2008-10-12
Igreja de S. Paulo do Viso
De: Alexandre Gomes - "Ciclovia na Boavista: da boca pr'a fora" (Sábado, 2008-10-18 16:27): "Eu não poria o metro, nisso concordamos, mas os eléctricos tradicionais com uma frequência suficiente para os tornar úteis assim como turísticos."
De: Emídio Gardé - "Ainda sobre o «ainda sobre a linha da Boavista»" (Domingo, 2008-10-12 22:08): "Acho que o corredor [na Av. da Boavista] poderia ser servido com um eléctrico tradicional (não necessariamente os velhinhos que circulam na marginal, mas também), articulado ou com atrelado, que, além de utilizar as infraestruturas existentes (sim, estas estão em parte do traçado), poderia constituir uma (outra) atracção turística da cidade, além de escoar o tráfego de passageiros entre Matosinhos e a Rotunda. E, sendo ligeiro, poderia passar no actual viaduto e terminar circundando a estátua da Rotunda. Barato e eficiente."
23 OUT 19.00H - PLANO B
A nova cidade - conversa
Gonçalo Furtado
Se a cidade contemporânea parece estender-se cada vez mais no território e perder a noção dos seus reais limites, que a própria terminação administrativa não contempla, é importante discutir esta nova cidade que floresce a um ritmo acelerado. Interessa perceber afinal que cidade nova é esta. A qualidade dos espaços que se têm gerado nos novos pedaços de cidade são um tema incontornável, juntando o aspecto da funcionalização das diferentes zonas da cidade, tendo como referência a cidade do Porto. Os ritmos da cidade contemporânea, e a nova forma de vida ajustada à mobilidade (imperiosa numa cidade tão distendida sobre o território) têm influência nas dimensões, características das ruas, avenidas e arquitectura que para ela é desenhada. Apesar da falta de consolidação urbanística de grande parte desta nova cidade, vislumbram-se as formas como nascem possibilidades de novos centros potencialmente em diferentes zonas urbanas. O papel de áreas tão diversas desde a tecnologia à ciência, passando pela arte, na construção desta nova cidade parece inquestionável e a integração do carro na cidade ao longo do século passado é exemplo disso. A cultura urbana da nova cidade parece construir-se paulatinamente e terá certamente uma forte ligação (de possível consequência) com esta extensão da mancha urbana e do processo de urbanização ainda não efectivado para zonas antes rurais. Também terá relação com a forma como se tem feito a descolagem da cidade antiga e o sucesso das diversas tentativas para permitir um novo paradigma no tratamento das áreas mais consolidadas da cidade, tendo como exemplo uma vez mais o Porto.
Ricardo Fernandes
in-ner-city.blogspot.com
Participei ontem na segunda reunião da "Associação de Cidadãos do Porto", no Clube Literário (espaço, aliás, muito recomendável). Foi preparada uma nota de imprensa por Miguel Barbot, Alexandre Ferreira e Vítor Silva. Aqui fica ela, bem como o apontador para a versão PDF de uma apresentação introdutória lá feita.
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Nota de imprensa: 2ª Reunião da Associação de Cidadãos do Porto
Realizou-se no passado dia 17 de Outubro, pelas 21h30, no Clube Literário do Porto, a segunda reunião da Associação de Cidadãos do Porto. A reunião, moderada por Alexandre Ferreira, assumiu a forma de uma tertúlia, com um elevado grau de informalidade. Neste segundo encontro, o movimento que pretende constituir-se como a Associação de Cidadãos do Porto, viu alargado o grupo de aderentes, relativamente à primeira reunião realizada em Setembro. O serão contou com uma agenda que incidiu fundamentalmente sobre dois pontos: uma análise da Região Norte tendo em conta o contexto nacional e um debate sobre soluções e instrumentos de futuro para a Região.
Na primeira parte foi traçado um diagnóstico, que teve como aperitivo uma apresentação de factos e números ilustrativos do potencial da Região e das desigualdades no tratamento relativamente a outras áreas do País, quando se fala de investimento público.Na análise colectiva que seguiu esta apresentação, foram abordadas questões como o empreendedorismo e investimento, factores de competitividade no contexto nacional e internacional, a captação e retenção de massa crítica ou características do tecido empresarial, tendo sido denotado, de uma forma geral, um descrédito na capacidade política do poder local e central para dar resposta às questões que mais preocupam as populações do Norte do País.
