De: José Ferraz Alves - "Quem é dono do QREN?"
A questão não é se os dinheiros do QREN devem estar no Ministério da Economia ou das Finanças. Eles deviam estar é nas Regiões para as quais são cedidos pela União Europeia: as que têm menos de 60% do rendimento médio per capita da UE, Norte, Centro, Alentejo e Açores e as "phasing-out", Algarve e Madeira, geridos pelas respectivas CCDR's, que são os embriões dos Governos Regionais, quando os seus órgãos passarem a ser eleitos, em vez de nomeados. A concretização da Regionalização é tão simples como isto.
Para a União Europeia só há QREN porque lhes dissemos que temos Regiões. Por isso gostaria de saber o que esconderam à Troika para que a Regionalização do país não tivesse sido uma exigência. Não foi decerto esta patética proposta Relvas de ataque aos pobres e fracos das freguesias, com a criação de mais una mega-cidade, agora a do Porto para se juntar à falhada aposta em Lisboa. Percebo a preocupação de alguns. Só com os quadros de gestão do QREN são quase 200 milhões de euros, que comparam com o tão criticado por despesista Rendimento Social de Inserção, 250 milhões de euros/ano. Se fosse uma qualquer Câmara Municipal, os órgãos de comunicação social caiam logo em cima. E bem. Até porque se junta o desvio dos gastos para uma Região, a de Lisboa e Vale do Tejo, que não tem direito a nada disto. Mas como também estão aí as Agencias de Publicidade e a decisão de investimento, calam-se. Nós no MPN, não!
José Ferraz Alves