2011-06-26

Na Edição de 1 de Julho de 2011, o Semanário "Grande Porto" traz um artigo intitulado "Tráfego nas pontes do Porto supera o das travessias lisboetas" (página 9). Não vou, nestas minhas poucas linhas tecer qualquer consideração sobre o assunto, vou tão somente apresentar alguns números que saem dos que integram o próprio artigo. Globalmente, os números apresentados, que se referem apenas às pontes 25 de Abril e Vasco da Gama em Lisboa e da Arrábida e do Freixo no Porto e que se incluem no Relatório de Tráfego na Rede Nacional de Auto-Estradas (INIR), sustentam o título do referido artigo. Dados apresentados, entre alguns outros:

  • Porto (Arrábida + Freixo): TMD = 231.000 veículos
  • Lisboa (25 de Abril + V.Gama): TMD = 213.000 veículos
  • Porto (Arrábida): TMD = 136.000 veículos (acréscimo de cerca de 2,5% entre 2009 e 2010)
  • Lisboa (25 de Abril): TMD = 148.833 veículos (quebra de cerca de 0,4% entre 2009 e 2010)

Contudo, aplicando "de modo muito grosseiro" conceitos e rácios muitos simples, também podemos obter as seguintes médias por via:

  • Porto (Arrábida + Freixo, 6+8 vias): TMD/via = 16.500 veículos e TMHP/via = 1.155 veículos
  • Lisboa (25 de Abril + V.Gama 6+6 vias): TMD/via = 17.750 veículos e TMHP/via = 1.250 veículos

e no caso das duas pontes mais penalizadas (as de oeste):

  • Porto (Arrábida, 6 vias): TMD/via = 22.666 veículos e TMHP/via = 1.590 veículos
  • Lisboa (25 de Abril, 6 vias): TMD/via = 24.666 veículos e TMHP/via = 1.730 veículos

No artigo e portanto nesta análise não se consideram as pontes de Vila Franca de Xira em Lisboa e do Infante, Luís I e do IC24 no Porto..., não estão considerados outros modos de transporte, não se está a considerar a diferença entre tráfego de atravessamento e a mobilidade local, etc, etc, etc. Isto é, não se está a apresentar os resultados e as sínteses de uma análise aprofundada comparada da mobilidade entre as duas grandes áreas metropolitanas, no quadro de uma política de transportes sustentável. No mesmo artigo, nenhum responsável é peremptório e nenhuma decisão está tomada quanto à implantação de uma nova ligação entre as margens do Rio Douro, mas faz-se a referência a estudos que estão a ser encetados para uma eventual ligação entre Lavadores (Vila Nova de Gaia) e o Castelo da Foz (Porto). Paralelamente, alude-se ainda ao facto de uma ligação no Douro custar sensivelmente menos que um atravessamento do Tejo e faz-se ainda referência à prudência expressa por outros técnicos.

Eu, destes números, só retiro duas conclusões: 1 - em qualquer um dos casos verifica-se um forte desequilíbrio entre a ponte mais a oeste e a ponte mais a leste (isto é, os sistemas encontram-se descompensados...) e 2 - percebem-se os engarrafamentos em hora de ponta das duas pontes a oeste. Lembramos que há muitos antecedentes sobre novas ligações no Douro, inclusivamente pedonais. Seguramente teremos nos próximos meses desenvolvimentos deste assunto.

Notas:
TMD - Tráfego Médio Diário
TMHP - Tráfego Médio Hora de Ponta (considerou-se 7% do TMD)

De: TAF - "Animação na Ribeira"

Submetido por taf em Sábado, 2011-07-02 17:36

Fogo de artifício na Ribeira
No final do concerto de ontem

Concerto Energia Douro
... e durante


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Caro João

Conseguiu extrair inúmeras conclusões de uma simples afirmação minha... Ela tinha como único objectivo evitar que algum leitor menos atento às notícias pudesse ser induzido em erro. Trata-se de um facto: o novo imposto não se destina apenas aos trabalhadores dependentes, mas antes a todos os contribuintes. Alguns contribuintes serão afectados e terão de pagar, outros não. Infelizmente, por ganhar muito pouco, parte significativa da população não terá de pagar. Não pretendi expor nenhuma opinião sobre a justiça fiscal nem sobre a eficácia dos seus mecanismos de controlo.

