De: António Alves - "O candidato que não é de consenso e é um não candidato"
Rui Moreira, ao contrário do que alguns participantes neste fórum pensam, não é um candidato de consenso. Dificilmente seria aprovado à esquerda, mesmo naquela “esquerda” PS. Estes porque têm candidato próprio e, como bons jacobinos, não gostam de burgueses com “patine”. Na restante esquerda toda a gente sabe que Rui Moreira não morre de amores por sindicatos, trabalhadores em greve e outras coisas que eles muito acarinham. A malta mais “operária” – na qual me incluo -, apesar de o achar simpático, e até “boa pessoa”, jamais votará nele. Ser portista não chega. Outro handicap será o facto de se ter mostrado muito agradado, no início, com o actual governo. Hoje em dia a “relação está mais fria”. Mas nos tempos que correm até os cães vadios se recusam a ser identificados com Passos & Comandita.
Também entre os mais regionalistas (também me incluo nestes) dificilmente o seu nome seria aprovado. Não se esquecem da traição no referendo à Regionalização e de outros erros de análise estratégica graves como ter enfiado aquele barrete, produzido por Durão Barroso, das linhas de TGV em “pi deitado”. Na malta mais ligada às causas urbanas pesará o facto de ter anuído presidir àquele cadáver em adiantado estado de decomposição que é a morto-vivo. Perdão…, a Porto-Vivo.
Falemos agora da direita, área onde poderia arregimentar mais apoios. Nem pensar nisso: o candidato será Menezes. Relvas assim o decidiu. E os do CDS (de Lisboa) não são assim tão parvos que se arrisquem a dividir o eleitorado com dois candidatos. Um dia destes mandam cá o conhecido benfiquista, e deputado pelo Porto, Ribeiro e Castro e metem os gentios na ordem. Afinal são eles (os de Lisboa) que mandam e o resto é conversa provinciana.
Falta agora analisar a questão pela óptica do putativo candidato: aposta-se singelo contra dobrado que ele não está para isso.
Este texto foi escrito contra o “novo” desacordo ortográfico.