De: Augusto Küttner de Magalhães - "Oporto Fest – Tudo tem um limite, ou não! "
Quanto maior for a animação e os espaços culturais no País e no Porto, melhor para todos, e para um maior leque de abrangência cultural. Por necessidade de presença e acompanhamento, tive, a partir das 10h00 de sábado 17 de Setembro de 2011, de passar o dia, até às 23h00, na Urgência da Maternidade Júlio Dinis, e aconteceram vários imponderáveis e alguns inacreditáveis, só estando lá. Isto num país que se julga e assume civilizado e desenvolvido. Não somos, não tenhamos quaisquer dúvidas, por não querermos, não por não podermos, não por não sabermos, unicamente por não querermos.
Quanto a um dos casos - imponderáveis e alguns inacreditáveis, e como estamos a falar da Rua da Maternidade que, como o nome indicia, dará acesso à Maternidade – Júlio Dinis – aqui na cidade do Porto, rua estreita, que foi sendo progressivamente bloqueada por automóveis aparcados em tudo que era sítio, para pessoas irem assistir/estar no Oporto Fest. Algo, os automóveis, os passeios, as ruas, tudo igual, tudo sem diferenças, tudo sem distinções, é normal serem assim, incivilizadamente ocupados. Desde que estejamos nós bem, desde que o nosso automóvel esteja à porta de onde queremos estar, fazemo-nos à vida que a morte é certa, e o resto não é connosco. Como é evidente “isto” implicou que todas as pessoas que tinham de se deslocar para um hospital – no caso Maternidade, o não conseguissem fazer, a tempo, rapidamente. E ficavam tempos infindáveis em fila à espera. Tão normal.
Isto por haver o tal Oporto Fest no Palacete Pinto Leite, que por obra do destino fica a paredes meia com a Maternidade, claro que esta é que está mal localizada… E, para dar mais um contributo ao respeito que usualmente temos por nós e não pelos outros – para quê? – desde que nós estejamos bem, o barulho, o ruído, o incomodo, a música alta ouvida - dentro , inside - na maternidade como se estivesse na casa ao lado era inconcebível, para um local que funciona como também hospital. Parece, ao que se dizia, estar tudo devidamente licenciado até às 5 horas da manhã, e se estava, estaria, mas que criava incómodos e muitos, era verdade… Como isto acontece? Digam-nos, expliquem-nos, por favor, para melhor entendermos, e para ali não ir quando tal acontecer!