2012-02-05

De: Nuno Oliveira - "Ontem na Rodrigues de Freitas"

Submetido por taf em Sábado, 2012-02-11 19:20

Ontem na Avenida Rodrigues de Freitas a Divisão de Jardins da Câmara Municipal do Porto abateu dezenas (?) de árvores, algumas aparentemente saudáveis. Foi enviado um pedido de esclarecimento relativo a esta intervenção e a exigência de agendamento de uma acção de substituição dos exemplares abatidos. Se já não contam os excelentes benefícios da arborização urbana em termos de qualidade do ar, controlo de temperatura e suporte de biodiversidade urbana, será que existe a noção de que as ruas com árvores tendem a ser mais valorizadas? A reabilitação também se faz plantando...

Árvore cortada

(foto retirada daqui)

Há dias... mais um acidente (mais 4 operários feridos), menos uma viagem na linha do Tua...Que governo é este com o seu ensurdecedor silêncio!? Citando Alberto Aroso, neste texto:

«Por último atrevo-me a citar uma frase do livro Comboios Portugueses - Um Guia Sentimental, de Francisco José Viegas: "Agreste a travessia dos vales ao longo do Tua. (...) São paisagens únicas, deslumbrantes, algumas delas apenas acessíveis ao comboio". Nem a magnífica leveza do traço de Souto Moura será suficiente para atenuar a ferida que já cresce...»

Alguém que acabe com a barragem, por favor, antes que o governo comece a governar.

De: José Ferraz Alves - "Sobre a Região Porto"

Submetido por taf em Sábado, 2012-02-11 19:08

Este comentário é uma posição oficial do MPN - Movimento Partido do Norte, o Partido das Regiões:

O MPN opõe-se frontalmente e sem reservas contra esta ideia de atribuição de maiores competências às Juntas Metropolitanas de Lisboa e Porto, aproximando-as das competências de verdadeiras Regiões Administrativas por o entender como um foco de polarização de desenvolvimento em duas megas cidades, acentuando o despovoamento do interior e a falta de coesão no território nacional. O MPN não pretende que os centralistas insinuem que o Porto afinal quer o mesmo de que se queixa de Lisboa, pelo que considera este um presente envenenado do Ministro Miguel Relvas. O Porto não pode aceitar menos do que a Região Norte, que terá sede em Vila Real, como exemplo da descentralização do litoral para interior e de ponte da indústria para a agricultura, da cidade para o campo, de coesão entre republicanos e monárquicos.

A Comissão Executiva do MPN
José Ferraz Alves

De: TAF - "Mais alguns apontadores"

Submetido por taf em Sexta, 2012-02-10 17:01

De: TAF - "Alguns apontadores e sugestões"

Submetido por taf em Quarta, 2012-02-08 17:29

De: Nuno Carvalho - "Escola da Fontinha"

Submetido por taf em Terça, 2012-02-07 13:01

A CMP não contactou ninguém ligado ao projecto Es.Col.A.. Aliás, a CMP não cumpriu com o contrato de cedência precária que implicava a assinatura de um contrato de cedência temporária com a associação entretanto criada, associação essa que foi uma exigência da CMP para continuar o processo de contratação. Desde 31 de Dezembro, e somente por culpa da CMP, o espaço Es.Col.A. não tem qualquer enquadramento jurídico. Obviamente que isso é irrelevante para aqueles que, diariamente, procuram construir algo para a comunidade envolvente. Desta CMP, e seu presidente, já não se espera outra coisa que não seja a gestão da cidade como se se tratasse do seu quintal das traseiras.

Nuno Carvalho

De: SSRU - "Sonhos"

Submetido por taf em Terça, 2012-02-07 12:56

De Fernando Lanhas

Para quem ainda não conheça ou pretenda redescobrir Fernando Lanhas, sugerimos que inicie a jornada por uma inquietante edição limitada destes "Sonhos Lanhas", da Santa Casa da Misericórdia do Porto, apresentada em Março de 2009, pelas comemorações do centésimo vigésimo quinto aniversário do Centro Hospitalar do Conde de Ferreira. Fernando Lanhas foi um homem completo - o Homem dos Sete Rostos - arquitecto e arqueólogo, astrónomo e poeta, desenhador, pintor e sonhador.

