De: José Ferraz Alves - "Bairro do Aleixo"
"...Ele não aguentou mais do que meio ano no novo bairro. Andava sempre triste. Ainda hoje podia ser vivo, se não tivesse sido obrigado a mudar, diz Amélia".
Não, não é nenhum conto. Está no Público de 16 Dez 2011 e é sobre o que se está passar no Aleixo, com o silêncio comprometedor e hipócrita dos portuenses. O dia 16 de Dezembro de 2011 ficará marcado por um dos de maior desonra na história da cidade e de desrespeito pelo que significa o coração de D. Pedro depositado na Lapa. Uma cidade pouco solidária e vencida pela demagogia fácil. Uma vergonha de quem não conhece a sua própria cidade. Com total insensibilidade e beneficiando da falta de formação e informação das maiorias, depois de ter permitido a deslocação de instalações desportivas para o Parque da Cidade viabilizando imobiliário noutra parte da cidade, o dia de hoje marca a caminhada de um homem que se acha o novo Messias ou D. Sebastião nacional.
Afinal é fácil resolver o problema da droga, vai tudo abaixo. Eu até seria favorável a tudo isto, se cumprida a reabilitação da Baixa com a deslocação dos moradores de regresso ao centro da cidade, sem desintegração da comunidade e criando-se no local uma residência para os mais idosos, no local da ex-escola. Nada disto está a ser feito, as pessoas foram colocadas no que havia vago em outros bairros, em residências mais pequenas e mais caras. Claro que não há dinheiro para mais fogo de artificio, pelo que isto foi feito para mostrar que há um homem que faz o que promete.
Nunca disse que a democracia é um bom sistema, é só o melhor. Depende da sorte dos melhores estarem circunstancialmente na vida política. Podem vir com os comentários que entenderem mas enquanto Secretário Geral do Movimento Partido do Norte / Partido Português das Regiões NÃO QUERO o voto ou apoio dos que pactuam com esta insensibilidade social. Quando for outro, que faça o que entender.
José Ferraz Alves
Movimento Partido do Norte / Partido Português das Regiões