2008-10-26

De: Emídio Gardé - "Não ao metro, sim ao troleicarro"

Submetido por taf em Sábado, 2008-11-01 10:47

De dois mails recebidos hoje fica a saber-se que outros tantos projectos de introdução de Metros de Superfície em França - em Toulon e em Valenciennes - caíram devido aos seus muito elevados custos e às grandes dificuldades e demoras na sua construção, além de diversas outras dificuldades técnicas de execução.

Se no caso de Toulon não é certo que sejam troleicarros a substituir o previsto metro, mas tão-somente "autocarros de grande capacidade em busways", já no caso de Valenciennes as notícias apontam para "troleicarros guiados a laser" (sistema da Bombardier usado já em Castellón de la Plana, Espanha, desde Abril último).

Convém aqui referir que estes dois não são casos únicos e que a França não é o único país onde isto acontece: Leeds (Reino Unido) lidera o processo. Mas também há Quito (Equador), Mérida e Barquisimeto (Venezuela), etc., etc., etc.

Enquanto isso, por cá, e enquanto todos se queixam da crise e de que não há dinheiro para nada, continuamos estoicamente a tentar pôr o metro na prestigiada Av. da Boavista (Porto), no meio dos vales do centro do país (Mondego), em zonas onde ninguém o utiliza (Almada)... Salva-se a Amadora onde parece haver gente com juízo!

Emídio Gardé

Quando surgiram, pela primeira vez, as revelações sobre os salários principescos que a Câmara Municipal do Porto pagava aos cargos de nomeação política, o presidente da CMP veio rapidamente acusar quem tinha denunciado publicamente esta situação de "mentiroso" e "cobarde". Ficamos à espera, em vão, que Rui Rio provasse documentalmente a veracidade destas suas acusações.

Finalmente algo de mais substancial começa a aparecer. No site do PCP-Cidade do Porto foram recentemente publicadas as cópias dos documentos que demonstram a veracidade das denúncias feitas por Rui Sá e pela CDU da distribuição de cargos políticos, altamente remunerados, a clientelas da coligação no poder pelo Dr. Rui Rio.

Pode-se analisar o contrato de prestação de serviços da Eng.ª Raquel Castelo-Branco (ver aqui), os sucessivos requerimentos da Assembleia Municipal sem resposta a inquirir sobre a avença do Eng.º Poças Martins (ver aqui) e a proposta que equipara o vencimento dos membros do conselho de administração das empresas municipais (que abarca nomeadamente o caso do "deputado voador" Ricardo Almeida") ao vencimento dum vereador a tempo inteiro (ver aqui).

No fim quem fica mal no retrato é o Dr. Rui Rio, que procura ocultar estas nomeações da sua exclusiva responsabilidade pessoal, tentando lançar uma "cortina de fumo" de insultos em vez de assumir com coragem as suas opções políticas.

José Manuel Varela

De: TAF - "Mais leituras"

Submetido por taf em Sexta, 2008-10-31 22:25

De: Ricardo Fernandes - "Inner City"

Submetido por taf em Sexta, 2008-10-31 21:11

Inner City

Próximo evento, amanhã:

01 NOV 17h - "Piolho"
Do estudante dos 60's à actualidade
conversa com Alexandre Alves Costa

Ricardo Fernandes
in-ner-city.blogspot.com

De: Ana Gil - "Ampla coligação"

Submetido por taf em Sexta, 2008-10-31 16:46

Acabo de receber este email, que passo a transcrever:

Ajuda a libertar o Porto: As eleições de 2009 são já amanhã

O Vereador da CDU, Rui Sá, continua a conseguir desmascarar o facto da irmã do vice presidente da Câmara trabalhar para o Rivoli do Sr. La Féria. O facto dos Vereadores do PS terem seguido Rui Sá e terem também abandonado a reunião de Câmara antes que os funcionários do Rui pudessem falar, deixou a direita a falar sozinha.

Vamos usar este exemplo de combate para demonstrar que é possível derrotar a direita desde que a esquerda se una e a comunicação social cumpra o seu papel.
Vamos lutar para que possa haver uma lista de unidade para limpar a Câmara do Porto da camarilha que nunca lá devia ter entrado.
Vamos acabar com a cultura das corridas e popós e de aviões e devolver o Rivoli e o Bolhão à cidade.

Passa esta mensagem e informa-te lendo o que o Público tem escrito sobre mais este escândalo rivolesco.”

Entretanto, a eurodeputada Elisa Ferreira diz que só avança para a Câmara do Porto se houver um envolvimento directo de todo o Partido Socialista (leia-se, de todo o Governo). Neste contexto, tudo se conjuga para o aparecimento de uma ampla coligação formada pela Dra. Elisa Ferreira, Governo, Partido Socialista, Partido Comunista, Bloco de Esquerda e Comunicação Social.

