De: António Alves - "Uma operação técnica perfeita"
Pois! A única coisa “perfeita” foi mesmo, e só, a pirotecnia.
No dia 25/01/2007, escrevi neste blogue o seguinte: «…todos sabemos também como os terrenos do Aleixo são cobiçados pela sua privilegiada localização sobranceira ao Douro. O completar do "cerco" apenas trará uma única variação ao status quo do bairro: aumentará a pressão para que acabe demolido. Também aqui à partida nada contra, mas se for só isso não devemos chamar-lhe integração. Tal como Rui Rio no caso do S. João de Deus, julgo que bairros como este já atingiram um tal nível de degradação que muitas vezes a demolição é mesmo a melhor solução. No entanto, antes de enveredar por uma solução desse tipo é preciso pensar nas pessoas (a maioria dos moradores que nada tem a ver com tráfico de estupefacientes) e garantir-lhes uma solução de qualidade que as valorize e contribua decididamente para o seu progresso social. Nada poderá ser levado a cabo sem o envolvimento efectivo dos principais interessados. A construção no local dum novo bairro mais pequeno e de qualidade, por exemplo para os mais idosos, e o realojamento de muitas destas famílias em casas que possam vir a ser recuperadas na Baixa é uma possível solução. Entretanto o tráfico de droga deve ser severa e sistematicamente reprimido. Agora, antes e depois de qualquer solução. Até para separar o trigo do joio.»
Claramente nada disso foi feito. O processo segue à revelia dos principais interessados. Estes têm sido realojados em Bairros tão maus, tão mal concebidos e construídos como o Aleixo. O caso da Pasteleira Nova é exemplar no mau sentido. O senhor presidente assistiu, qual general de pacotilha, a tudo de longe e convenientemente guardado no meio do Douro. Ironicamente, ou talvez não, a torre 1, a do tráfico de droga, continua ao alto. É que se o tráfico acabasse muitos argumentos cairiam por terra.
António Alves