De: José Ferraz Alves - "As vias ferroviárias de mercadorias"

Submetido por taf em Sábado, 2011-10-01 23:16

Entendível e louvável, as opções pelas vias ferroviárias em bitola europeia, Aveiro - Salamanca e Sines - Badajoz (esta para não perturbar as ilusões lisboetas que julgam que ainda vivemos no tempo do petróleo das colónias africanas ou do "único" porto de águas profundas do mundo, do seu claro).

Mas o eixo Norte-Galiza com os seus 7 milhões de habitantes é claramente a Euro-região de aposta para o relançamento do próprio país e da dinamização do mercado interno, agora que todos, eu não!, só falam em exportar - pudera sem mercado interno. Que fazem? Porque impedem esta ligação? E nós, porque o permitimos? Sabem como cresce o desemprego no Porto? Alguém tem propostas para recuperar o valor do mercado interno, isto é, emprego qualificado e salários adequados em Portugal?

Ainda julgam que as multinacionais vão criar emprego para a China, Índia, Brasil, Polónia, Rússia, por causa dos seus baixos custos salariais? Não, vão porque são mercados em crescimento no seu valor potencial de consumo interno sem recurso a endividamento.

José Ferraz Alves
MPN