De: Lurdes Lemos - "Balanço de 10 anos de mandato de Rui Rio"

Submetido por taf em Quarta, 2012-01-11 23:30

No seguimento da sugestão de Carlos Oliveira, venho aqui deixar a minha participação, na qual incluo pontos sugeridos por amigos com quem partilhei esta ideia de fazer um balanço dos últimos dez anos de gestão autárquica da cidade.

Mais:

  • Reabilitação dos bairros municipais, à excepção dos bairros de S. João de Deus, S. Vicente de Paula, Aleixo e bairro Novo da Pasteleira;
  • Red Bull Air Race (apenas como iniciativa);
  • Circuito da Boavista (apenas como iniciativa);
  • Finalização das obras do Porto 2001;
  • Reabilitação urbana da Rotunda da Boavista (ainda que inscrita na polémica da linha da Boavista);
  • Turismo;
  • Controlo financeiro;
  • Organização do Gabinete do Munícipe, que funciona (geralmente) bem;
  • Gestão de pessoal;
  • Reorganização da rede municipal de bibliotecas e arquivos, destacando-se o Arquivo Histórico Municipal, que melhorou bastante o seu serviço depois de reestruturado pelo Dr. Manuel Real.

Menos:

  • Destruição por motivos unicamente panfletários do Bairro de S. João de Deus, interesses imobiliários na destruição dos bairros do Aleixo e S. Vicente de Paula e abandono do Bairro Novo da Pasteleira;
  • Privatização do SMAS;
  • Privatização do Silo-Auto;
  • Privatização do Miradouro da Vitória;
  • Concessão do Palácio do Freixo, com data de resgate insultuosa;
  • Concessão e destruição do Mercado do Bom Sucesso, com data de resgate igualmente insultuosa;
  • Criminoso abandono voluntário do Mercado do Bolhão, envolvido em mais negociatas e hipotéticas concessões com datas de resgate novamente insultuosas;
  • Projecto para o Centro de Congressos no Palácio de Cristal, no qual pretende usar grande parte senão mesmo todo o dinheiro que a CMP recebeu através dos concessionamentos acima referidos;
  • Caso das esplanadas da Praça Parada Leitão;
  • Proposta de ocupação da Praça de Lisboa, após o escandaloso abandono da mesma e o roubo da escultura do mestre José Rodrigues;
  • Destruição da Avenida dos Aliados, entre outras obras de maior envergadura realizadas sem consulta pública;
  • Más relações com diversas instituições locais, sejam elas clubes desportivos (F.C.Porto, Salgueiros, Boavista, Fluvial), instituições culturais (TEP e Seiva Trupe) ou instituições sociais (Coração da Cidade), entre muitas outras (como o Jornal de Notícias) que se mudaram para o outro lado da Circunvalação ou para a outra margem do Douro;
  • Más relações com os municípios vizinhos, com o consequente abandono do património “comum” (pontes sobre o Douro e Estrada da Circunvalação);
  • Caso de “O Comércio do Porto”;
  • Caso do “El Corte Ingles”;
  • Diminuição drástica da população;
  • Retrocesso nas políticas de limpeza da cidade;
  • Estado de abandono do edificado no centro da cidade;
  • A grande maioria das intervenções da SRU, de má qualidade, dispendiosas e sem potenciais compradores;
  • Destruição da vida cultural da cidade, cujo zénite foi a concessão do Teatro Rivoli;
  • Abandono do cinema Batalha, desaparecimento de mais de dez salas de cinema na cidade e eliminação das salas de cinema previstas para o Porto Gran Plaza Shopping Center;
  • Má gestão do espaço público, na qual podemos ainda inserir o caso da Feira do Livro e das “colmeias” que ocuparam regularmente várias praças da cidade;
  • Desprezo para com os espaços verdes existentes, sejam eles de grande dimensão, como o Parque de S. Roque, ou de pequena dimensão, como o Jardim de São Lázaro;
  • Abandono do projecto de diversos parques urbanos;
  • Pista de aviação para Red Bull Air Race nos terrenos do Parque da Cidade;
  • Falta de visão de cidade, modelada à medida do Circuito da Boavista;
  • Construção de diversas ciclovias de formato perigoso quer para ciclistas, quer para condutores, quer para peões;
  • Tacanhez no planeamento urbano, com a redução da capacidade de tráfego das novas vias de circulação, aumentando a capacidade construtiva e diminuindo o espaço público hipotecando utilizações futuras, como se vê no caso da nova avenida da Prelada, que deveria ter 4 vias, duas das quais reservadas para uma possível extensão da rede de metro, ou no caso da Rua Bartolomeu Velho e das Torres Altis;
  • Gestão duvidosa dos casos da construção no Parque da Cidade e do Plano das Antas;
  • Abandono da zona industrial;
  • Má política de transportes públicos que se revelou desastrosa no planeamento da rede de Metro (Boavista/Campo Alegre);
  • Abandono da rede de eléctricos rápidos planeada na vereação anterior, que seria de custo muito inferior à da rede de Metro e visão do eléctrico como mera atracção turística;
  • Paralisação do projecto de reabilitação do “Parque das Camélias” e de criação de uma central de camionagem;
  • Irresponsabilidade no caso da animação nocturna na Baixa;
  • Encomenda dos diversos projectos municipais feita sempre às mesmas entidades;
  • Imposto de ocupação de subsolo para os clientes de gás natural;
  • Falta de transparência em diversos outros negócios.

Lurdes Lemos