Não partilho da visão fatalista de que os eleitores são irremediavelmente mentecaptos. Frequentemente se enganam, votam por razões erradas nas pessoas erradas (ou até nas pessoas certas), mas nem sempre isso acontece. Esforço-me para evitar que aconteça e daí a minha "cruzada", como lhe chama. De facto a primeira parte da "cruzada" teve sucesso também com a minha modesta contribuição. A segunda parte da "cruzada" (tirar o país da bancarrota e torná-lo um lugar saudável) é até relativamente simples comparada com a primeira. ;-) :-)

Também não partilho do sebastianismo tão comum nos portugueses. Nesse sentido não sou apoiante de Pedro Passos Coelho; sou alguém que participa com ele num projecto comum. Quando decidi em 2007 inscrever-me no PSD, ainda nem sequer colocava a questão de PPC vir a ser o líder do PSD. Mais tarde simpatizei com a sua postura, ajudei com muitos outros a construir uma proposta positiva, e fiquei convencido de que tinha o perfil adequado para ser Primeiro-Ministro. Até agora não me desiludiu, pelo contrário. Não me iludo: PPC não é perfeito, não é infalível. Por isso é tão importante existir participação alargada na actividade política, por isso é fundamental transparência e debate público. Contudo, estou firmemente convicto (é assim que interpreto a realidade que observo) de que a diferença em relação ao Governo anterior é radical: pode haver mudança de opinião, pode haver precipitação ou avaliações erradas, mas não há uma prática sistemática de mentira e de ocultação de dados. E isso é outra qualidade de vida e de Política.

É também por tudo isto que não aposto no Partido do Norte, nem acho que falta um grande partido político no Norte, como se queixa Pinto da Costa. Os partidos são o reflexo das pessoas, por muito que possa por vezes custar. O mal não está nos partidos nem no "sistema", está nas pessoas que os mantêm assim. Mudemos então as pessoas e, através do exemplo que cada um de nós der, essa tarefa nem será assim tão difícil.

Caros,

Deste modo reconheço erro meu, pelo qual apresento as minhas mais sinceras desculpas ao Tiago, a todos os companheiros de blogue e aos responsáveis pelo Carrilhão da Torre dos Clérigos. Ontem ao ouvir o programa da TSF fui levado de modo precipitado a interpretar o mau estado de conservação referido e a atribuí-lo à Torre dos Clérigos. Já hoje percebi que a alusão se relaciona com alguma das Torres do Convento de Mafra. Independentemente do erro, do qual agora me penitencio, expresso a minha solidariedade com o Convento de Mafra, pois tal património deve ser acarinhado.

Paulo Espinha

De: João C. Costa - "Todos? Não!"

Submetido por taf em Sábado, 2011-07-02 17:27

Agora que Pedro Passos Coelho já é primeiro ministro e chegou ao fim a primeira parte da cruzada que o Tiago iniciou quando integrou os militantes do Partido Social Democrata, a propósito da sua nota de roda pé no post de António Alves, parece-me que chegou altura de escrever alguma coisa. Em primeiro lugar e conforme é costume fazer um amigo do meu pai no "Contraditório" da Antena 1, o Carlos Magno, deixe-me fazer uma manifestação de intenções: não tenho qualquer filiação partidária e sempre trabalhei em empresas multinacionais e portanto nunca houve "jobs" para "boys" como eu. Tenho uma licenciatura em Engenharia e não faço a mínima ideia se a data do diploma calha num domingo, mas gostava de saber se alguém verificou a data do seu. As duas notas que a sua nota (passe a redundância) me sugere são estas:

Não Tiago, não é verdade que o imposto é para todos os contribuintes. O imposto é apenas para os contribuintes que pagam e começamos mal quando acredita que todos pagam. Este assunto já foi aflorado várias vezes na televisão embora ao de leve e aqui não lhe poderei dar detalhes sobre isso e muito menos como fazer. Mas segundo as contas oficiais, há 25% de contribuintes que legalmente, repito, legalmente não pagam, maioritariamente empresas com o stock sediado noutros países da União Europeia por exemplo. E não estou a falar dos desgraçados do salário mínimo, que coitados, também só lhes faltava mais essa, contribuir com o seu subsídio de Natal.

