De: Alexandre Burmester - "Elites parolas"
O Presidente da Câmara do Porto vem agora, em fim de mandato, finalmente colocar as mangas de fora e reclamar deste governo, pelas medidas que recentemente tem tomado. Nada de novo neste e nos anteriores governos, pois que esta atitude que nem é única nem é de agora. Medidas como a nova gestão do Aeroporto e o Porto de Leixões são aliás os exemplos actuais de outras que sempre pautaram a governação centralista, mas que só agora e por arrasto de outros é que vem o Rui Rio tomar posição pública. Nada que o próprio também não faça, pela sua forma reservada e tímida de agir, que se reflectiu na sua total falta de atitude noutros tempos e que se reflecte hoje na falta de importância e de capacidade de influência a que o Porto e o Norte chegou.
Contudo não posso deixar de estar a favor desta atitude, ainda mais acrescida da sua revolta pelo estrangulamento financeiro da SRU do Porto que o governo mantém, medidas estas que nem sequer são entendíveis pelo quadro de austeridade, mas mais pela estupidez governativa que tem pautado o actual estado das coisas.
Apenas fico de fora na sua indignação pela importância da manutenção a Norte do programa a “Praça da Alegria”. Muitas oportunidades já tivemos para ter até um canal televisivo regional, mas infelizmente sempre foram desacompanhadas de qualquer força política e daí apenas partilhamos esse serviço supostamente público intitulado de RTP. Mas mais particularmente porque não partilho da sua visão “cultural” e do seu entendimento sobre Cultura, porque desta RTP e deste programa especifico, e nada contribuir para outra cultura que não a dessas “elites parolas”.