De: Alexandre Burmester - "Há muito, pelo Porto"

Submetido por taf em Segunda, 2012-08-20 19:51

Janela emparedada  Aviso da CMP


A imagem que aqui serve de ilustração corresponde a uma janela emparedada, como muitas existem nesta cidade. A frase que ostenta diz bem do sentimento que encerra a cidade.

No decorrer da crise que se vive, o pouco que existe de trabalho na área do imobiliário consiste na legalização de imóveis, na pequena recuperação e nas obras de cariz particular. Sejam particulares a legalizar, muitos porque precisam de vender ou de fazer pequenas alterações para melhor se adaptarem aos tempos actuais, sejam empresas porque implantam novos negócios ou na mesma os adaptam, torna-se urgente para os centros das cidades que estas situações sejam rapidamente resolvidas.

Como obras novas não existem, a Câmara limita o seu trabalho de apreciação de projectos essencialmente a estes temas. Com uma redução de cerca de 60% do volume de trabalho, esta e as outras Câmaras do País dedicam o trabalho dos departamentos de Urbanização, obras e fiscalização a estes assuntos. As Câmaras por este País fora, compreendendo a situação e tendo nesta circunstância maior disponibilidade de meios humanos, têm vindo a auxiliar os munícipes nestes processos, sendo que por vezes de formas rápidas e até expeditas, ultrapassando por vezes a patetice da actual legislação.

Ao contrário a Câmara do Porto, que parece viver outros tempos e outras realidades, mantém a mesma postura de tempos idos. Os processos demoram eternidades, exigem-se regras e procedimentos que complicam e empatam os processos. Não vou dar exemplos, não só porque seriam muitos, mas porque para além desta escrita azedar ia também estragar o meu dia. Deixo aqui apenas a imagem plasmada na porta de um bar do centro da cidade, sábado à noite, cujo aviso foi despachado pelo Sr. Vereador do Pelouro da Protecção Civil, Fiscalização e Juventude (?deve ser?) a mando de uma incompetente de nome Cristina Douteiro, que mandou fechar um bar no r/c de um prédio supostamente sem Licença de Utilização, como quase todos os do centro da cidade, mas por maior competência ou por especial favor deixou a funcionar no mesmo prédio outro bar no primeiro andar. As razões devem ser muito fortes que só ela e o seu Vereador devem saber.

Bem haja Sr. Vereador e douta Cristina pelo bom entendimento da realidade, mas por cá vocês não fazem falta nenhuma. Não basta a crise ser a que é, que a Câmara ajuda a agudizar.

“Por cada tijolo que me cega, eu te saúdo”

Alexandre Burmester