E a segunda é, porque é que "quem feio ama, bonito lhe parece"? Porque é que o dito por não dito de PPC é diferente do de Sócrates depois de pedir a auditoria do défice ao Banco de Portugal? "Os eleitores pensam que pensam, mas o que eles realmente fazem é inventar ou ignorar factos para que possam racionalizar as decisões que já tomaram" (Larry Bartles, investigador de Ciência Política da Univ. Princeton). Não precisa de responder, mas aconselho a leitura deste artigo, porque a sua leitura pode explicar-lhe por exemplo porque é que primeiro escolhemos o carro que podemos comprar e depois arranjamos as justificações para ter escolhido aquele. É verdade, serve para tudo. É próprio da natureza humana, mas quando temos consciência que é assim, podemos ponderar e contrariar. O título é um pouco violento mas pode ser lido aqui. Boa leitura.

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Nota de TAF: este tema sai do âmbito d'A Baixa do Porto, mas é fim de semana... :-) Responderei mais tarde.

De: Nuno Oliveira - "A miragem de um Corredor Ferroviário Atlântico"

Submetido por taf em Sexta, 2011-07-01 18:29

Foi hoje anunciado o cancelamento, sem qualquer discussão prévia que dignifique a sociedade civil e através de uma telegráfica mensagem enviada por email, o serviço internacional ferroviário que liga o Porto à Galiza.

Esta ligação atravessou três séculos, resistiu a guerras e viu mudanças de regime, existindo nas eras das fronteiras vigiadas e das "portas abertas". Mais do que duas regiões este comboio ligava dois hemisférios da mesma continuidade, que timidamente é reconstituída, resistindo à polarização dos seus respectivos centros. Tinha uma sobrevivência ténue: um traçado do século XIX, com composições dos anos 60 e protagonista de um dos transbordos mais sádicos (há muitos), em Nine, ou seja, um serviço anacrónico para utentes que têm o direito de exigir padrões melhores. Apesar disso era o serviço mais utilizado na Linha do Minho, como seria se estivesse ao nível de um serviço próprio do ano 2011? Teve com as SCUT uma oportunidade - podia cumprir o mesmo trajecto de forma mais económica e até mais rápida que as alternativas rodoviárias. Isto requeria um investimento na muito prometida reabilitação e uma política comercial que não fosse de um amadorismo constrangedor - adiou-se tudo isto e agora acabou uma alternativa que o Norte precisava.

Isto acontece na mesma semana em que foi conhecido o plano do anterior governo, apresentado à troika, que previa o encerramento de 800km de ferrovia e em que o Presidente do Eixo Atlântico reclamou a afectação de fundos da Alta-Velocidade Porto-Vigo na Linha do Minho, de modo a que esta acolhesse Alfas e eventualmente um serviço da CP Porto, como reclamado pela Câmara de Viana do Castelo, onde já são desmantelados estaleiros e onde sistemas de cobrança de portagens disparatados já fazem estragos de si desastrosos.

O novo governo refere no seu programa que pretende diminuir as importações e incentivar o transporte público. São excelentes objectivos no abstracto mas que precisam de uma estratégia: uma parte muito significativa das nossas importações são combustíveis e veículos e a rodovia representa mais de 40% das PPP, entre inúmeros outros factores que por si só bastariam para justificar esta aposta. Um sistema de transportes colectivos eficiente, acessível e conveniente é assim garantia de melhor poupança não só para as famílias como para o Estado (alívio do défice externo e menos custos vindos das externalidades e manutenção da monumental rodovia). É pragmático adiar a Alta-Velocidade, porque é que o pragmatismo não se traduz também no investimento em requalificações de pequena escala e de forma distribuída e gradual pelo território, de forma a que, como tantos outros países, a nossa ferrovia prospere finalmente?

