2011-12-18
... FELIZ NATAL! :-)
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1 - Foi anunciado durante vários dias. Teve transmissão em direto das televisões, cobertura de toda a imprensa. Preparado ao milímetro, por especialistas em propaganda política. Bombeiros, polícias, centenas de técnicos de diversas áreas, mais de 500 moradores deslocados, todo um país a ser convidado a ver. Uma gigantesca operação.
2 - Não teve nada a ver com um procedimento técnico decorrente de obras de urbanização, foi uma espécie de comemoração da “primeira vitória eleitoral de Rui Rio, em 2001 para a Presidência da Câmara Municipal do Porto”, como refere, sem qualquer decência, o sítio na net do Executivo camarário. Em 2001 Rui Rio, para ganhar as eleições, comprometeu-se com os moradores: não haverá demolições no Bairro do Aleixo, contra a vontade dos seus moradores. Mais, “a Câmara Municipal do Porto irá proceder a obras de beneficiação no Bairro, de forma faseada, e já a partir do próximo mês de Abril e de acordo com a vontade dos seus moradores”. Assim reza a carta de 21 de Fevereiro de 2002 assinada por Paulo Morais então Vice-Presidente da Câmara e dirigida à associação de moradores. O Executivo de Rui Rio ganhou as eleições de 2001 com estas promessas. Nas eleições de 2005, num outro texto dirigido aos moradores do Bairro Aleixo e subscrito por Rui Rio, a coligação de direita, para ganhar as eleições, volta a comprometer-se com a futura “RECUPERAÇÃO do bairro do Aleixo”. Também não foi cumprido: os moradores são um mero joguete na tática eleitoral da coligação de direita PSD/CDS-PP.
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Este Sábado, debaixo de chuva e com uma criança ao colo, acenando a pedir passagem, estive quase cinco minutos a tentar atravessar a Rua 5 de Outubro, vindo da estação do Metro mesmo ali ao lado. Ninguém, mas mesmo ninguém, se dignou a abrandar, já que a passadeira estava por pintar. Acabei por ir dar “uma grande volta” até à passadeira mais próxima, que ainda me obrigou a esperar em dois semáforos para poder atravessar. Nunca percebi aquela rua e a forma como é permitido conduzir ali. A saída de Sidónio Pais, com uma curva aberta, é cenário de acidentes constantes e o semáforo/passadeira logo à frente um perigo fenomenal, tanto para os peões, como para os carros que ficam lá parados.
... Ler o resto no Um pé no Porto e outro no pedal
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Pois! A única coisa “perfeita” foi mesmo, e só, a pirotecnia.
No dia 25/01/2007, escrevi neste blogue o seguinte: «…todos sabemos também como os terrenos do Aleixo são cobiçados pela sua privilegiada localização sobranceira ao Douro. O completar do "cerco" apenas trará uma única variação ao status quo do bairro: aumentará a pressão para que acabe demolido. Também aqui à partida nada contra, mas se for só isso não devemos chamar-lhe integração. Tal como Rui Rio no caso do S. João de Deus, julgo que bairros como este já atingiram um tal nível de degradação que muitas vezes a demolição é mesmo a melhor solução. No entanto, antes de enveredar por uma solução desse tipo é preciso pensar nas pessoas (a maioria dos moradores que nada tem a ver com tráfico de estupefacientes) e garantir-lhes uma solução de qualidade que as valorize e contribua decididamente para o seu progresso social. Nada poderá ser levado a cabo sem o envolvimento efectivo dos principais interessados. A construção no local dum novo bairro mais pequeno e de qualidade, por exemplo para os mais idosos, e o realojamento de muitas destas famílias em casas que possam vir a ser recuperadas na Baixa é uma possível solução. Entretanto o tráfico de droga deve ser severa e sistematicamente reprimido. Agora, antes e depois de qualquer solução. Até para separar o trigo do joio.»
Claramente nada disso foi feito. O processo segue à revelia dos principais interessados. Estes têm sido realojados em Bairros tão maus, tão mal concebidos e construídos como o Aleixo. O caso da Pasteleira Nova é exemplar no mau sentido. O senhor presidente assistiu, qual general de pacotilha, a tudo de longe e convenientemente guardado no meio do Douro. Ironicamente, ou talvez não, a torre 1, a do tráfico de droga, continua ao alto. É que se o tráfico acabasse muitos argumentos cairiam por terra.
António Alves
O autocarro não passava, tinha sido assim toda a manhã, mas agora ao fim da tarde estava muito pior. Perguntámos à condutora do autocarro se já tinha chamado o reboque ou a polícia, ao que esta respondeu que sim: "o reboque chamei quando arranquei o primeiro retrovisor lá atrás e a polícia já cá esteve mas disse que não podia fazer nada..."
O Mercado estava fenomenal neste primeiro dia, aliás o palacete continua espantoso e qualquer evento que ali se faça ganha uma magia incomum. Voltar a entrar naquele espaço onde se respira ainda o ar burguês da Cidade é uma sensação única. Chega a ser incompreensível como tem resistido à voracidade especulativa e não foi ainda 'privatizado' e demolido para dar lugar ao que de 'melhor' se sabe fazer nesta cidade.
