De: Pedro Figueiredo - "Encostados, finalmente, ao paredão (da barragem)"

Submetido por taf em Sexta, 2011-12-09 01:11

Desenho - Linha do Tua

Vem agora em toda a imprensa, finalmente emergindo como assunto importante, mais do que merecido:
- Barragem do Tua põe em risco Património Mundial no Douro

Agora, uma vez falhados todos os alertas e denúncias incansáveis dos "santos da casa" (PEV, BE, GEOTA), os tais que não fazem milagres mas têm razão antes do tempo; finalmente vem um esticar de corda do "estrangeiro"... (a UNESCO) Muitas hipocrisias depois, está aí o aviso de quem nos faz mexer, o "estrangeiro". Se não for pela UNESCO, será pela TROIKA e pela dívida futura que as barragens "faça - primeiro - e - pague - depois - na - conta - da - electricidade" caírão. Com toda a propriedade. O autarca de Mirandela, uma vez derrotado, já foi "comprado" com um lugar na estrutura que há-de "gerir" o Vale do Tua... (ia gerir). Os partidos do arco-da-vergonha, PS, PSD e CDS, nunca votaram contra o plano nacional de barragens, deixando vergonhosamente para "os extremistas" ecologistas e de esquerda a parte chata e quixotesca desta causa...

Quando era um futuro mais ferroviário e turistico que esteve e está em causa, a pergunta que se impunha seria "faz mesmo sentido uma magnífica linha ferroviária com alto interesse turístico e económico num contexto de Alto Douro património da humanidade em expansão?"... Os lobbies laranja, rosa e EDP desviaram a pergunta que se impunha para a pergunta que se impôs: "porque não uma barragem ali, apesar de tudo?"... E apesar de tantos e tantos argumentos económicos, sentimentais, turísticos, culturais esgrimidos do lado da Linha do Tua, a estupidez e o interesse irracional impuseram-se, ... até hoje. Hoje, enfim e finalmente, uma nova esperança que elimine a barragem e reabilite a Linha do Tua volta agora a estar em cima da mesa. Este é um dia Feliz para o Alto Douro, que eu dedico à memória da minha avó, aldeia do Fiolhal, a 1 km da ex-futura barragem do Tua...

Desenho - Linha do Tua

(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!)