De: TeoDias - "A Nova Indiana e outras coisas"
A Nova Indiana - lembro-me muito bem desta mercearia, das suas montras dispostas com gosto, dos odores a café e a outras especiarias que de lá saíam para a rua onde passavam os eléctricos. Tenho a impressão que foi lá que vi, pela primeira vez, cubos de açúcar (apresentados em taças de vidro). Um dia, voltei ao Porto. A fachada ficou mais ou menos conservada, juntaram um pouco de alumínio, destruíram o quintal, construíram uma galeria onde nunca entrei. Esta imagem transporta-me até à minha infância, até ao tempo em que de calções calcorreava os passeios de Cedofeita para ir à escola primária.
Duas curtas observações - após leitura do post de Assunção Costa Lima e de ver esta foto.
1. A Travessa do Rosário (actual Rua Jaime Rios de Sousa) - esta artéria da cidade encontra-se em obras de requalificação (bem precisava) - no entanto reparei que a largura dos passeios é insuficiente para a passagem de uma cadeirinha de bebé, e ainda menos para uma cadeira de deficiente - creio que existe na autarquia um provedor dos deficientes e uma loja da mobilidade. Terão sido consultados? Ou são simplesmente um cargo honorífico e mais uma vitrine da Câmara?
2. A Travessa de Cedofeita (espero que lhe guardem o nome, que não encontrem outro professor universitário dos anos sessenta a precisar de placa na toponímia da cidade) tem muito mais movimento do que a Travessa do Rosário, está integrada na zona pedonal de Cedofeita, mas foi completamente esquecida nas obras de requalificação. os passeios são mais do que tortos, o único troço realmente a que se pode chamar passeio foi reconstruído pela loja espanhola que ocupa o lugar do antigo "Bazar dos três vinténs". o problema dos carrinhos de bebé aqui não se põe - é mais simples passar pelo meio do antigo calcetamento.
(Já para não falar nos passeios da Travessa do Carregal - o caminho mais curto entre a rua de Cedofeita e o jardim do Carregal e acesso a um serviço do Hospital do Carmo - o pavimento da rua não deve ter sido alterado desde que ela foi aberta. Numa parte dos passeios substituíram as pedras lisas e simples por paralelos, no restante da rua os passeios encontram-se sem alteração há mais de 50 anos - aqui há uns anos, quando a minha mãe lá passava dizia sempre: "por aqui nunca passou a pé nenhum presidente da câmara".
TeoDias
Ruas da Minha Terra