De: Augusto Küttner de Magalhães - "Serralves - 8ª Conferência – O Imaterial"
Desta, 26 de Maio de 2011, coube ao próprio Comissário deste Ciclo de Conferências ser o Orador, algo de que o próprio pediu desculpa, dado poder parecer um abuso das sua posição, o que de facto não foi. Uma vez que Artur Castro Neves tem vastos conhecimentos sobre sociologia a sua formação e sobre os audiovisuais, por grande experiência de vida e até por ter estado durante um ano na RTP. O moderador Nuno Morais Sarmento, pessoa também muito conhecedora nesta áreas, chegou depois da conferência ter começado, e fez um bom comentário ao que o orador disse.
Artur Castro Neves fez-nos uma excelente viagem guiada pelo Imaterial, no caso pela Produção do Valor Público. Muito interessante, mas o tempo não foi suficiente para conseguir tudo melhor nos explicar, mas foi muito alcançado, o que nos disse, quanto ao Valor Público numa utilização para atingir objectivos diferentes do que se passa com o Privado. Este é mais mensurável em função do lucro conseguido, aquele é-o menos dado que a vertente satisfação dos beneficiários e agrado para com os "chefes" é mais complicado de medir. Também uma ideia de o Privado a ser gerido como o Público e o inverso, e o que o governo de Blair tentou fazer nestas áreas, a tal possível ou não 3ª via! Uma referência muito propositada ao Valor Público com a RTP não privatizada. E como tudo se passa de uma forma tão melhor, tão diferente na BBC, com outra maneira de "estar", o que foi reforçado pelo moderador Nuno Morais Sarmento. E este também e bem referiu o momento actual em que a participação dos cidadãos no Público está a mudar, e muito, o que se pode constatar com os jovens acampados na Praça do Sol em Madrid, e não só!
No início, uma apresentação muito conseguida feita pelo Presidente da Fundação de Serralves Luís Braga da Cruz, ao O Imaterial e ao comissário e também - aqui - o orador desta 8ª Conferência, Artur Castro Neves. Em 12 de Maio a 7ª Conferência em que o Moderador foi David Barry - não português - e estando marcada para as 21h30 e começou às 21h30, o mesmo não aconteceu na 8ª..., como em outras deste muito bom e conseguido ciclo. Fica sempre a ideia de que se quisermos conseguiremos ser pontuais, mas ainda nos é difícil, e talvez até nestas conferências tão conseguidas o respeito por todos e pelas horas tenha que ser a diferença. O usual neste nosso País é que as conferências, todas, não comecem a horas! Como todos sabemos e sentimos, não só nas conferências, em quase tudo o que acontece neste País se houver um atraso de meia-hora, no problem. Mas é um Pproblem e tem de, pelo menos este, deixar de o ser. Pelo que até nisto seremos capazes, talvez, de mudar... também com alguma influência "de fora"!
Sem dúvida e uma vez mais, O Imaterial, por si, faz jus à nossa Cultura e à Fundação de Serralves, estando de parabéns o Presidente Luís Braga da Cruz pelo grande empenho - conseguido - dado a estas conferências, bem como ao Comissário, Artur Castro Neves, pela boa organização, pelos muitos conhecimentos e saberes, pelas pessoas que tem trazido e por si próprio. Muito bom.
Augusto Küttner de Magalhães