2011-09-18
Depois deste meu último post... caros amigos, moradores na zona do Circuito, para o ano a festa continua! Onde serão as obras desta vez? Quando acabarem de fazer a ciclovia, e de arranjar a zona do Queimódromo, ao ritmo que vão, irão ter de começar a desmontar outra vez!
Já alguém conhece os valores envolvidos este ano?! Mas os verdadeiros, tem de incluir as obras feitas pelas empresas municipais e o valor pago pelas Águas do Porto, aliás que sentido faz ter uma empresa municipal, as Águas do Porto, a gastar dinheiro a patrocinar um evento da Câmara?!
Quanto maior for a animação e os espaços culturais no País e no Porto, melhor para todos, e para um maior leque de abrangência cultural. Por necessidade de presença e acompanhamento, tive, a partir das 10h00 de sábado 17 de Setembro de 2011, de passar o dia, até às 23h00, na Urgência da Maternidade Júlio Dinis, e aconteceram vários imponderáveis e alguns inacreditáveis, só estando lá. Isto num país que se julga e assume civilizado e desenvolvido. Não somos, não tenhamos quaisquer dúvidas, por não querermos, não por não podermos, não por não sabermos, unicamente por não querermos.
Quanto a um dos casos - imponderáveis e alguns inacreditáveis, e como estamos a falar da Rua da Maternidade que, como o nome indicia, dará acesso à Maternidade – Júlio Dinis – aqui na cidade do Porto, rua estreita, que foi sendo progressivamente bloqueada por automóveis aparcados em tudo que era sítio, para pessoas irem assistir/estar no Oporto Fest. Algo, os automóveis, os passeios, as ruas, tudo igual, tudo sem diferenças, tudo sem distinções, é normal serem assim, incivilizadamente ocupados. Desde que estejamos nós bem, desde que o nosso automóvel esteja à porta de onde queremos estar, fazemo-nos à vida que a morte é certa, e o resto não é connosco. Como é evidente “isto” implicou que todas as pessoas que tinham de se deslocar para um hospital – no caso Maternidade, o não conseguissem fazer, a tempo, rapidamente. E ficavam tempos infindáveis em fila à espera. Tão normal.
Isto por haver o tal Oporto Fest no Palacete Pinto Leite, que por obra do destino fica a paredes meia com a Maternidade, claro que esta é que está mal localizada… E, para dar mais um contributo ao respeito que usualmente temos por nós e não pelos outros – para quê? – desde que nós estejamos bem, o barulho, o ruído, o incomodo, a música alta ouvida - dentro , inside - na maternidade como se estivesse na casa ao lado era inconcebível, para um local que funciona como também hospital. Parece, ao que se dizia, estar tudo devidamente licenciado até às 5 horas da manhã, e se estava, estaria, mas que criava incómodos e muitos, era verdade… Como isto acontece? Digam-nos, expliquem-nos, por favor, para melhor entendermos, e para ali não ir quando tal acontecer!
Quanto ao caso da Av. de Montevideu tenho mais a dizer. Existiam três moradias: uma das quais foi demolida tinha frente para a avenida; uma com duas frentes para a Av. de Montevideu e rua de Gondarém, e outra com frente para Gondarém que está lá não sei em que estado provavelmente porque não pode ser demolida por estar "protegida". É que a zona está no PDM protegida por uma daquelas coisas que eles escrevem que acabam por dar para fazer o que querem. Daí que iludiram a protecção com o argumento que afinal a protecção era só para a frente marítima e portanto se podia fazer um prédio de rés e três, que acabaram por ser quatro!, na rua de Gondarém.
Aqui surge a dúvida: como é possível ser só a área da avenida a protegida e uma das moradias com frente para a avenida ter sido demolida? E se só era essa a área protegida porquê não ter sido demolida a que está ainda de pé na Rua de Gondarém obtendo mais frente para o prédio? Há um parecer do IGESPAR, já com a Paula Silva, a dar luz verde às construções, que omite o parecer do técnico Miguel Rodrigues que propõe a recusa do projecto por não respeitar a lei. Só que depois desse parecer que se fundamenta nos preceitos legais não cumpridos, veio um desenho que foi considerado dar satisfação às objecções do parecer negativo embora mantivesse tudo, no fundamental, na mesma (e se calhar foi aí que apareceu o andar a mais) e, assim, ultrapassando o parecer negativo anterior, se pôde, como de costume, dar a volta à lei e dar parecer favorável utilizando o expediente de todos os dias. Isto é: fingir que se aprova um projecto porque respeita a lei sabendo que não respeita. É dolo!!! E a CMP toda lampeira aprova e dá a licença. Como se vê quem dá as licenças são os papéis cozinhados e não pareceres técnicos que salvaguardam o interesse da cidade, dos cidadãos e da cultura.