Na segunda parte foram abordados temas considerados fundamentais para o futuro da Região. Tendo-se verificado unanimidade relativamente à necessidade de a sociedade civil ter uma voz activa e do movimento que está a ser formado poder vir a desempenhar um papel fundamental na defesa dos seus interesses. Tendo sido identificados diversos temas relevantes para a Região, a discussão centrou-se num dos temas mais actuais: o modelo de gestão do Aeroporto Sá Carneiro.
Tal como já se verificou uma convergência de opiniões de diferentes actores institucionais como a Associação Comercial do Porto, AEP, Associação Industrial do Minho ou Associação Industrial do Distrito de Aveiro, bem como de empresas privadas, também na plateia houve unanimidade relativamente à importância e urgência deste tema para a Região. A consciencialização para a importância do ASC na economia e da convicção de que não se pode permitir que discussões fulcrais para o desenvolvimento regional possam ser tomadas à revelia da sociedade civil, levou à decisão de haver uma associação clara ao movimento que defende a gestão autónoma do ASC, procurando-se criar uma voz até agora inexistente: a dos cidadãos. Esta tomada de posição será acompanhada de um conjunto de acções com o duplo objectivo de consciencializar a população para o problema e de criar um elemento de pressão na defesa dos seus interesses.
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Tendo em vista uma preparação conjunta da terceira reunião e da sua agenda, foi criada uma mailing list, podendo os interessados inscrever-se enviando uma mensagem para o endereço porto.agora@gmail.com. Alguns blogers presentes, como Tiago Azevedo Fernandes (“A Baixa do Porto”), Pedro Menezes Simões (“Norteamos”), ou Rui Farinas (“Renovar o Porto”) propuseram também os seus espaços online para catalisadores de ideias e opiniões relativas a este movimento em geral e à tomada de posição relativa ao Aeroporto em particular. Todos os interessados terão assim à sua disposição um espaço onde poderão encontrar as mais recentes informações relativas a estes temas e contribuir online para esta discussão.
De: Rafael Bordalo Pinheiro
«Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.» - Eça de Queiroz
«A CDU acrescenta que "Rio anda de máquina calculadora na mão" e procura dar "uma imagem de austeridade", mas "é fértil no pagamento a peso de ouro a homens de confiança" e "amigalhaços", numa "distribuição de benesses entre parceiros de coligação". A CDU reclama resposta a requerimentos e um estudo sobre as remunerações. Já pediu informação sobre o vencimento "de oito mil euros" de Manuel Teixeira, chefe de gabinete de Rui Rio, no ano passado; sobre Poças Martins, presidente da Comissão de Reestruturação da Águas do Porto, "cargo fictício" com "12,500 euros" de avença mensal; e sobre o salário de Ricardo Almeida na Porto Lazer.» - In JN
Ora, ora, ora… o grande problema não é este. Estes parcos salários são apenas amendoins na gestão do orçamento camarário. O grande problema eram aquelas imensas dezenas de euros que os cantoneiros ganhavam a mais. Esses ‘chupistas’ delapidadores do erário público. Isso sim, é que levantava questões éticas e financeiras graves para a boa gestão da edilidade. Felizmente, a bem da cidade, o nosso querido líder colocou-os no seu lugar.
Esta burguesia de meia tigela, ignorante, arrogante e medíocre, causa-me verdadeira repugnância. As causas do declínio do Porto e do Norte em geral podem ser também ser neste campo procuradas e, pertinentemente, fundamentadas. Esta ‘elite’ é imprestável.
Caros todos,
O Sr. Ricardo Fonseca da Metro do Porto quando sugere a respeito do canal central da Boavista
"O que gostaria de ver naquele canal? O regresso dos eléctricos?
- Não. O Porto não precisa de um terceiro modo de transporte. Veria muito melhor uma ciclovia de cinco quilómetros a ligar a segunda centralidade do Porto, que é a Boavista, ao mar. (...)"
