De: Augusto Küttner de Magalhães - "Limpeza das folhas no Outono, à maneira"
Todos os anos, enquanto a Natureza ainda tiver alguma influência, assistiremos ao cair de folhas na entrada do Outono, trata-se de um processo de defesa de algumas árvores para enfrentar o Inverno. As folhas caem e têm de ser limpas - apanhadas – e como é evidente de modo algum se pretende que os trabalhadores – tão necessários e tão diligentes como um director-geral de uma empresa, cada um em suas funções – façam esforços desadequados para cumprir estas tarefas.
Porém e não de agora, não parece justificar-se que para serem feitas estas limpezas em jardins, passeios e ruas, haja necessidade de utilizar umas maquinetas colocadas às costas do trabalhador que funcionam a gasolina/gasóleo e “bufam” o lixo, a folhagem, juntando tudo para posteriormente ser recolhido. Basta o simples ancinho ou a vassoura manual, que não implica nenhum desumano esforço, até faz mexer, nem pesos às costas, não é poluente, é barato, não gasta combustível, e faz um bom trabalho. E evitará que dentro de pouco tempo não haja em funcionanto nenhuma das maquinetas por não haver dinheiro para as aguentar, e voltar-se à vassoura/ancinho porque tem de ser. Estas maquinetas e seu combustível são pagos pelos nossos impostos, e são uma despesa acrescida, que não parece ser tão justificável pelo benefício que aporte quer ao trabalhador, quer à limpeza, e fazem barulho!
No indispensável deve-se agarrar todas as novas tecnologias e facilitar o trabalho a quem tem de o fazer, mas nestas modernices talvez não. E a diferença da vassoura para esta modernice deve ser passada ao trabalhador, se calhar com mais meios de protecção individual, ou até como um possível aumento minimo do seu salário (não dizendo nada ao FMI, nem a alguns opinadores nacionais…)