De: Augusto Küttner de Magalhães - "Porto 2011, a Feira do Livro, ainda nos Aliados"
Convenhamos que a vontade de fazer dar vida ao centro da cidade não será "ainda" justificação suficiente para a Feira do Livro continuar a ter de acontecer na Avenida dos Aliados. Por muito que custe dizer, esta Avenida dos Aliados não é confortável, não é agradável, não se "lá está bem" - já se esteve, quando não era "tão despida, tão moderna"! E assim, num sábado de tão bom tempo de Junho - entre as 14h40 e as 16h30 - andar pela Feira do Livro 2011 no Porto, na Avenida dos Aliados, é ter dificuldade em encontrar sombras, é não ter uma árvore, e "ter de ter" de estar à espera que o semáforo fique verde para poder circular através da própria Feira!
Continua a haver no Porto, ao ar livre, outras boas opções que supostamente serão a todos mais agradáveis: quer para quem ali está o dia todo a trabalhar, quer para quem vai ver e tentar comprar livros, e até para os autores do dia. Assim, espera-se que se o triunvirato permitir que o novo Governo possa para o ano continuar a lidar com alguma Cultura, e a Câmara do Porto, mesmo querendo - e bem - defender a movimentação de pessoas no centro do Porto, pense se não será mais aconselhável fazer a Feira na Rotunda da Boavista. Um espaço amplo sem "dentro" da Feira ter de se passar por semáforos, com muita sombra natural das muitas e bonitas árvores, e mais confortável. Ou talvez continue nos Aliados, "malgré"! Também teria os jardins do antigo Palácio de Cristal, na Avenida das Tílias, mas seria melhor e mais fácil na Rotunda!
Quanto a livros, havia bastantes, mas tirando os do dia em cada stand, o preço ainda era um bocado pesadote e, claro, os dois grandes grupos dispõem de um forte espaço cada, que minimiza os restantes. Mas mesmo assim vale ir à Feira do Livro, e se o preço fosse mais económico, e se não estivéssemos a ter de começar a poupar, mais livros haveríamos de ter conseguido comprar.
Augusto Küttner de Magalhães