Está, evidentemente, a falar da boca pr'a fora. Pena é que o jornalista não lhe tenha perguntado se ele faz muitas vezes, de bicicleta, 5 km a subir (é verdade que depois tem 5 km a descer para gozar...).
E também porque é que "o Porto" tout court, não "precisa" de um terceiro modo de transporte (afinal os eléctricos até já existem) e há-os em cidades de dimensão média em convivência com os outros dois, metro e autocarros. E a propósito de autocarros, onde poria os que agora circulam no dito canal?
Saudações,
Alexandre Borges Gomes
Bruxelas
P.S. Eu não poria o metro, nisso concordamos, mas os eléctricos tradicionais com uma frequência suficiente para os tornar úteis assim como turísticos.
Estou bastante céptico relativamente ao futuro do Aeroporto Sá Carneiro e à estratégia da ACP / JMP / Sonae / Soares da Costa. Porquê? Basicamente porque os agentes regionais são ridiculamente ingénuos. O futuro do ASC está estrategicamente encalhado devido aos erros passados e só nos resta o «damage control».
Vejamos:
- - A ACP / Rui Moreira baseou a sua estratégia para a gestão autónoma em armadilhar compromissos verbais com Teixeira dos Santos / Sócrates. Ora estes, como é habitual, renegam o que for necessário para atingir os seus fins. Não resulta.
- - A JMP com Rio à frente só serve para retirar poder negocial. É que este senhor acha que não se deve berrar com Lisboa. Do lado de lá, já devem dizer «pois, pois, a gente compreende».
- - A participação da Sonae e da Soares da Costa é um caso de «moral hazard», como relata Honório Novo:
Efectivamente Belmiro, anda há muitos anos em dissonância cognitiva. Por um lado o Estado Central nega a posse de bancos, OPA à PT e agora a gestão do ASC. Por outro lado ele manifesta-se contra a Regionalização ou contra qualquer outra alternativa que altere o «status quo».
A posição da Soares da Costa neste filme é revelador do cínismo e do «lobby» do betão: há uns anos esta empresa sacou do OGE uma expansão megalómana de fraca qualidade do ASC via Ludgero / Cardoso / Jorge Coelho / Guterres e agora propõe-se gerir o ASC.
É certo que a importância do ASC me deveria fazer branquear o passado. Porém os erros estratégicos anteriores do poder económico a Norte, cúmplice habitual do Centralismo, AEP / Ludgero / ACP / AIMinho / Sonae / BPI / AICCOPN, continuam a manifestar-se ainda hoje. Efectivamente os privados andaram a baldar-se e agora invocam o desenvolvimento regional. Durante décadas foram ingénuos e cúmplices com a drenagem do território, a troco de negócios, incentivos, obras, juros bonificados, licenças administrativas. Agora, não têm grande credibilidade nem geram vaga de fundo da sociedade civil, claro está.
Sobrevalorizam o seu poder, julgando que por serem gigantes no nosso território também o são a nível nacional ou ibérico. Efectivamente não têm o peso político, económico, social que tem a mega-região de Lisboa e seu bloco de interesses, «máfias», MSM, e população acéfala consumidora de propaganda. Não percebem que são David contra Golias. Desperdiçaram oportunidades de ganhar poder regional há 10 anos e agora é tarde. A gestão autónoma do ASC está condenada ao falhanço e a prova disso é o contra-ataque da artilharia pesada do Centralismo como revela António Maria a propósito do recente excesso de zelo alfandegário com turistas galegos no ASC:
"Nada acontece por acaso! Eu, como alguns amigos galegos cultos e bem informados, temos a mesma teoria: sempre que a Galiza se aproxima de Portugal, alguém de Madrid ou de Lisboa, começa a provocar, e depois a sabotar. Desta vez, creio que as armadilhas estão a ser colocadas por gente do Terreiro do Paço (oriunda da nova loja sino-maçónica, envolvida na especulação da Portela, no assalto à ANA e na ocupação territorial das terras de Alcochete), e ainda por gente da Moncloa e do Palacio de Oriente, que detesta as teorias de Richard Florida sobre as mega-regiões, preferindo manter isolado o seu quintal galego. Porto, organiza-te!!"
