De: Pedro Figueiredo - "Honrar os compromissos"
1 - CASA DA MÚSICA: Acho graça à forma fácil como se desculpa o desonrar dos compromissos do governo para com a NOSSA Casa da Música. "- Não fossem tansos, acreditaram no governo, os patinhos do conselho de administração!" (E pronto. Tá arrumado...)
Tiago: Apoias (activa e legitimamente de resto) um governo que faz do mote "honrar os compromissos" (que o PSD fez em conjunto com o PS) em nome de terceiros (em nome dos "Portugueses") para com a Finança Internacional... Cujo honrar desses mesmos compromissos se permite - "afinal" - a desonra contínua, múltipla e repetitiva de inúmeros compromissos feitos (por PS e PSD e não só) para com esses tais "portugueses". Compromissos não honrados para com a CASA DA MÚSICA, mas também para com o Cinema Português, para com as Autarquias, os hospitais, as Escolas, os trabalhadores (quer do público quer do privado "afinal"), as empresas do Estado, o Estado social em geral, etc, etc... "Para honrar aquele compromisso, desonramos todos os outros compromissos".
A partir daqui saber se a percentagem de corte na Casa da Música é 5, 10, 20, 30 ou 70, quem quer saber afinal? Um número é um número. Quem quer saber se esse número dará eventuais despedimentos na Casa da Música, eventual fim dos magníficos e populares concertos de meio-dia a 5 euros a entrada, ou fim do programa educativo, ou ao fim da orquestra residente "Remix"? (Instrumentos de música erudita como se sabe custam 5.000 euros, 10.000 euros, 20.000 euros). Um número é um número, excel é excel, assim qualquer um é capaz de "governar".
O Ricardo Araújo Pereira,(também Marxista como eu) dizia outro dia com a graça de que só ele é capaz: "- É preciso apresentarmos Vítor Gaspar a um ser humano / deixar os dois à vontade / conhecerem-se um bocado / trocarem impressões" para sair um bocado daquele ambiente folha-excel. "- Olá Vítor, eu sou a cultura" / " - Olá, eu sou o Vítor, como está?" / "- Olá, eu sou a casa da Música e com o meu orçamento eu tenho criado novos públicos onde antes só havia "elites", tenho democratizado o acesso a coisas "extravagantes" como música erudita, clássica, jazz, barroca, do mundo, etc... a todos em geral / E não, não queremos voltar ao século XIX em que a música era um bem só para a Burguesia snob e bem-passeante."
2 - RTP: Quando o serviço público não é de qualidade e - sim, há muitas vezes em que o serviço público não é de qualidade -, "que fazer, então?". Hipótese um: "Governar e gerir um bocado", por forma a conferir essa qualidade e "conteúdos"? Hipótese PSD: Não, não governar, não, não gerir, vender a privados que farão ainda pior... Preguiça, não saberem, não quererem saber ou pura má-fé? Venha o menino Jesus e escolha.
(Em 2013, pegaremos enfim na espada?... Faremos como "Ele" / "aquele - que - é" fêz? Expulsaremos enfim os vendilhões do Templo?)