A cortar cegamente sem investir no que vale a pena nada disto é possível, e o que parece hoje barato pode acabar por sair muito caro.

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Nota de TAF: sobre o mesmo assunto, sugestão de Vítor Silva - Fim da ligação Valença / Vigo / Valença

Hoje, nos 20 anos da TSF no Porto, a emissão passou também pela Torre dos Clérigos.
Acabámos de saber que alguns dos Sinos podem cair!!!
Vamos juntar dinheiro? Quem pode ajudar?

- Vídeo

A Fundação de Serralves, com grande empenho do seu Presidente Luís Braga da Cruz, conseguiu trazer-nos grandes ensinamentos, em momentos de excelente transmissão de Cultura às 5ªs feiras à noite, no Auditório. Desta, 30 de Junho de 2011, a 10ª e última conferência do Ciclo O Imaterial comissariado e muito bem por Artur Castro Neves com os seus vastos conhecimentos sobre sociologia a sua formação e sobre os audiovisuais, com grande experiência profissional ao longo dos tempos, nomeadamente nesta área. Foi muito agradável e enriquecedor "estar com" Carlos Costa, Governador do Banco de Portugal, e com Fernando Teixeira dos Santos, até há pouco Ministro das Finanças.

De: António Alves - "Sete por dia"

Submetido por taf em Sexta, 2011-07-01 18:12

O Porto perdeu em média nos últimos 10 anos 7 habitantes por dia.

P.S.- Tinha prometido abordar aqui algumas contradições do actual ministro da economia. Nem me vou dar ao trabalho. São tão mentirosos e cobardes (porque só arranjam "coragem" para taxar os assalariados que são esbulhados coercivamente à cabeça) como os que os antecederam.

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Nota de TAF: esclareço que o imposto não é só para os assalariados, mas sim para todos os contribuintes.

De: TAF - "Agora, na Ribeira"

Submetido por taf em Sexta, 2011-07-01 00:26

De: Carlos Romão - "Sobre o abate de árvores"

Submetido por taf em Quinta, 2011-06-30 23:19

Corte de árvores

As imagens ilustram o corte de 18 árvores no acesso nascente do Parque da Cidade, em Março passado, para alargamento da pista de corridas que envolve o parque.

Sobre os choupos da cidade deve ter caído uma maldição. Foram abatidos recentemente várias manchas deles, na Rua dos Plátanos, no acesso do Campo Alegre à VCI, na VCI junto ao Pinheiro Manso e do lado direito da auto-estrada antes da Ponte da Arrábida. No ano passado a razia dos choupos aconteceu na Rua do Jornal de Notícias. Agora decorre o abate das árvores (choupos e outras) na placa central da Avenida da Boavista.

Como vê, caro Correia de Araújo, no Porto também se abatem árvores sem contestações, sem cartazes, sem manifestações, sem abaixo-assinados!... e sem notícia.

Corte de árvores

Carlos Romão
outra-face.blogspot.com

"Também até ao final do ano será inaugurado no Palácio das Cardosas o novo Welcome Center da cidade do Porto que «será o melhor e maior da Europa, com um espaço de 400 metros quadrados, plataformas interactivas e tecnologias limpas», para além de «um conjunto de novidades» como «um espaço para crianças que acompanhem turistas, para mochileiros, um espaço gourmet para afirmação de produtos regionais e um auditório»"

O parágrafo acima foi retirado desta notícia onde o Melchior Moreira, presidente da Entidade de Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, tece algumas críticas avisadas ao afunilamento do investimento oficial em turismo na tríade de sempre: Lisboa, Algarve e Madeira. Transcrevo-o principalmente pela sua parte final onde se diz que o novo Welcome Center para turistas da cidade do Porto será "um espaço gourmet para afirmação de produtos regionais".

