De: Jorge Coelho - "Fusão das freguesias do Centro Histórico"
Sempre afirmei, disso tinha plena consciência, que qualquer cidadão, na sua liberdade de consciência, que com coragem enfrentasse os poderes instalados, teria de pagar uma factura pesada. Foi sempre assim. É assim e será, no futuro, assim. Nunca tive dúvidas a este respeito. Não tenho nem terei. Foi sempre e será sempre assim. Por outro lado também não constitui novidade que no Centro Histórico do Porto os abutres proliferam por todo lado, a maior parte das vezes sustentando inconfessáveis interesses e motivações diversas. No Centro Histórico foi sempre assim, é e será assim. No Grupo de Reflexão e de Intervenção Cívica do Centro Histórico do Porto temos de estar preparados para estas situações. O caminho é longo sobretudo quando a meta é a vitória das convicções, dos valores e dos princípios. Mas para vencermos temos de enfrentar dificuldades e obstáculos de vária ordem. Está nos livros. Foi sempre assim. Por isso, de forma calma e serena há que enfrentar todas as ventanias e tempestades geradas em origens bem conhecidas e identificadas, continuando a fazer caminho. A verdade vem sempre ao de cima. Pode ser muito doloroso mas os resistentes conseguem enfrentar estas anómalas situações e caminhar, trabalhando. Trabalhando sempre, porque só com muito trabalho se consegue vencer as dificuldades, fazer caminho e vencer.
Bem sei, disso estou bem consciente, todos sabemos, que há aqueles que nunca trabalharam, nunca fizeram nada no Centro Histórico e continuam a pensar que dessa forma ganham, porque os media lhes dão tempo de antena. É a vida. Para além de nunca terem feito nada, vão estragando, sem nada produzirem, e vivem de interesses complexos e diversos. São os conhecidos espertos que se alimentam, por períodos de tempo longos, dessas espertezas, às vezes vendendo a alma para, a seguir, atingirem os seus objectivos. É pena. É pena que assim aconteça. É pena que estas questões da fusão das freguesias do Centro Histórico surjam. E é com esta mediocridade que a democracia vai caminhando. É cara, a democracia, mas vale a pena lutar pelo Centro Histórico.
Jorge Coelho