1932
«Sonhei com um grande terreno, todo murado, tendo no centro um pequeno monte.
Nada aí estava "estragado".
Todos os caminhos tinham pedras perfeitamente niveladas e um desenho muito certo. As plantas que por ali cresciam não tinham folhas secas.
Tudo rigorosamente limpo.
Naquele terreno ninguém entrava.»

SSRU

Aberto dia e noite (24h), como incentivo à reabilitação da Baixa do Porto!

Estacionamento em infracção

Estacionamento em infracção

SSRU

Estacionamento em infracção


De: Vítor Silva - "Escola da Fontinha"

Submetido por taf em Segunda, 2012-02-06 18:41

- Fim da cedência da CMP - "Esta semana recebemos uma carta da CMP a comunicar o término da cedência da Escola da Fontinha."

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Nota de TAF: pergunta provavelmente ingénua - A CMP contactou os actuais ocupantes do espaço para tentar encontrar soluções, antes de lhes enviar a carta?

De: TAF - "PDM"

Submetido por taf em Segunda, 2012-02-06 17:03

- Abertura do período de Discussão Pública – Alteração ao PDM do Porto

Gostava de perceber, no site da Câmara, onde está a informação mencionada no aviso... Só encontro esta referência aos planos municipais de ordenamento do território, que leva depois a esta página.

De: TAF - "Alguns apontadores e sugestões"

Submetido por taf em Segunda, 2012-02-06 00:50

- Morreu o pintor Fernando Lanhas
- Morreu Fernando Lanhas
- Morreu Fernando Lanhas, um criador e curioso insaciável

- Ruído e trepidação afectam moradores que vivem sob a ponte Luís I
- Douro Marina vai criar 170 novos postos de trabalho
- “Último grande líder do Porto foi Fernando Gomes”, diz Menezes - Sebastianismo...
- CDU propõe medidas concretas para regrar a animação nocturna no Porto
- Dez anos para isto? - mais uma visão sobre os 10 anos de Rui Rio na CMP
- Visita à Reserva Natural do Estuário do Douro, sugestão da Campo Aberto
- Inauguração da Exposição Lote 265: para uma geografia do Douro, 9 de Fevereiro, convite da Fundação da Juventude
- Conta da luz: metade são subsídios - 2500 milhões por ano, sugestão de Rui Rodrigues
- Essência do Vinho, Palácio da Bolsa, 16 a 19 de Fevereiro, sugestão de Filipa Guedes: «Reconhecida como a principal experiência do vinho em Portugal, a iniciativa é organizada em conjunto com a Associação Comercial do Porto e com o apoio da Câmara Municipal do Porto e coloca os principais produtores e enólogos portugueses em contacto directo com o consumidor. O "Essência do Vinho – Porto" é um evento dedicado ao consumidor conhecedor, interessado ou simplesmente curioso pelo mundo do vinho.»

De: Ana Campos Neto - "Hortas urbanas no centro histórico do Porto"

Submetido por taf em Domingo, 2012-02-05 23:53

Horta da Lada

Enviamos em anexo informação relativa a um projecto que nasceu no âmbito do "Manobras no Porto" e deu lugar a que espaços vazios da cidade pudessem ter um novo uso, como é o caso das novas hortas comunitárias da Lada e da Vitória. Através deste projecto pudemos observar e identificar os espaços vazios do centro histórico, passando posteriormente esta informação para um mapa, de modo a chamar a atenção sobre a cidade e sobre o que fazer com ela. Após o mapa demos voz às necessidades encontradas, e juntamente com a comunidade local transformámos 2 destes espaços sem uso em hortas urbanas, comunitárias e sociais. Este é um projecto vivo, em constante desenvolvimento, que merece ser do conhecimento de todos pois ainda há muitos espaços por usar.

