De: Luís Gomes - "Compromisso 2013"
Há sensivelmente 5 anos, lancei a ideia de um livro branco para um conjunto de compromissos propostos por cidadãos, a entregar aos futuros candidatos. É com alguma frequência que cada um dos contribuidores deste "blog" tem vindo a sugestionar medidas, de acordo com a sua área de formação/interesse particular. Se os partidos não se abrem à sociedade, façamos então o "push": lançar ideias, iniciativas, acções concretas por forma a condicionar (positivamente) os programas desses mesmos candidatos. Entendo que a próxima eleição não deve ser um cheque em branco ao ainda presidente da Câmara de Gaia, e será bom para os portuenses (e para ele) dizer claramente o que pretendem do próximo "inquilino".
A ideia de que o Município não pode ser alavanca de crescimento da cidade em tempo de crise é uma falácia. É precisamente nos dias de hoje que mais pode fazer. Na ausência ou escassez do recurso monetário, possui outras armas: os licenciamentos, a associação a iniciativas privadas o apoio ao empreendedorismo, entre outros.
As ideias valem dinheiro, senão vejamos: as Universidades e os investidores privados estão permanentemente na busca de novas ideias, novos negócios. Nunca como agora foi tão valorizado o contributo intelectual. Além do mais, os contributos podem e devem recentrar a discussão. Não me parece correcto discutir uma nova ponte sobre o Douro. O modelo da urbanização assente em habitação em altura e superfícies comerciais já foi chão que deu uva, e não é por aí que criamos economia sustentável a longo prazo. Por isso interrogo-me:
- É realmente necessário mais habitação social?
- É possível um modelo de Reabilitação Urbana assente em casas de custo controlado?
- Devemos apostar em Cooperativas de habitação por oposição à Reabilitação Urbana? Serão modelos complementares ou substitutos?
- Que empresas municipais / serviços devem ser privatizados? Faz sentido a Águas do Porto ser privatizada?
- É desejável isentar de impostos municipais, as empresas que criem postos de trabalho no Porto?
- Devemos continuar a ser permissivos com a especulação imobiliária na Zona Ocidental/Centro?
- É viável criar um pólo/incubadora de empresas de tecnologia / consultoria / design / inovação na zona Oriental criando sinergias com o Pólo da Asprela?
- É possível transformar terrenos baldios em hortas municipais?
- A marca Porto tem potencial a ser explorado? Como podemos capitalizar com os Cruzeiros, a Ryanair e a Douro Azul?
Está dado o mote. Estou certo de que há muito know-how e soluções por dar a conhecer.
Cumprimentos,
Luís Gomes