Ora bem, além de considerar esta ideia como excelente julgo que ela deverá ser estendida a toda a área da Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados - aquilo a que os portuenses chamam simplesmente "A Praça". Em vez de lojas Louis Vuitton ou Armani, como já li que querem atrair para as magníficas e subaproveitadas lojas que existem nos edifícios que a circundam, devia-se promover a ocupação destes espaços com lojas e representações do que melhor se faz na Região Norte e em Portugal. Nesta região fabricam-se excelentes sapatos (já são os segundos mais caros do mundo depois dos italianos) e excelentes têxteis, que contam já com marcas de razoável prestígio internacional em vários segmentos (Fly London, Salsa, Luís Onofre, etc.). Produzem-se também magníficos vinhos, os do Douro são sistematicamente bem classificados nas mais prestigiadas revistas internacionais da especialidade e os Alvarinhos também contam com a sua quota parte de notoriedade. Outros tipos de produtos, inclusivamente de cariz mais tecnológico, poderiam ser dados como exemplo.

Promover a ocupação dos espaços comerciais em volta da Praça com as chamadas grandes marcas internacionais não acrescenta nada de inovador ao Porto e nem o diferencia de uma qualquer outra cidade como destino turístico. Cada vez mais o turista moderno aprecia a diferença e está interessado em encontrar experiências e coisas diferentes da sua realidade quotidiana. Um conjunto de lojas de alta qualidade que exponham bons produtos portugueses poderá ser um excelente veículo de marketing para dar a conhecer a quem nos visita o melhor que por cá se faz e, consequentemente, melhorar a imagem do país e incentivar as exportações de que agora tanto se fala. Julgo até que seriam elas as âncoras que acabariam por atrair outras marcas de prestígio internacional e não o inverso.

Cada vez mais turistas das ascendentes classes médias brasileiras e angolanas nos visitam. O Porto pode transformar-se num destino de excelência para estas pessoas cada vez mais afluentes. Com uma Praça recheada de boas lojas portuguesas, poderíamos dizer-lhes que é no Porto que se compra o que Portugal tem de melhor. Parece-me que a aposta numa estratégia deste tipo será muito mais inteligente e proveitosa do que apostar em transformar a Praça numa praça igual a qualquer outra das que existem por esse mundo fora.

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Serralves - O Imaterial"

Submetido por taf em Quinta, 2011-06-30 14:54

Na Fundação de Serralves, hoje, 30 de Junho, no Auditório será possível assistir à última Conferência do Ciclo O Imaterial. Muito bem conseguido, graças ao presidente da Fundação Luís Braga da Cruz e ao comissário e organizador deste ciclo Artur Castro Neves, e a todos os anónimos que fazem sempre a retaguarda destes acontecimentos, para eles poderem - bem - sempre acontecer. Mesmo antes desta última conferência, que logo vai acontecer, é possível felicitar os dois acima supracitados e a Fundação de Serralves, por este ciclo tão bem conseguido.

Dez Conferências em que foi possível falarem-nos sobre O Imaterial, (a Economia), o momento actual, por quem sabe ou seja: "fala e bem se diz"! Hoje, a última, conforme já estava programada desde o início, terá como orador o Presidente do Banco de Portugal, sendo o moderador - que não se sabia ainda quem seria - o anterior Ministro do Estado e das Finanças. Por certo sem fugirem ao tema O Imaterial, será oportuno assistir-se a uma "passagem" pelo momento actual, e talvez sem certezas fiquem umas dicas para o futuro, com duas pessoas muito capazes, Carlos Costa e Teixeira dos Santos, dois Homens do Norte.

Sem dúvida e uma vez mais, O Imaterial, por si, faz jus à nossa Cultura e à Fundação de Serralves, estando de parabéns o Presidente Luís Braga da Cruz pelo grande empenho - conseguido - dado a estas conferências, bem como ao comissário, Artur Castro Neves, pela boa organização, pelos muitos conhecimentos e saberes, pelas pessoas que tem trazido e por si próprio. Muito bom. E fica o pedido a Braga da Cruz: por favor faça mais.