Não sei ainda como foi possível passar de três lotes de moradias para três lotes sendo que um é da moradia a "restaurar" (veja-se a fotografia e imagine-se o que é para a CMP um restauro), outro o da moradia ainda de pé na Rua de Gondarém, e o terceiro o lote do edifício construído na Rua de Gondarém. Provavelmente dividiu-se o lote da moradia da fotografia em dois. Será? Pode-se depredar a área de uma moradia em zona protegida ao ponto de aí construir um edifício grandinho? Qual é a politica do IGESPAR nestes casos?
As imagens do Google não são muito claras: embora deixem ver as duas moradias já em ruínas da avenida não se percebe o que se passa com a da Rua de Gondarém que parece não existir. Em todo o caso é mais um dos assassinatos na zona a juntar ao que o Alexandre aqui trouxe, ali bem perto.
Este anúncio foi feito em Junho de 2009... já passaram 2 anos. É obvio que se fosse feito por outra pessoa diriam que era demagogia, como foi o Rui Rio nem há comentários... É que o anúncio foi feito em plena pré-campanha eleitoral das Autárquicas de 2009, que se realizaram apenas 4 meses depois do anúncio. Mas o que acho lamentável é que, até hoje, nada tenha sido feito no Pavilhão, nem um prego e agora correm o risco de ficar sem verbas... O que se pode afirmar desta conduta?! É que a obra já foi adiada várias vezes... Acho piada, que na notícia o site da Câmara, aliás, o site do Rui Rio aproveitou para criticar a RTP por não divulgar a apresentação... Passados 2 anos pergunto: quem teve razão? Será que a RTP sabia que estavam apenas a fazer show off eleitoral? Parece que sim... Sinceramente, para quando as obras?!
Alguém tem informação relativa a algum projecto de ligação do Tua a Bragança e continuação até Puebla de Sanábria?
Ou será uma fantasia de alguém?
Cumprimentos,
Daniel Rodrigues
PS: Para o caso de ser removido, tenho uma cópia guardada que indica graficamente, no horário, as estações "Macedo de Cavaleiros", "Bragança", "Aeródromo de Bragança" e "Puebla de Sanábria (TGV)"
- Olha lá - projeto Lusófono, de Miguel Pinheiro, Sábado 24 de Setembro: "Olha lá... um ponto de encontro entre os moradores do Centro Histórico do Porto e as várias culturas lusófonas na cidade. Olha lá... um evento multidisciplinar que reúne o Teatro, a Fotografia e a Conversa."
- Repensar, Questionar Realidades Urbanas - Ciclo de Debates/Tertúlias e Workshop de Fotografia no Centro Histórico, de André Rodrigues, 26 a 30 de Setembro
- "Requalificação" da Avenida da Boavista, de Miguel Barbot
- Cidadania 2.0, de Vítor Silva, 13 de Outubro em Lisboa: "Casos de redes/ferramentas sociais para melhor diálogo e mais participação; inscrição gratuita e obrigatória."
- El tren híbrido conectará Galicia con Madrid en cinco horas en la primavera de 2012, de António Soucasaux: "Penso que podia ser uma solução para Portugal, por exemplo na linha da Beira Alta podia ligar o Porto a Madrid com rapidez."
A 2ºedição do Get Set Festival vai-se realizar entre os dias 3 e 9 de Outubro de 2011 no OPO Lab - Oporto Laboratory of Architecture and Design e em diferentes pontos da Cidade do Porto.
O Get Set Festival é um evento que pretende apresentar o que de melhor se produz a nível nacional e internacional por jovens criadores de diferentes áreas criativas, apresentando assim trabalhos de diferentes autores – estudantes e jovens profissionais - aproximando o seu trabalho ao grande público ao mesmo tempo que promove a formação, a interacção e a troca de conhecimentos entre elementos das diferentes áreas criativas. Com parcerias estabelecidas com o Mapping Festival de Genebra e o OFFF Festival de Barcelona, o Get Set Festival tem vindo a ganhar um forte carácter internacional que tem ajudado a colocar a Cidade do Porto no mapa internacional das cidades Europeias pólos de Indústrias Criativas.
Tal como aconteceu em 2010, pretende-se que durante a semana do Get Set Festival a cidade do Porto seja invadida por criativos de múltiplas nacionalidades e de diferentes áreas como arquitectura, design, ilustração, vídeo, moda, novos media, multimédia, música, interactividade, performance e instalação. Conferências, workshops, intervenções urbanas e festas oficiais são algumas das actividades que fazem parte da agenda do Festival.
De acordo com o site, esta aplicação para o iPhone (também compatível com o Android e o iPad) já está disponível desde Março, mas só há dias tive conhecimento da sua existência. Confesso que andei poucas vezes no metro do Porto e senti grandes dificuldades em lidar com o Andante, tendo sempre de recorrer à ajuda de alguém mas, surpreendente, esta aplicação pareceu-me muito bem estruturada e intuitiva.