Em anexo segue o press release que contém toda a informação sobre o projecto.

S.P.O.T. - Sociedade Portuense, Outras Tendências Lda

De: Cristina Santos - "A «movida»"

Submetido por taf em Domingo, 2012-02-05 22:03

As razões com que fundamento a opinião de que o actual executivo potenciou a “movida” e a animação da Baixa são:

  • O Masterplan em traços gerais antecipava, mais ou menos, aquilo a que se assiste na Baixa hoje.
  • Antes da movida propriamente dita, tiveram lugar vários eventos contínuos e de qualidade, ex. Porto Sounds, da Porto Lazer.
  • Restauro do quarteirão Carlos Alberto.
  • A não resposta imediata e trágica aos apelos da oposição também tem permitido que a movida se mantenha. Atenda-se a posição da oposição. Sessão Extraordinária de 31 de Outubro de 2011, em relação à movida e reclamações de moradores, na zona de armazéns e galerias: «O deputado Artur Ribeiro, da CDU, considerou que a “responsabilidade por isto é só da Câmara”, sustentando que a ” Câmara deve licenciar menos e, sobretudo, limitar os horários” dos estabelecimentos vocacionados para a diversão noturna – que só na Vitória são várias dezenas. “O Bloco de Esquerda também afirmou que, nesta matéria, “a responsabilidade da Câmara Municipal é muito grande”. Fernando Oliveira, pôs-se ao lado dos moradores dizendo que estes têm “preocupações reais e legítimas” que exigem “uma intervenção mais eficaz” por parte da Câmara Municipal. Oliveira também propôs horários de funcionamento: “Os bares deviam funcionar até meia-noite de domingo a quinta-feira e até as 2 nos restantes dias”. O vereador Vladimiro Feliz disse compreender o problema das pessoas” que vivem naquela freguesia portuense”, mas destacou também que a “movida” apresenta “factores positivos para a economia da cidade”. “Ou temos uma visão equilibrada das coisas ou podemos deitar a perder o que já foi conseguido”, argumentou.»

Pelos motivos expostos, considero que a movida existe por conta do desenvolvimento de um projecto objectivo que criou as condições: mercado, iniciativa, condições públicas e segurança. Ainda se mantém, veremos até quando, graças a algum bom senso por parte do executivo, que noutros casos falha. O modelo de negócio privado reverte da inspiração ou experimentação directa em várias capitais europeias, incluindo Lisboa.

Salvaguardo: num país em que o excesso de regulamentação, a má transposição de directivas vincula a iniciativa privada a interesses próprios dos partidos, o argumento de que na cidade do Porto a iniciativa privada é responsável por mudança significativas, seria, a meu ver, um motivo de enorme orgulho e um exemplo para o panorama nacional: mais iniciativa privada, menos Estado, era louvável, quase inédito.

Quanto a ainda faltarem 2 anos, da minha parte o que espero é que o sucessor de Rui Rio o suplante em competência, iniciativa e foco, a ponto de se poder afirmar que Rui Rio foi realmente pouco, e que o Porto está bem servido politicamente.

Cristina Santos

De: Carlos Oliveira - "Olha para o que digo..."

Submetido por taf em Domingo, 2012-02-05 21:50

Em relação a esta notícia acho curioso a parte da interdição dos cartazes. A câmara quer ainda interditar a afixação de "cartazes, inscrições com ‘graffiti’ ou outra publicidade em árvores, mobiliário urbano, equipamentos municipais ou imóveis visíveis do espaço público". A Cidade está infestada por cartazes de eventos com o apoio da Câmara ou da empresa municipal PortoLazer... e infelizmente estão em locais proibidos como muros e prédios abandonados... E agora vêm com esta demagogia!? E que tal dar o exemplo?!

