De: Pedro Figueiredo - "New wave Graffiti vs. Brigada do Reumático"
1 – Novos graffiti se alevantam, graffiti de resistência. O “Quando os muros murmuram é porque há gente a gritar (atenção ao canto inferior direito, com uma bicicleta…) e o “Aqui morava um “grafito”. Que descanse em paz.” feito por cima de um dos HAZULA censurados pela Câmara.
2 – “O beija-mão da Brigada do reumático”, que outro nome dar a essa espécie de beija-mão a Rui Rio, agora também “com um conjunto de personalidades”, também “abrangente da esquerda à direita”( diz ele), também “sociedade civil” (civil?)
3 – Ou seja, Breaking News: “Rui Rio também é candidato”. Rui Rio estreia assim a sua candidatura, não á CMP, mas a primeiro-ministro.
4 – Apresentado com o guião “Rui Rio defensor da reabilitação urbana contra O governo mau que corta na reabilitação urbana”. Só pode ser piada. Vamos rir, portanto. “Rui Rio defensor da reabilitação urbana”? Depois da vergonha que foi a destruição lenta do miolo do quarteirão das cardosas? Internacionalmente envergonhados pelo relatório ICOMOS como um dos piores exemplos de intervenção urbana (nunca “reabilitação”…)? Depois da vergonha do (ainda?) ainda não vendido quarteirão do Corpo da Guarda, àqueles “preços” invendáveis, impossíveis (dizer “especulação” é pouco…).
5 – Rui Rio, grande inimigo da cidade, que paralizou a reabilitação urbana. É só casas fechadas, entradas entaipadas para afastar ocupantes e sem-abrigos. Expulsou a comunidade okupa da Fontinha que pegou em suas mãos a reabilitação em autogestão e total autonomia daquele devoluto edifício da CMP. Descobrindo a careca a Rui Rio. Agora até há gruas na Fontinha, com a CMP a intervir numas casas, faz ou não sentido exercer pressão popular face aos poderes?
6 – O Governo, grande inimigo do país, que paralizou tudo. A reabilitação também não pôde ficar de fora. Afinal. Há-que ser coerente. Para que o Governo cumpra os seus (dele) compromissos para com a alta finança internacional (Goldman Sachs, através do FMI/“troika”), todos os outros compromissos nacionais não podem ser cumpridos. Com a cultura, os trabalhadores... etc, também com a reabilitação urbana, assim o Governo compreensivelmente é coerente com a sua própria estupidez. Por fim, Rui Rio, cuja natureza reaccionária e salazarista sempre foi menorizada tragicamente inclusive por muita gente de esquerda, com consequências ainda mais trágicas para a inteligente da cidade. Claramente o período mais negro para a inteligência da cidade. Prova do veneno que deu a provar às companhias de teatro e à Feira do Livro 8 (apenas dois exemplos) que é a “retirada do tapete” a meio. (“Tapete? Qual tapete? Não vejo nenhum.”)