Resta-nos «damage control», exigir contrapartidas:
- - Direito à participação da JMP ou CCDRN na gestão privada da ANA;
- - CVE Porto-Minho-Vigo a passar no ASC via ramal de Leixões;
- - Muito importante: reclamar o restabelecimento de algumas rotas TAP para principais aeroportos europeus, Londres, Paris, Frankfurt em início e fim de dia de forma a permitir deslocações profissionais ao Norte num único dia de trabalho, sem ser por low cost. Alternativamente, conceder uma taxa aeroportuária excepcional à BA, Lufthansa ou AirFrance para o fazer.
PS1: Sugestão para as negociações. Belmiro exigia o «write off» da toda a dívida para ficar com a gestão do ASC. Não poderá ser apenas parte da dívida? Isto é, não se poderá considerar que uma componente foi investimento público e que portanto não transita para os privados? É que se Belmiro assumisse parte da dívida teria muito maior poder negocial. Depois até poderia revendê-la fazendo um peditório pela região. Eu até era capaz de dar para tal.
PS2: Há cerca de 15 dias estive no ASC, na ala Sul. A certa altura havia uma porta exterior aberta a cerca de de 20 metros de um difusor de calor. Não percebo nada disto, mas acho revelador de incompetência na concepção do edifício.
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José Silva - Norteamos
- Estreia "Alba", 17 de Outubro, 21:30, Paranhos (Estaca Zero Teatro)
- Inauguração da exposição "Afrontamentos 3", 18 de Outubro, 21:30, Rua Nossa Senhora de Fátima (João Pedro Rodrigues)
- "Velada pela Vida", 25 de Outubro, 21:30, frente ao Hospital de S. João (Luís Botelho Ribeiro)
- Ocos, exposição do escultor Paulo Neves, 8 de Novembro, 16:00, Miguel Bombarda (Ana Gonçalves - Arthobler)
Boa noite.
Corre por aí uma agitação sobre a questão do Metro, com opiniões para todos os gostos, e uma pretensa conclusão: é um gozo com as gentes do Porto. Será, mas eu pretendo deixar aqui uma só referência de um gozo muito maior, e não vejo esses putativos indignados manifestarem-se. Estou a referir-me ao Centro Materno-Infantil.
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Cumprimentos de
Victor Sousa
- El Sá Carneiro cobrará tasas a viajeros sólo por compras superiores a 430 euros
Afinal parece que o limite para compras, no AFSC, vai subir...
Há quem apele ao ‘espírito de seita’ e nos proponha que deixemos Rui Rio em paz e nos concentremos no ataque ao centralismo. Justificação: Rui Rio, apesar do evidente fracasso das suas políticas e fraca contribuição para a ‘causa’ da luta anti-centralista, é um dos nossos. Paciência. Para esse peditório não dou.
Apesar das grandes objecções que tenho ao poder central, e em particular a este governo, não me custa nada admitir que, apesar de discordar pontualmente em alguns aspectos da proposta, e radicalmente do cronograma proposto, por uma questão de justiça, reconheço que a proposta do governo/metro é melhor do que a de Rui Rio/FEUP. A opção pelo Campo Alegre é a que melhor serve os interesses da área metropolitana e do Porto. A Linha do Campo Alegre é aquela que melhor conjuga 2 objectivos, a saber: primeiro, é a que melhor resolve o problema do estrangulamento do canal S.ª da Hora – Trindade levando o tráfego de Matosinhos directamente ao coração do Porto; segundo, é aquela que conjuga melhor os movimentos pendulares de Matosinhos para o Porto, e vice-versa, com a necessidade de também servir os residentes da Invicta atravessando uma das zonas com mais população e diversos pólos geradores de procura. O Metro não pode ficar limitado ao transporte dos commuters. Nem sequer é essa a sua principal vocação. Também deve servir para fazer cidade. E esta bem precisa. Vistas curtas é insistir no erro da Boavista apenas por uma questão de partidarismo.
- Fotografias do festival "se esta rua fosse minha..." por Gilberto Figueiredo - de Plano B
- "Os reitores da Universidade do Porto" - de Pedro Rios: "Um trabalho multimédia sobre a história da Universidade do Porto, contada através dos seus reitores."
