De: TAF - "Rui Quelhas não se decide?"
- Administrador da SRU clama transparência na compra de prédio
1) É bom que haja investidores a apostar no Centro Histórico do Porto. Oportunidades não faltam, falta é capital.
2) Parece-me evidente que um administrador da Porto Vivo, SRU está eticamente impedido de ser em simultâneo investidor neste território sob sua administração, no pressuposto de que não se trata de aquisição do imóvel para sua habitação própria e permanente (caso em que, ao contrário, seria até de aplaudir se o negócio tivesse sido tornado absolutamente público, a bem da transparência). É certo que o Documento Estratégico para aquele quarteirão já estava anteriormente aprovado. Contudo, como se tem visto pelos precedentes, isso não impõe regras definitivas ao que lá se pode fazer, nem define um vasto conjunto de pormenores que valorizam ou desvalorizam o espaço. Vai ser a SRU a entidade fiscalizadora das obras dos seus próprios administradores?
3) Afinal o prédio é de Rui Quelhas (“No dia seguinte, chamei os meus colegas do licenciamento e informei-os de que aquele prédio passara a ser meu”), ou da mulher e de uma amiga dela (“as esposas não são uma extensão dos maridos"), conforme consta da escritura?
4) Em minha opinião, a compra deste prédio pelo valor anunciado foi um mau negócio. A localização, neste caso muito particular, é bastante má: mesmo junto à boca do Túnel da Ribeira, com enorme ruído e poluição. Este facto em si não abona muito em favor da administração da SRU - pelos vistos não conhece bem a zona e avalia os imóveis por valores exagerados (nada que não soubéssemos já).
5) Rui Quelhas seria mais útil para a cidade como investidor no Centro Histórico do que como administrador da SRU. Por que não toma essa opção profissional?
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Sobre a questão dos despejos, hei-de voltar ao tema mais tarde.