De: Rui Valente - "Mais do mesmo, será o que ignoramos?"
Caro Paulo Espinha
Bem que gostaria de contornar o ping-pong, mas se conseguisse explicitar por que é que o Movimento Pró Partido do Norte é mais do mesmo, agradecia-lhe. Se é por ser composto por algumas personalidades com passado político, como é o caso de Pedro Baptista e de João Anacoreta Correia [um foi do PS e o outro do CDS], mas sem nunca terem desempenhado cargos governativos, então o que dizer dos que lá estiveram [e já lá estão outra vez] sem acrescentarem nada de relevante ao país?
Os mentores do MPPartido do Norte, ao menos, tiveram a bondade de recolocar, sem tibiezas, na agenda do dia, a questão da Regionalização, tão cara ao Norte - e tantas vezes aqui debatida -, ao contrário de alguns "regionalistas convictos" do burgo, que mal lhes cheira a poder arrumam as malas em direcção a Lisboa para se esquecerem logo a seguir das "convicções".
Poder-me-á perguntar: e quem lhe garante que os elementos do Partido do Norte não fariam o mesmo? Aí, meu caro, entra o benefício da dúvida, mas é aí também que reside o ponto fraco da democracia. Os partidos políticos [todos] ainda não têm [ou não querem], como se "defender", em tempo útil, dos oportunismos de alguns paraquedistas, caso contrário Sócrates não teria passado de uma efémera nuvem negra sem graves consequências para o país. Assim, tivemos de assistir [contrariados] a um longo e deplorável espectáculo de teatro, até recebermos a visita dos bons samaritanos do FMI.
Com os m/ cumprimentos