De: Pedro Figueiredo - "Metro – o aumento dos passes"
Estas são imagens tiradas na semana passada na Loja Andante da Trindade, mas poderiam ser de qualquer semana desde o princípio de Setembro. Filas e filas de gente como num país do terceiro mundo a levar papéis a tentar provar da sua “pobreza”, “semi-pobreza” ou "estado paupérrimo” para poder usufruir de um dos seis escalões de passe estudante que o governo criou para substituir o simples e directo sistema anterior… O governo acabou com o desconto automático chamado “passe estudante”, que permitia aos jovens andar de Metro com 50 % de desconto… No “meu tempo”, jovem que era jovem recebia do papá um carro ou mota logo no 12º ano e toda a faculdade era feita a gastar gasolina, poluir, buscar estacionamento, etc, etc… Ao transporte ecológico dizia-se “nada”…
O metro e o passe estudante vieram felizmente encher o Metro de jovens do liceu e das faculdades. Até parecíamos um país civilizado e europeu com tanta juventude a usar transporte público (“coisa de pobre” pensava-se nos anos 80 e 90…). Assim há o passe sub 23, o passe 14-18, o passe famílias, e cada um com sub-escalões, e cada sub-escalão exige vários e diferentes papéis para que o cidadão “lhes chegue”… Por isso: mais um preconceito: “O liberalismo propõe menos e melhor estado”… Neste e noutros casos, o liberal PSD propôs um sistema supercomplicado, mais burocracia, filas porque é obrigatória a presença, etc, como não se via desde os anos 80 para que a malta obtenha – miséria – umas migalhitas e prove que passa “mesmo, mesmo” fome, senão… Mas é assim, o liberalismo de Estado é autoritário e propõe super-impostos para matar a economia (aumentando a dívida, aliás…) e pelo caminho burocratiza mais o estado da forma que se vê…
NOTA: Agradeço ao Tiago o elogio de “eu ser boa gente”… Mas não. Mas não… Boa gente não sou certamente, senão não teria uma “agenda radical escondida” assim… (aqui no bolso essa agenda). Eu prefiro esconder a minha agenda Esquerdista Radical, o PSD tem a sua agenda radical bem à vista e com as consequências que vemos.