Desejo-lhes as maiores felicidades. Pela minha parte já decidi: vou votar em Rui Rio.

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Nota de TAF: Eu também recebi mails anónimos semelhantes. Não consigo realmente perceber como é que alguém pode querer contribuir para ganhar eleições com base numa campanha anónima...

De: TAF - "Leituras de hoje"

Submetido por taf em Sexta, 2008-10-31 12:15

De: TAF - "Alguns apontadores e sugestões"

Submetido por taf em Quinta, 2008-10-30 15:39

- Um novo aeroporto privado em Ciudad Real - sugestão de Rui Rodrigues: "O novo aeroporto de Ciudad Real é o exemplo prático de como, no futuro, a nova rede ferroviária de Alta Velocidade vai provocar uma concorrência cada vez maior entre aeroportos e respectivas taxas."

- Assimetrias a Norte - sugestão de Nuno Casimiro: "Chamo a atenção para as informações divulgadas na tomada de posição da Plateia sobre os concursos abertos agora pelo Ministério da Cultura"

- Reabilitação urbana cada vez mais lenta e Centros históricos estão condenados? - sugestões de Pedro Nunes

- Direito de resposta no Público a "Fundação deixou muitos casos graves por resolver" (artigo anterior referido aqui)
- Ex-funcionários consideram "injustas" as críticas à Fundação da Zona Histórica do Porto

- Jardins do Porto a saque
- Câmara faz troca de propriedades com a Misericórdia
- Ciclo de conferências "Novos Triângulos" inicia-se sexta-feira
- "Peço Justiça" - Paulo Morais
- Ideia Simplex'09 - via Blasfémias

- Conservatório de Música e Escola Soares dos Reis ensaiam as novas instalações
- Coração da Escola Soares dos Reis ainda não bate
- Vice-presidente da Câmara do Porto também votou recondução da irmã em 2005

- "A Praça do Marquês de Pombal na cidade do Porto: das suas origens até à construção da Igreja da Senhora da Conceição", Domingas Vasconcelos, apresentado por António Cardoso
Hoje às 18:00 horas, Auditório Fernando Távora, FAUP - sugestão do Conselho Directivo da FAUP

- Noite dos Realizadores, 31 de Outubro, 22:00, Chã das Eiras - sugestão do Cineclube do Porto


Introspecção

- Lançamento do livro de poesia «Introspecção», de Ilda Nunes, 2 de Novembro às 16:00, Fundação Escultor José Rodrigues - convite de Ilda Nunes

De: Vitor Silva - "Ainda sobre os ordenados principescos"

Submetido por taf em Quarta, 2008-10-29 11:01

A propósito desta notícia - Rio desafiado a explicar ordenados "principescos"

«A CDU/Porto considera "fundamental" que o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, envie à Procuradoria-Geral da República "todo o processo inerente à nomeação da engenheira Raquel Castello-Branco para diversos órgãos em representação do município, por forma a apurar se, efectivamente, o seu vice-presidente cometeu alguma ilegalidade"»

duas dúvidas:

  • - a própria CDU não pode fazer isso?
  • - nós como cidadãos podemos fazer isso?

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blog.osmeusapontamentos.com

De: Ricardo Fernandes - "Inner City"

Submetido por taf em Terça, 2008-10-28 11:37

Inner City

30 OUT 18.30H - FNAC (ST.CAT)
Cidade e Privacidade*
Hélder Pacheco, Luísa Neto, Ximene Rêgo

A existência de uma ampla e heterogénea gama de relações de natureza social e económica e o crescente desenvolvimento industrial da cidade influencia todos aqueles que nela habitam, sobretudo a sua vida privada. Sabemos hoje que o direito à reserva da intimidade da vida privada, consagrado no artigo 26º, número 1, da nossa Constituição, abrange uma complexidade de situações, exercícios e posturas pessoais, como o direito à protecção da integridade física, da honra, da imagem, do direito ao sigilo, da reputação - ou seja, condições relacionadas com o foro pessoal e familiar da pessoa. Com o proliferar das novas tecnologias e meios de comunicação social é difícil passar despercebido aos olhares indiscretos do mundo que nos rodeia, confundindo-se, muitas das vezes, relações da vida privada com acontecimentos da sociedade em geral. Numa sociedade de informação contemporânea, a privacidade é pois um bem escasso; caberá a cada um de nós saber agir em conformidade com esta nova realidade.