Augusto Küttner de Magalhães

De: TAF - "Duas sugestões"

Submetido por taf em Quinta, 2011-06-30 01:45

De João Faria: 29ª Tertúlia - O Estado da Economia Portuguesa e as saídas para a crise, hoje às 21h30 no Palácio das Artes – Fábrica de Talentos, com António Tavares, João Vasconcelos, Jorge Cerveira Pinto, Ricardo Jorge Pinto, Rui Moreira (a confirmar), Teresa Espregueira Mendes.

De Patrícia Soares da Costa: Exposição “Imagens do Vinho do Porto – Rótulos e Cartazes” - O papel da rotulagem e dos cartazes de Vinho do Porto na construção da imagem internacional deste produto. Patente nos Claustros do Tribunal do Palácio da Bolsa até ao próximo dia 17 de Julho.

De: Augusto Küttner de Magalhães - "Mais vandalismos..."

Submetido por taf em Quarta, 2011-06-29 23:40

Ontem pela manhã, na Rua Pedro Hispano em frente à entrada da Fundação Eugénio de Almeida, estava um VW Polo com a frente toda ardida. Primeira ideia, alguém que com dificuldades económicas não fez as revisões, mudanças de óleo, verificações, e mesmo sendo um bom automóvel foi-se. Mas olhando atentamente, via-se o ecoponto todo ardido, claro já tudo apagado e sem cheiro a queimado. Logo pegou-se o vandalismo, o fogo ao automóvel. Isto vai assim continuar? Será então necessário avisar todas as pessoas que têm automóvel para "nunca" estacionarem junto a ecopontos, dado que o "vandalismo" anda à solta e ficar-se sem automóvel é um rápido. Pena não ser possível acautelar que isto aconteça e punir bem quem faz... Mas...

Augusto Küttner de Magalhães

De: Correia de Araújo - "Aberturas"

Submetido por taf em Quarta, 2011-06-29 23:30

Corte de árvores  Corte de árvores

Não! Não é no Porto... ainda menos na Baixa! Mas permitam-me esta incursão, a escassos 17 quilómetros do Porto, num Município também ele da GAMP. Onde tudo acontece... mas nada se passa! Sem referendos, sem contestações, sem cartazes, sem manifestações, sem abaixo-assinados! Um verdadeiro campo aberto...

Corte de árvores

Correia de Araújo

De: TAF - "Alguns apontadores"

Submetido por taf em Segunda, 2011-06-27 15:22

De: António Alves - "Desmitos*"

Submetido por taf em Segunda, 2011-06-27 12:16

Sabia que pelas pontes sobre o Douro entre Porto e Gaia passam mais veículos diariamente do que sobre as pontes sobre o Tejo entre Lisboa e a chamada "margem sul"?

  • Ponte da Arrábida + Ponte do Freixo: em média 231 000 veículos/dia
  • Ponte 25 de Abril + Ponte Vasco da Gama: em média 213 000 veículos/dia

Fonte: Relatório de Tráfego na Rede Nacional de Auto-estradas, 2010

*Roubei o nome do post ao Álvaro :-). Embora tenha algumas discordâncias sobre algumas das ideias que o actual ministro da economia tem defendido (já li faz tempo um dos seus livros e já passei uns olhos atentos sobre o último, além de ler esporadicamente o seu blogue), no entanto agrada-me a sua postura aberta e desempoeirada: pensa fora da caixa, diz o que pensa sem medos mesmo que seja asneira e se contradiga. Sobre uma das suas contradições e asneiradas hei-de escrever um dia destes. O texto chamar-se-á "Porque não devíamos ser todos Lisboetas" ;-)

De: António Alves - "Mais erros estratégicos a caminho II"

Submetido por taf em Domingo, 2011-06-26 19:38

Confirma-se aquilo a que já aqui tinha aludido:

- Estudo entregue à troika propõe fecho de 800 km de linha férrea, por Carlos Cipriano

"Documento feito, à revelia da Refer, pelo anterior Governo do PS deixa a rede ferroviária circunscrita basicamente ao eixo Braga-Faro, Beira Alta e Beira Baixa. Restantes linhas seriam amputadas ou desapareceriam."