Em relação a António Soucasaux - "Notícia no Faro de Vigo" o que tem acontecido, e sei por experiência porque também me calhou: praticamente todas as pessoas que têm feito voos NY para o Porto têm tido problemas na Alfândega. Apenas se pode trazer até 175 Euros, o que acho simplesmente ridículo. Eu tive uma situação com piada porque a pedido de um amigo meu comprei-lhe uma capa para o iPhone, e os serviços da alfândega queriam que eu deixasse na alfândega o iPhone porque passaria o valor... o problema, e foi complicado explicar que apenas tinha a capa porque um amigo me tinha pedido para comprar.
Sinceramente não sei o porquê deste rigor! No meu voo e noutros que amigos meus têm feito para aproveitar o Dólar fraco têm sido revistados... e somos todos Portugueses...
Enquanto nos continuarmos a entreter com estas discussões, de facto, os centralistas continuarão seguramente muito descansados. Enquanto continuarmos preocupados em aproveitar todas as oportunidades para "subir na vida" à boleia dos centralistas (ainda que para isso tenhamos que ir contra os os verdadeiros interesses da região), continuaremos a encaixar perfeitamente na táctica de dividir para reinar. De facto, enquanto assim for, devemos questionar-nos se teremos maturidade política que nos permita ir mais além.
Em vez de estarmos a discutir a proposta do Governo (por intermédio da Administração da Metro do Porto), andamos entretidos a discutir o Rui Rio. Das duas uma, ou quem está a fomentar este desvio o faz ingenuamente, sem se aperceber que nos estamos a desviar da discussão que realmente importa, ou então o faz de forma deliberada, no sentido de fazer esquecer os compromissos que estavam estabelecidos. Como é possível continuarmos a cometer os mesmos erros? Não basta já de perder tempo? Guardem todo esse rancor contra o Rui Rio para as eleições, e tratem mas é de se concentrar nos interesses na região!
Luis Filipe Pereira
Sou uma leitora deste blogue e, por mais do que uma vez, já me senti tentada em participar, atendendo ao interesse dos assuntos discutidos. Nos últimos tempos, a respeito da demolição do Aleixo, estive perto de fazê-lo, mas faltou-me a ousadia. Faço-o agora, por considerar fantástica a posição do Dr. Rui Rio a respeito do valor da palavra. Ainda no passado domingo, no JN, todos pudemos ler aquilo que a este respeito o edil portuense afirmou: «No tempo em que os homens tinham honra, um simples aperto de mão era o suficiente para selar um acordo. Hoje, nem a assinatura de um ministro, na presença do primeiro-ministro.»
Ora o meu comentário vem precisamente a propósito do valor da palavra dos homens de honra, entre os quais, ao que parece, se incluiu o Dr. Rui Rio. E aqui entra o tal tema da demolição do Aleixo. De facto, concorde-se ou não com a demolição, o que importa discutir é o compromisso escrito e verbal que o dr. Rui Rio assumiu com aqueles moradores. A exemplo daquilo que, supostamente, o Eng.º Mário Lino fez com Rui Rio.
Em 2001/2002, o Dr. Rui Rio foi frontalmente contra a proposta do Eng.º Nuno Cardoso que propunha a demolição do Aleixo. Há cerca de 6 anos, o Dr. Rui Rio impediu que esse plano avançasse, o que significaria que hoje o Aleixo já não existia. Recorde-se que os moradores, em negociação com a CMP, concordaram na altura com a proposta do Eng.º Nuno Cardoso. Quem deitou tudo a perder foi precisamente o Dr. Rui Rio quando empenhou a sua palavra junto dos moradores. Basta ler os jornais da época. Basta seguir, se dúvidas houver, o seguinte link publicado no site oficial da CMP: Rui Rio visitou o Bairro do Aleixo. Mas, além da palavra dada, agora evocada no caso do Metro do Porto, houve um compromisso escrito, assinado pelo vice-presidente Paulo Morais, com total conhecimento do Presidente, como é aludido no texto deste documento que aqui se anexa.
