, o PSD e o CDS/PP estão a empobrecer a cidade.
E quanto a despesas? O investimento cai a pique: em 2003 foi de 148 milhões, em 2005 já só foi de 109 milhões, em 2010 desceu para 57 milhões. Para 2013, o investimento previsto é de apenas 29,7 milhões de euros, uma queda de mais de 100 milhões em dez anos. Mas destes 29,7 milhões, 23 milhões (77%) são para as empresas municipais (que não têm escrutínio público) e apenas 6 milhões para investimento através do município… Com tão violento corte no investimento, o PSD e o CDS/PP escolheram condenar a cidade do Porto ao subdesenvolvimento. Também não é neste orçamento que o mercado do Bolhão é objeto de atenção. Confirma-se que a única ideia, o único projeto deste Executivo PSD/CDS-PP foi o de entregar o Bolhão à empresa TranCroNe. Embora pudesse apresentar candidatura aos apoios do QREN (programa Regeneração Urbana), a coligação de direita escolheu deixar o Bolhão ao abandono. A verba agora orçamentada (210.000 euros para projeto (!!!) + 735.000 euros para intervenção) é só para fazer de conta…
Se esta coligação PSD e CDS/PP deixa herança para muitos anos é na dívida bancária: até 2030 são mais de 90 milhões de euros que a cidade vai ter de pagar pela magnífica gestão financeira do PSD e CDS/PP… As cidades também se empobrecem. Se a coligação de direita, a nível nacional, está a destruir o país, no Porto, o PSD e o CDS/PP estão a sufocar a cidade. O orçamento municipal para 2013 é disso exemplo…
Ainda antes da cidade do Porto ter sido considerada “Melhor Destino Europeu 2012”, um grupo de Voluntários da AMO Portugal – Grupo do Porto, aqui residentes, ou não residentes mas seus amantes, tinha-se empenhado na recuperação da Escarpa do Rio Douro, entre o Largo Padre Baltazar Guedes e o fundo da Calçada das Carquejeiras (antiga Calçada da Corticeira), tendo sobretudo em vista a paisagem fabulosa que dali se avista sobre a maior parte das Pontes do Porto.
Dentro desse seu ideal começaram, já em Março 2012, a proceder à limpeza dos seus terrenos, mas consideram que isso só não chega, nem em termos de recuperação nem mesmo tendo em vista a extensão do percurso, que é, na realidade, bastante mais longo. Não serão muitos, com certeza, os que conhecem esta parte da cidade, a “Ribeira bastarda”, que deve ser a que nos proporciona, de facto, a mais esplendorosa vista no Porto, com o Rio ali mesmo à nossa frente e de onde podemos contemplar cinco das nossas seis magníficas pontes.
... Ler o resto do texto aqui e ver álbum de fotografias aqui.
Estava numa de comento, não comento, e aqui comento. Quanto à RTP não comento dado que quase nunca vejo televisão, logo não estou à vontade para falar. E seria muito subjetivo... não vejo ou quase nada da "2"! E o resto...
Quanto à Casa da Música, já é um local que frequento e de que gosto. Ainda para mais sou dos que achou que aquilo foi um meteorito que caiu no local onde antes vi durante anos a estação dos elétricos dos STCP, e depois habituei-me e entranhou-se-me. Quanto ao que TAF diz e bem: "Além disso, ao analisar a composição da equipa da Casa da Música (página 106 e seguintes) parece haver ali muito onde poupar." Penso que como em tantas, tantas instituições deste nosso triste País, poderá haver na Casa da Música quem devesse receber menos!