[*este é um evento que corresponde a 2 créditos no concurso design]

Ricardo Fernandes
in-ner-city.blogspot.com

De: TAF - "Algumas leituras"

Submetido por taf em Segunda, 2008-10-27 09:40

De: TAF - "Domingo"

Submetido por taf em Domingo, 2008-10-26 18:54

Às vezes é preciso mesmo soletrar e repetir, bem devagarinho ...

1. Afirmação e insinuação: há que dividir em duas partes esta primeira questão:

  • a) o vereador Rui Sá, e várias outras pessoas, afirmaram, e não insinuaram, que há pessoas que auferem remunerações principescas. Fizeram-no em relação àquelas em que tiveram conhecimento do valor das remunerações.
  • b) Insinuaram em relação às outras cujo valor concreto afirmam (afinal também fizeram afirmações dentro das insinuações!) desconhecer pelo facto da CMP se recusar a fornecer esses elementos (Olha, olha, parece que neste capítulo insinuante, há mais uma afirmação e acusação directa!)

Em relação à alínea a), os valores afirmados (aqui não foram insinuados!) não foram desmentidos pela CMP. Assim, uma de duas: ou se aplica a velha máxima do “quem cala consente” ou teremos de aguardar pelo desmentido (ou talvez não, porque ficar sentado à espera do que não vem é cansativo, pouco edificante e produtivo).

Em relação à alínea b) (ainda que se possa também aplicar à alínea a)), parece poder aplicar-se a mesma máxima do consentimento de quem cala, pois se ninguém rebateu a afirmação do vereador (e outros) de que procuram há meses e anos saber quais as concretas remunerações dessas pessoas e ninguém – na CMP - lho diz, é porque será verdade!

2. Interrogações:

  • - Será que o vereador e os cidadãos do Porto têm o direito de saber quanto auferem determinados funcionários da CMP ou pessoas que para ela trabalham ou prestam serviços? Modestamente parece-me que sim. O presidente da CMP é tipo gestor de uma empresa! Gere uma coisa que não é dele. Por isso, é melhor justificar os seus actos e decisões perante os accionistas. É que também nas sociedades comerciais, até nas anónimas, os minoritários têm direito a obter informações!
  • - Mas quem deve dar a informação? Talvez o presidente da Câmara... então se foi ele quem decidiu contratar essas pessoas, é ele quem deve explicar o que é que pensou e o que quis fazer quando as contratou! Os próprios parece-me pouco aconselhável, pois falam em causa própria – e só se forem um bocadinho burros é que vão dizer que acham que não deviam ocupar os seus lugares – e, para além disso, até podem não saber o que é que o presidente da CMP queria deles quando os contratou. Falta uma, falta uma! A CMP deve saber quanto paga a essas pessoas e o que é que elas fazem! É que se não souber, pode ser um bocadinho complicado...

Ah! Esqueci-me de uma razão, mas que não é muito importante! O presidente da Câmara foi eleito e empossado para gerir os destinos da Câmara em representação do povo! Talvez por isso, deva ser ele, e não essas pessoas – que não creio terem ido a sufrágio – a explicar ao povo a mentira das acusações que lhe fazem. E outra! (hoje estou mesmo distraído...) A acusação / afirmação / insinuação foi feita visando o presidente da Câmara (e staff) e não essas pessoas! Parece que ninguém disse que essas pessoas se infiltraram na Câmara e, sem que ninguém se apercebesse, passaram a receber salários para desempenhar funções que ninguém lhes atribuiu. Tanto quanto me recordo, o que disseram é que a Câmara pagava as tais remunerações principescas. Talvez, por isso, seja melhor a Câmara responder pois é ela, e não as pessoas, que foi acusada!

Daí que, quando o visado (a CMP ou o seu presidente) em vez de desmentir as acusações ou de dar as informações, traz os que não foram eleitos e que não se contrataram a eles próprios nem se auto-pagam, parece que está a desconversar, a não ser que reconheça que não sabe mesmo quanto ganham e o que fazem essas pessoas!? Por isso, neste ponto, não acho que a fuga do rabo à seringa tenha sido do Engº Sá e dos outros vereadores, mas sim de quem tinha o dever de esclarecer e pensou que podia mandar dizer pelos empregados. Há coisas que são, e têm, mesmo de ser tratadas com o patrão! (Tipo: não falo com quem foi mandado para dirigir o Metro do Porto, mas só com o Patrão!)

E, posto isto, na próxima parte falaremos do significado da palavra remuneração e também dessa malvada e tenebrosa expressão: “principesco...”, bem como do chamamento das pessoas em causa (esta já parcialmente tratada) e das fugas... (que saudades de Bach!) Espero não ter escrito depressa demais.