De: JA Rio Fernandes - "A(s) Baixa(s)"
Viva a Baixa do Porto (e o “nosso” “A Baixa do Porto”)!
Num blog como este, o “nosso” que o TAF criou e anima diariamente, estou certo que: estamos solidários como quem vive na Baixa (só queríamos que fossem mais); todos gostamos muito da Baixa (por isso a queríamos melhor) e todos temos boas expectativas para o futuro (afinal será que ainda pode piorar?)
O que me traz incomodado é o desperdício: alguém viu que fosse prioritária a requalificação dos Aliados-Liberdade?
O que me traz incomodado é perderem-se oportunidades: continuam a colocar cubos de granito cortados em Mouzinho, ou estão a prever a possibilidade do eléctrico (de preferência que não fosse “histórico”) e que utilizasse também a Rua das Flores no sentido inverso, no prolongamento desde o Infante?
O que me traz incomodado é que os problemas da Baixa já estavam sinalizados há muito, muito tempo e continuam a alastrar: Alexandre Herculano, Bonjardim, Fernão de Magalhães,...
O que me traz incomodado é a possibilidade de acontecer ao Porto o que se passou noutras cidades e acentuar-se o contraste entre as fachadas requalificadas dos prédios bonitos que alguns vivem como se um condomínio fechado fosse (com garagem incluída) e os prédios “dos outros” que continuam a cair.
Esperemos que não. Acreditemos que não. Seja como for, sou um optimista que não pretende o regresso aos campos: a cidade sabe viver para lá das pessoas e das suas asneiras. Mas fica com marcas: sem o Palácio de Cristal e o pavimento de calcário e basalto da Avenida dos Aliados, fica com a Cordoaria despida. Mas também tem marcas interessantes do nosso tempo: Parque da Cidade, Casa da Música, ...
Viva a cidade. Viva a Baixa!