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Nota de TAF: sobre este tema, Teodósio Dias recomenda também Câmara do Porto aperta o cerco aos grafitos e à publicidade - "Os cartazes dos eventos culturais, desportivos e outros com o logótipo do Município se encontram nos sítios mais aberrantes (ver últimos artigos da SSRU). Bastava dizer duas palavrinhas aos senhores da ÚNICA empresa que faz esse tipo de trabalho no Porto ou, então, cortar os apoios a quem o faz. Para os «tags», deviam ser autorizados em alguns locais mais ou menos nobres e mais ou menos totalmente abandonados ou em vias de demolição."

De: Pedro Figueiredo - "Que 1000 linhas do Tua floresçam!"

Submetido por taf em Domingo, 2012-02-05 20:50

Vale do Tua  Vale do Tua

Vale do Tua  Vale do Tua

1 - Morreram na semana passada mais 3 pessoas na construção da Barragem do Tua! 3 operários foram vítimas da derrocada de uma parte da encosta nascente (Carrazeda de Ansiães), a encosta da linha do Tua. Inicialmente, um arqueólogo também morreu na fase de estudo e em Agosto de 2011 aconteceu outro grave acidente, embora “apenas” provocara feridos.

2 - Quando caem pedras sobre a linha, “a linha é perigosa, causas naturais são decretadas, feche-se então a perigosa linha”, no momento seguinte quando cai em derrocada parte da encosta sobre as obras da barragem, “a barragem pode continuar, causas naturais são decretadas, não há perigo algum”… Não, por Deus não se trataria de qualquer incúria ou incompetência ou desleixo por parte da EDP, Mota-Engil ou Somague, apesar de a encosta estar constantemente a ser dinamitada, o que a fragiliza (aos olhos de qualquer ignorante…). O xisto é mole, o granito também não, a dinamite explode constantemente, “causas naturais são decretadas”... A aldeia da minha Avó – Fiolhal, a 1 km das obras da barragem - tem sido testemunha e mártir face ao ruído das explosões constantes contra a Mãe-Natureza! (Blog Derrotar Montanhas ou MRPP, à esquerda ou à direita a barragem do Tua está mal e deve acabar.)

3 - Em Agosto do ano passado, (uma vez mais) de férias no Fiolhal (cerca de 50 almas), às portas das obras… De dia explosões e retro-escavadoras, e à noite explosões e retro-escavadoras a ecoar (e sabe Deus como aquele vale do Tua faz ecoar o mínimo ruído, quanto mais explosões e retro-escavadoras)… Não cumprindo sequer a “lei do silêncio” que impõe a partir da meia-noite o silêncio de tudo e todos (obras incluídas) em zonas habitadas (aquela zona É habitada!) Ninguém na aldeia estava a conseguir dormir, obviamente. E eles, os habitantes tinham (obviamente) de ir trabalhar também às manhãs de Agosto faça sol ou muito sol… Escrevi um abaixo-assinado (em anexo) e dei a assinar à aldeia do Fiolhal… ”Façamos então a Revolução”: toda a gente do Fiolhal à medida que eu ia de porta em porta a tentar pregar a causa ía gemendo que “não, que não ia adiantar nada, eles não iam fazer nada...” e todos eles afinal assinaram rapidamente, pois era uma causa pessoal (o sono) que estava em causa… (nota: às vezes a passividade cívica dos Portugueses resume-se afinal a uma “tradição que há que manter” ou a uma “doença psicológica”, a realidade impõe que as pessoas se mexam…). Entregámos as assinaturas à GNR de Alijó… E, milagre, acabaram durante as noites todo o barulho indevido que estava a ser feito. Mas de dia claro que a obra não pára… Vejam este vídeo (vídeo também replicado no JN, antes da derrocada mortal)…

4 - “Em verdade vos digo”: pelos operários mortos, pelo bom senso energético que falta, pela dívida acumulada que pagaremos nas facturas da luz à ditadura chinesa/EDP, pelo magnífico Vale do Tua, pela ferrovia que pode vir ainda a ser o motor económico daquela zona e pela classificação patrimonial do Douro que era escandaloso se a perdêramos por causa desta "brincadeira"… por tudo isto e muito mais: “Que mil Linhas do Tua floresçam!” “Ousar Lutar / Ousar Vencer” (Amén)