De: Pedro Figueiredo - "Coesão social? «Occupy» a CMP!"
Declarações públicas e recentes de D. Januário : “Sente-se um certo odor a esse incêndio que antecede quedas de regime” (…) “ Não me admiraria se de escombro em escombro este governo pudesse ter as horas contadas”… Quem diz governo diz Câmara do Porto. E os resultados estão à vista no estrangulamento económico e humano. Sem coesão Social. A CMP tem sido a troika antes da troika. O PSD no executivo da Câmara do Porto é o principal “i”rresponsável pelas políticas que estão a levar ao empobrecimento dos Portuenses, à inexistência de uma política eficaz de reabilitação Urbana, à fuga em massa de população para as periferias. O PSD na CMP tem sido o grau zero da política, também no nosso Porto. Se era para “isto”, não era preciso haver CMP.
- O PSD é o grau zero da política quando “oferece” equipamentos que podiam ter uma utilidade pública como o Palácio do Freixo.
- O PSD é o grau zero da política quando “oferece”, aos bocados, parte do jardim do Palácio de Cristal para construção de equipamentos privados…
- O PSD é o grau zero da política quando quer privatizar os serviços de águas municipais, mesmo quando, nas próprias palavras da CMP (na revista de propaganda da CMP), a “Águas do Porto“ é dos serviços mais competentes e até recebe “prémios europeus” dada a sua competência. Então porque a privatizam? Grau zero da política!
- O PSD é o grau zero da política quando expulsa os comerciantes do Mercado do Bom Sucesso, “sem dizer água vai” em desrespeito pelas pessoas, que não são lixo que se varra para baixo do tapete dos seus negócios obscuros.
- O PSD é o grau zero da política quando privatiza o uso do Rivoli a Filipe la Feria – escolas em excursões com bilhetes pagos / actores com salários em atraso - enquanto as outras companhias de Teatro emigram para outras cidades por falta do “seu” Teatro Municipal.
- O PSD é o grau zero da política quando na cidade onde não há um único Cinema a funcionar, existe um projecto de Cinemateca e um Cineclube sem espaços próprios… e um Cinema Batalha sem instituição dentro, dia a dia em degradação acelerada, nobre edifício num dos espaços mais nobres da cidade… Grau zero da política!
- O PSD é o grau zero da política quando – santa ignorância – quis aprovar para o super-turístico Mercado do Bolhão (o must da cidade) shopping center mais 7 pisos de especulação imobiliária para habitação em altura… contra o próprio PDM, vendendo “a” pérola da cidade”…
- O PSD é o grau zero da política quando pinta e repinta os ghettos / bairros sociais da cidade, em vez de realojar as pessoas a preços acessíveis em habitação mais central e em casas de reabilitação – mais urbanidade viva e menos ghetto era o mínimo que seria de instituir…
- O PSD é o grau zero da política quando “puxa do gatilho” contra os mais fracos, elegendo os arrumadores como gente a banir (política de extrema-direita inédita numa cidade invicta como esta).
- O PSD é o grau zero da política quando “puxa da retroescavadora e da dinamite” contra os mais fracos, elegendo os moradores dos bairros do Aleixo e de S. João de Deus como os danos colaterais da falta de políticas da CMP para… resolver as questões racionalmente resolúveis (políticas, meus caros, políticas) tão importantes sim, como é a questão do alojamento e a questão da droga… que não se resolvem com racismo Social. O PSD é de facto um “partido de classe”… Como se compreenderia – se não o fosse - querer num mesmo terreno substituir a habitação de uma classe baixa por uma classe alta. Ajudamos os ricos, expulsamos os pobres. Grau zero da política!
Dali, as políticas do PSD convidam os Portugueses a emigrar. Daqui, pelo Porto, as políticas do PSD convidam os portuenses a continuar a fugir para a periferia… Outro dia, ao passar por trás do Hospital de Santo António, as filas de pessoas para a “sopa dos pobres” eram gigantes,… ocupando totalmente o passeio! Espanto? A coesão Social é um problema para o poder “refletir” enquanto e regime agoniza face aos juros que se propôs pôr os mais fracos a pagar… D. Januário apenas observa atenta e criticamente a realidade. Ainda bem! Ainda bem que nem toda a Igreja se revê no ingrato e subalterno papel que é o “assistencialismo” para que o Estado a quer empurrar… Quem é Cristão saberá que o Cristianismo tem a ver com “Partilha”, Partilha dos bens e dos gestos, não com a caridadezinha… Eu, “quando ouço falar em coesão social do PSD, apetece puxar logo, não da máquina de calcular, mas do gatilho mesmo…” A violência das políticas do PSD naturalmente terá uma resposta à altura. Faremos a Revolução sim, e um dos pontos é precisamente “a todos o que é de todos” – A partilha dos bens públicos, os equipamentos públicos e as políticas públicas servem o Povo, não se servem do Povo. Rui Rio não sabe, o PSD também não (Mas irão saber). (ameaça)