De: Pedro Figueiredo - "S. João, ordem para desobedecer"
A escassos (longos) três meses (que mais parecem anos) da saída deste executivo municipal, eis que o futuro (já?) candidato a primeiro ministro decreta não ser feriado no S. João. Se assim fosse, as pessoas iriam para a cama bem cedinho, após tomarem uma sardinhita com o copito de leite antes de ir para a cama, não haveria festa, ”tocátrabalhar no dia 24” (quem tenha trabalho, claro, os outros, tocá desempregar…) “muito e muito“ no dia seguinte, quem sabe se seria até pela “produtibidade” (ou lá o que é que é…).
Ele faz gala de se fazer parecer com Salazar e a Thatcher porque assim acha que ganha o favor (!) e a confiança “dos seus”. Não leu bem Maquiavel. Há-que se usar também a inteligência e a parcimónia para “complementar” a força dos decretos autoritários… Não teme o ridículo portanto. É fazer como se faz com os tolos: “não ligar”. Não liguem! Façamos de conta que ninguém oubiu… (“Ai não era feriado? Homessa, não sabia! Desculpe lá patrão, é a força do hábito.) O que acontecerá dia 24: Todágente irá trabalhar bem comportadamente, obedecendo carneiramente a tamanha estupidez? Quem manda mais: o nosso rico S. João ou o santo da casa, que insiste em não fazer “milagres”?
2012 - A 19 de abril decretou (com polícia de choque) que não se podia ocupar (sem o “estado”) o anteriormente devoluto edifício da escola da Fontinha. A 25 de abril milhares de pessoas desobedeceram e reocuparam (simbolicamente?) a escola. Ficou o símbolo, o que não é pouco, convenhamos: “Não te obedecemos”.