Assim se vê que as coincidências são por demais evidentes e, por essa razão, tomei a liberdade de trazer à colação este assunto pois acho vergonhoso este papel de virgem arrependida do Dr. Rui Rio. No caso do Metro do Porto aparece ofendidíssimo com a afronta. Tenta retirar dividendos políticos, vitimizando-se. Mas no caso do Aleixo esquece deliberadamente os compromissos assumidos e a palavra dada. Infelizmente, os bons cidadãos que vivem no Aleixo (entre os quais eu me incluo), que amam o local onde vivem, que são ricos pelas vistas que têm, estão sós nesta luta. A cidade já nos condenou e estas incongruências, as injustiças e os atropelos que nos esperam nada valem. Faz-me lembrar uma reportagem que vi há dias sobre o massacre da Candelaria, no Rio de Janeiro, em 1993. A seguir à matança, uma rádio local fez uma sondagem cujo resultado foi assustador. A grande maioria dos que opinaram concordaram com o sucedido. Com a limpeza. Também no caso do Aleixo, não faltará quem concorde com a limpeza étnica que aí vem.
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Gostaria de chamar atenção para esta notícia. O mercado galego é fundamental para o AFSC. Será que não há excesso de zelo?
Cumprimentos
António Soucasaux
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PS: Pelos vistos Narciso Miranda tem um blog activo desde 2007. Não sabia, mas descobri-o quando vi publicidade paga nos anúncios do Google que estão aqui em cima... :-)
PS 2 - Observando Lisboa: o Rádio Clube, o Vasco Campilho e o Público anunciam - Santana Lopes é candidato à Câmara de Lisboa. Isto vai ter piada... ;-) Devo dizer que não tenho opinião formada sobre o assunto, por não possuir informação suficiente sobre o desempenho autárquico de Santana Lopes. Como Helena Matos bem lembra, não dá para confiar nos media para se ficar esclarecido. E não vivendo eu lá, não sei.
Quase não tive oportunidade de assistir hoje ao Cluster em Serralves - cheguei perto do fim; no entanto, pelo que já li e pelo que já me disseram será provavelmente um arranque para novas concepções - espero - bastante interessantes. Só lamento é que neste novo paradigma estejam quase exactamente os mesmos que há alguns anos conduziram todo o sistema, pelo seu conservadorismo, a um estado calamitoso. Assim vão e vêm, possivelmente porque somos poucos, ou porque os jovens não se sentem atraídos para exteriorizarem a sua criatividade...
Eu próprio lancei a minha ideia em parceria com a universidade e com outras entidades.
Amanhã a não perder: Porto. Transformações urbanas contemporâneas com João Teixeira Lopes e Manuel Correia Fernandes, debate - na FNAC (Sta. Cat.) às 18h.
Pedro Bragança
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- Tripeiro: Os 100 anos da revista do Porto na Casa do Infante
O Orçamento de 2009 às pinguinhas:
- Primeira transacção de imóveis recuperados isenta de IMT
- Período de isenção para as mais-valias obtidas com venda de casa alargado
- Isenção de IVA na doação de bens a pessoas carenciadas
Várias sugestões:
- Novo portal da campanha "50 espaços verdes" - de Nuno Quental: "O portal reúne a informação recolhida ao longo da fase de trabalho de campo, ou seja, uma descrição e fotografias dos 113 espaços verdes propostos desde o início do projecto, em Outubro de 2006, até Julho de 2007. Recorde-se que esta iniciativa da associação de defesa do ambiente Campo Aberto tem por objectivo seleccionar os 50 espaços verdes que, segundo critérios a definir por diversos grupos de avaliação, são os que mais urgentemente devem ser alvo de protecção e salvaguarda para o futuro. Este processo de selecção será precisamente a fase que se avizinha."
- Linhas do Metro - de Nuno Gomes Lopes
- Comprem mais comboios para a Ponte 25 de Abril - de Rui Rodrigues: "O Estado financiou a entrada de carros em Lisboa (1 euro por veículo) e, agora, não há verbas para comprar comboios para melhorar o transporte público. É uma situação surpreendente, mas é a realidade dos factos. A compra de mais comboios para a Ponte 25 de Abril poderia aumentar de 80 mil para 120 mil o número de passageiros transportados, o que seria uma solução simples, barata e eficaz para melhorar a mobilidade entre as duas margens do Tejo."