De: Augusto Küttner de Magalhães - "Multas e o Porto com mais Cultura"

Submetido por taf em Terça, 2013-12-03 11:39

TAF tem toda a razão. Este País está sem conserto, pelas mais variadas razões, que todos e cada um sentimos a cada dia. A cada minuto! Mas esta burocracia institucionalizada, que obriga a gastar imenso papel e gastar imenso dinheiro com licenças de habitabilidade, utilização, energia, IMI, … etc… não vamos lá. E não apostar em forma no arrendamento! Não há quem queira saber fazer este País ir em frente! Errámos, insistimos e voltamos ao mesmo. Não dá para entender. Vamos afogar, isto não tem como mudar.

Talvez o Porto possa dar um exemplo de diferenças positivas, tenho dúvidas, mas vejo uma insistência positiva no Centro Materno–Infantil, antes que em Gaia façam um novo hospital. Pode ser o princípio da nossa independência quanto a Lisboa?
--

Se todos já entendemos que em anos anteriores se poderia/deveria ter feito bem mais pela Cultura do que aconteceu no Porto, e havia algum dinheiro, hoje pouco ou nenhum existe, terá de não se perder mais tempo a olhar para trás. Até por nada resolver! Assim, o caminho é o presente virado para o futuro, mas com aprendizagens do passado! Com as especificidades únicas de Serralves, Casa da Música e Teatro S. João, sem protagonismo especial de nenhum, terão – deverão! – de ser feitos acordos de cavalheiros mais intensos que ajudem a fazer circular ideias e claro *essoas, em eventos em cada um destes locais âncora no Porto. Por vezes só visitá-los!

Claro que temos ícones como os Clérigos, muito presente na ideia de quem visita o Porto, e - espantemo-nos ou não! - pouco de quem é do Porto. Grave a Ponte D. Maria estar esquecida – para ali… - e, a assim continuar, talvez seja de a vender aos chineses ou a quem a queira e possa comprar antes de se acabar, caindo rio abaixo.

Será com certeza de facilitar circuitos simples entre todas as referências do Porto atrás mencionadas, alargando evidentemente às já tão visitadas Caves do Vinho do Porto, do lado de lá do Douro, mas aqui tão próximo. Falar-se e sentir-se mais o Museu Soares dos Reis seria essencial. E conservar tudo o que o Porto ainda tem, e que o caracteriza, sem nada de novo ter de fazer, até por haver demasiadas “coisas novas” - o Porto não é só velharias! - algumas ligadas à arte que até nem utilidade chegaram a ter, vá-se lá porquê entender, como o putativo espaço do Museu de Manoel Oliveira. Parece que o tema será resolvido de outra forma. Seja. Mas que seja útil, para o que possa ser, se não vai ser para o que originariamente era para ser, aquele espaço antes de apodrecer.

Por certo, hoje, será essencial conservar/reanimar/reactivar tudo o que cá temos, e não é pouco, e evitar tudo o que seja fazer construções novas, ou até remexer no que vai estando bem, comparando com o que já está mal. Assim, deixe-se a Avenida da Boavista tal como está, e criem-se espaços de segurança, limpeza, conservação no que não vai bem, quer em vias de circulação, quer em locais de Cultura e animação, e residência. Por certo que os entendidos em Cultura, neste tempo tão, tão difícil que estamos todos a viver, com tão pouco dinheiro, tudo farão pelo e no Porto. E estarão por certo já em cima do acontecimento e das situações!

Querer-se, mais e mais, o Porto como uma imagem de marca, com Cultura, com Serralves, Casa da Música, Teatro S. João, Clérigos, Caves, Museu Soares do Reis, Parques da Cidade, e tanto mais, turismo, atracção de pessoas de dentro de fora, e fazendo ainda mais crescer o aeroporto Francisco Sá Carneiro, a restauração, e tudo junto “quase que implicar”, e por que não, mais reativação na Indústria, com qualidade como o calçado, os têxteis e vestuário. Tudo a bem da Cultura, do Porto e claro do País. E do não afogamento, sem horizontes futuros, de todos nós!