Mas o valor do mercado desceu vertiginosamente quando nos deparamos com esta situação caótica de trânsito para a qual não existe justificação. Tudo isto era previsível e nenhuma organização tem o direito de se abster de assumir as responsabilidades quando projecta para a vizinhança de uma maternidade um evento, sem assegurar que existem condições - ou estacionamento suficiente ou fiscalização - para que este se realize. A rua é estreita e de sentido único, como também é o principal acesso à maternidade, sendo ainda utilizado para se chegar ao Santo António, mas o palacete tem muito espaço para os expositores estacionarem, enquanto os visitantes poderiam ter usado o parque em frente que se encontrava vazio. Vimos uns vendedores a carregar os produtos desde as garagens próximas ou dos estacionamentos autorizados na envolvente, mas uma grande parte deles estacionou no passeio e com "modos de quem está a trabalhar", ou seja, com todo o direito e os outros que se lixem. Assistimos ainda a ambulâncias em emergência a fazerem marcha-atrás para darem a volta, o que é intolerável.
Deficientes cívicos há em todo o lado e a Aninhas sabe disso. Pior está quem lhe autorizou que realizasse ali o Mercado, ainda para mais, dois dias seguidos. Certamente essa gente irresponsável que dirige esta cidade e que não faz a mínima ideia do impacte que isto tem na vida das pessoas. Cada vez menos se percebe para que servem alguns elementos (algumas maças) das autoridades policiais. Como é possível que não pudessem fazer nada neste caso e abandonarem o local? Desde logo, reunir meia dúzia de cidadãos e arrastar a viatura do meio do caminho para o autocarro e restante trânsito passar! Depois logo se veria se lhes apetecia passar multas ou ver o futebol que estava quase a começar na TV. Quanto à nossa certificada polícia municipal não percebemos para que serve mesmo!
Poderíamos fazer um apelo a todos os que visitarem o Mercado no Domingo para deixarem o carro arrumado em local próprio, se não puderem fazer o mesmo que nós e irem a pé. Acreditem que mesmo sem sítio para colocar os pés, aquele evento está um espectáculo, com coisa lindas e boas, algumas bem baratinhas, com música ambiente, comes e bebes, etc... Vão ver que o 'rating' sobe de imediato!
Desta vossa equipa ao dispor, ssru.
"...Ele não aguentou mais do que meio ano no novo bairro. Andava sempre triste. Ainda hoje podia ser vivo, se não tivesse sido obrigado a mudar, diz Amélia".
Não, não é nenhum conto. Está no Público de 16 Dez 2011 e é sobre o que se está passar no Aleixo, com o silêncio comprometedor e hipócrita dos portuenses. O dia 16 de Dezembro de 2011 ficará marcado por um dos de maior desonra na história da cidade e de desrespeito pelo que significa o coração de D. Pedro depositado na Lapa. Uma cidade pouco solidária e vencida pela demagogia fácil. Uma vergonha de quem não conhece a sua própria cidade. Com total insensibilidade e beneficiando da falta de formação e informação das maiorias, depois de ter permitido a deslocação de instalações desportivas para o Parque da Cidade viabilizando imobiliário noutra parte da cidade, o dia de hoje marca a caminhada de um homem que se acha o novo Messias ou D. Sebastião nacional.
Afinal é fácil resolver o problema da droga, vai tudo abaixo. Eu até seria favorável a tudo isto, se cumprida a reabilitação da Baixa com a deslocação dos moradores de regresso ao centro da cidade, sem desintegração da comunidade e criando-se no local uma residência para os mais idosos, no local da ex-escola. Nada disto está a ser feito, as pessoas foram colocadas no que havia vago em outros bairros, em residências mais pequenas e mais caras. Claro que não há dinheiro para mais fogo de artificio, pelo que isto foi feito para mostrar que há um homem que faz o que promete.
Nunca disse que a democracia é um bom sistema, é só o melhor. Depende da sorte dos melhores estarem circunstancialmente na vida política. Podem vir com os comentários que entenderem mas enquanto Secretário Geral do Movimento Partido do Norte / Partido Português das Regiões NÃO QUERO o voto ou apoio dos que pactuam com esta insensibilidade social. Quando for outro, que faça o que entender.
José Ferraz Alves
Movimento Partido do Norte / Partido Português das Regiões
6. Summary and conclusions
a). The Foz Tua Dam Project
Regarding the proposal of the State Party as regards the creation of the Foz Tua Dam Development (FTDD) set in the cultural landscape of the Alto Douro Wine Region (ADWR), we can only but conclude that this will have an irreversible impact and threaten the OUV of the property.
- 1) The State Party’s statement that the transformation of the landscape proposed is identical to that which has already been experienced along the Douro valley, although evidently of a much smaller dimension, cannot to be taken into account for past doings can in no way justify present actions.
- 2) The FTDD intervention area lies outside the WH property: we have demonstrated above that this is not so, but that the area intervened affects fully the WH property.
- 3) The FTDD is not considered to be visually intrusive because the valley morphology will remain, whilst the “elegant shape of the Dam itself of broad/monumental scale, will create an impressive mark on the visual horizon of the observer, exposing land uses that outline the scenery”, that will attenuate all visual negative impact. We have demonstrated above that the building of the FTDD would mean a major impact on the ADWR which would imply a loss of its OUV, and serious threats to its authenticity and integrity.
... Mais na página 23 e seguintes do Relatório ICOMOS.
PS:
- Núcleo Museológico da Fotografia do Douro Superior
- Vídeo