De: José Ferraz Alves - "SRU Porto Vivo"
- Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto "está condenada à falência"
Lamento que se tenha descido ao nível pessoal. Esta estratégia, que foi de Rui Rio e seguida por Rui Moreira, de deixar 60% do capital social da SRU Porto Vivo na posse do IHRU, foi desde logo uma confissão pública de uma antecipação de resultados negativos a curto prazo. Tendo 40%, não precisa de consolidar prejuízos na Câmara e assim se manter a imagem das boas contas à moda do Porto, ou de Rui Rio.
Não mostra o carácter da cidade, de autonomia e auto-responsabilização. Claro que assim se bloqueou o próprio processo de decisão. Também entendo que não se trata do escândalo, nem de um sorvedouro de dinheiro público, como o Sr. Presidente do IHRU pretende mostrar, tão habitual quando os investimentos são feitos fora da cidade onde têm sede e vivem. E o efeito de multiplicação do investimento privado é verdadeiro. Deve ser o único que se agarra a planos de médio e longo prazo de 2006, dado que já nem o Ministro das Finanças o faz com os de Dezembro de 2012.
Muito sinceramente, com maturidade e calma, parece-me que tudo facilmente se resolveria. E gostaria de ver o Porto Vivo a trabalhar outras vertentes. Fazer road-shows no mercado internacional, quer de promoção como de procura de habitação, comércio e hotelaria. De a ver contactar a rede da diáspora e vender a ideia de terem aqui o seu Porto de abrigo. A Fundação Mercedes reabilitou Berlim, a La Caixa, Málaga. Há caminhos que não foram ainda trilhados.
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Nota de TAF: Esta entrevista do presidente do IHRU ao Público (acesso para assinantes), denunciando uma série de malabarismos contabilísticos na SRU (e em particular quanto ao Quarteirão das Cardosas), é absolutamente bombástica.