Aqui vai, para começar, mais uma da CMP. A queixa dos vizinhos é que estão a demolir uma moradia na Av. Montevideu dizendo que a vão remodelar e no fundo do lote, que tem frente para outra rua, a de Gondarém, fizeram um prédio de 5 andares. Vou estudar mais o assunto e vou acrescentar se for caso disso.
Quanto à pergunta que fiz sobre de quem seria o projecto que conseguiu fazer três volumes na Marechal Gomes da Costa tive uma epifania e parece ser o Álvaro, sendo o cliente a pintora Armanda Passos. O terceiro volume no fundo do lote parece ser um atelier, daí que seja verosímil o que os deuses me disseram.
Banda Musical de São Pedro da Cova
Faz quase 2 meses e meio que acabou o Circuito da Boavista. Não vou discutir se vale ou não a pena. Lamento, obviamente, que nunca se saiba os verdadeiros custos e receitas do mesmo. É obvio que os mais de 4 milhões apresentados provam que o evento é muito dispendioso para a cidade. Mas escrevo pelo seguinte: 2 meses e meio depois, a AV. da Boavista continua uma vergonha. Semáforos desligados, pintura das ruas por fazer e ciclovia a ser feita a passo de caracol... Estamos a falar de uma das principais avenidas da cidade... o ritmo é muito lento e vergonhoso.
Apesar de ser mentira, a Câmara diz que as obras na avenida, apesar de serem sempre na zona do circuito, não estão relacionadas com o circuito... (quem se acredita?!) mas pergunto-me, quando irá ser apresentado o plano global das obras?! Para o ano que troço será intervencionado? Vai ser o troço até Antunes Guimarães? E depois o troço até à Marechal? Quem conhece o projecto? Já agora, existe oposição à Câmara do Porto?! Alguma vez se pronunciaram sobre este assunto? É que este ano já houve obras na Av. da Boavista e na Av. do Parque (sinceramente, nestas obras o escândalo é maior por ser uma rua aberta há muito pouco tempo) e a oposição pouco fez...
PRAÇA DA BATALHA, 15 HORAS, DIA 15 DE OUTUBRO SAI À RUA. A DEMOCRACIA SAI À RUA! CLASSWARS – O PRECARIADO CONTRA-ATACA!
Ambas as Baixas precisam de agitar. A Baixa do Porto blog precisa de agitar com polémicas, discussões participadas e propostas motivadoras... que ultimamente não têm surgido, talvez devido à suspensão do país devido ao sequestro nacional do FMI (e do PSD)... Não que não haja inúmeros assuntos locais para resolver, mas o país está sequestrado e não há "resgate à vista". A Baixa do Porto – construida – precisa de "agitar" na "Reabilitação – que – nunca – mais – vem", qual novo Dom Sebastião... (não há-de chegar a não ser por intermédio do estado e de políticas públicas aparentemente suspensas ad aeternum... é que temos governantes cujo Word não reconhece a palavra "Estado", dá erro...) A Baixa do Porto - humana - precisa agitar com a continuação do 12 de Março. Se bem se lembram, a 12 de Março, aí umas 100.000 pessoas encheram a Baixa, num novo 1º de maio de 1975, a lutarem contra a precarização das vidas que é imposta diariamente pelo Estado e pelo capital... Várias gerações à rasca indignaram-se em conjunto pela falta que faz haver "política" e políticas para a DIGNIDADE, TRABALHO, EMPREGO, DIREITOS SOCIAIS, DEMOCRACIA...
Hoje, passados 6 meses sobre o 12 de Março que partiu aqui da Praça da Batalha, chegámos a um sequestro do país ditado pelos capitalismo financeiro internacional e votado pelo Povo com desconhecimento de causa e omissão de factos, com a conivência dos mesmos do costume e com os efeitos de austeridade para (também) os mesmos do costume... Safam-se os capitalistas, "cuidado, não se pode taxar os seus lucros ou património, porque é difícil, porque precisamos do seu investimento, porque sempre foi assim, etc... por uma imensidade de razões". E os falsos recibos verdes e os contratados a prazo cada vez mais curto cá continuamos, cada vez mais desempregados, cada vez mais desemprecários, a pagar com a nossa "flexibilidade" o amortecimento da suposta baixa de lucro de muitas empresas, ...pagamos com o corpo a crise do sistema. Por isso, amigos d'A Baixa do Porto, chegou a hora de agitar. Dia 15 de Outubro saímos outra vez à rua, agora mais "enrascados" que nunca. Esta geração à rasca não parou de descer no seu rating... PRAÇA DA BATALHA, 15 HORAS, DIA 15 DE OUTUBRO SAI À RUA. A DEMOCRACIA SAI À RUA! CLASSWARS – O PRECARIADO CONTRA-ATACA!
Chegaram-me no fim de semana alguns posts para publicação. Ainda antes de os colocar online,
aqui ficam duas fotos de Sábado à noite nas festividades da Sra. do Ó. Outras se seguirão.