De: Augusto Küttner de Magalhães - "S. João e Regata"

Submetido por taf em Domingo, 2011-06-26 19:12

- A Transmissão do S. João - no Porto - pela RTP

O S. João como festa espontânea no Porto, e em outras cidades e vilas do Norte, prima pela sua naturalidade, pelo "ajuntamento" no bom sentido de muitas pessoas e ainda mais pessoas, velhos e jovens, que andam em grupos maiores ou menores pelo Porto, que vão do Centro à Foz, que se cruzam, sorriem, descontraem-se, vêem o fogo de artifício junto à Ponte D. Luís, e olham para as cantilenas que vão acontecendo nos mais diversos palcos montados para o efeito em vários locais. Mas não param, querem estar a circular, sempre. Trata-se de um momento de festa em movimento, e convém voltar a referir a naturalidade, e até será o único momento em que não é necessária organização, basta andar e estar. Noutras situações do nosso dia a dia, teremos - dado que não temos/estamos - de ser muito mais organizados, com o devido planeamento e programação, com pontualidade, com eficácia, sem desenrascanço, com verdadeiro profissionalismo. Não é, nem deve ser, o caso da noitada de S. João, se passar a ser morre... Cada coisa a seu tempo e no seu lugar! A RTP transmitiu em directo as Festas de S. João e ficou-se em directo demasiado tempo, focada num palco onde aconteciam umas cantilenas - não se discutem, por nunca dever ser feito, o gosto ou não por estas músicas, o gosto cada um tem e deve ter o seu -, mas talvez com mais poupança de meios e com menos gente fosse suficiente andar pelo meio de todos e com todos, seria mais simples, mais real, talvez melhor... talvez mais S. João no Porto... ou talvez não!

- Regata dos Barcos Rabelo Vinho do Porto Junho 2011

Apesar de não ser uma prova desportiva e muito menos um acontecimento "à procura" de obter um Grande Prémio, a Regata dos Barcos Rabelo Vinho do Porto, que se realiza todos os anos, organizada pela respectiva Confraria em Junho - em data próxima ou coincidente com o S. João - entre a Foz do Douro e o Cais de Gaia, deveria ser muito mais publicitada do que vem vindo a ser. Para além da própria Confraria do Vinho do Porto, as Câmaras dos dois lados e todas as Casas do Vinho do Douro e Porto deveriam ter feito dar mais a conhecer a data e o acontecimento, para atrair muitos mais turistas internos e externos, e para não ficar limitada a quem conheceu ou conhece o meio, como vem a acontecer e aconteceu mais um ano. Trata-se de uma ocasião para se tentar imaginar o tremendo sacrifício que homens foram fazendo quando transportavam o vinho do Douro/Porto rio abaixo, com muitas dificuldades, chegaram muitos a morrer, para vir da produção ao armazenamento e depois venda. Actualmente o transporte é feito por camiões, em cisternas ou em pipas, mas esta tradição deveria ser mais bem exibida a todos e por todos, e aqui uma vez mais se nota o fechamento de todos sobre si mesmos, onde pequenos "quintais" culturais e não só se inclinam sobre si próprios, e numa altura de crise não se querem unir, sem perder as suas individualidades próprias, em torno de causas que fazem progredir o País, é mau... Mais um fim de tarde passado junto ao rio Douro - um dia formidável de Verão, o sol ainda vai nascendo para quase todos, e ainda de graça - a ver passar os Rabelos e nem interessa quem chegou primeiro, mas antes e sempre o acontecimento em si. Quatro rabelos partiram os mastros, talvez por falta de uso... que o vento não era assim tão forte.