De: Augusto Küttner de Magalhães - "Conferências"
"O Plano Nacional de Reformas 2020 e os Apoios Comunitários na Região Norte", 17 de Março de 2011 - Mais uma oportuna Conferência da incitava da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a que assisti durante toda a manhã do dia 17.Março.2011, no Porto Palácio Hotel. De tarde também houve mas não estive a assistir. Aprende-se sempre a ouvir, e fica sempre, talvez um pouco utopicamente, a ideia de que "apesar de!" ainda iremos conseguir chegar a 2020!, mas antes teremos de passar por 2015, e até lá ultrapassar o mau momento que nos assola. Como sempre, e muito bem tem sido dito nestes "encontros", o Norte ainda tem um peso muito importante no País, e como tal deve ser assumido por Lisboa e pela União Europeia. Esperemos o " andar dos tempos" e por certo este contributo da CCDRN é sempre muito válido para o Norte e para o País.
No mesmo dia, que à noite, mais uma muito interessante Conferência sobre "O Imaterial" aconteceu, e muito bem em Serralves. A Fundação de Serralves está a conseguir aportar-nos a ensinamentos, a momentos de excelente assimilação do cultural, às 5ªs feiras à noite, quinzenalmente no Auditório. Desta, foi muito agradável e enriquecedor "estar com" Augusto Mateus a falar-nos sobre: As indústrias culturais e criativas portuguesas.
Partindo de dados concretos face a um estudo por si efectuado a pedido do Ministério da Cultura, foi-nos possível entender o espaço que temos, como País, num Mundo Global onde estamos necessariamente numa União Europeia. E se os países emergentes ganharam os espaços que até aqui foram pertencendo ao ocidente, nós, como fazendo parte do espaço europeu e apesar do nosso atraso, até relativamente a este espaço, se soubermos ser criativos, se soubermos melhor apostar na cultura, se soubermos e quisermos correr riscos, mesmo podendo ter de perder, mesmo não tendo que ambicionar sempre ficarmos em primeiro lugar, ainda teremos hipóteses de sobrevivência.
Sendo que se não tivermos de imediato consciência - pura e dura - deste mau momento, se não quisermos apostar em soluções criativas e culturais, e ficarmos focados aos problemas - que de facto são imensos -, vamos ter de "apanhar com o céu em cima" e "só depois" com ainda mais dor, traçaremos o caminho que já não facilmente hoje devemos fazer. A Cultura, a Criatividade, em tudo, é, são, a nossa única via, quer aproveitando, reabilitado os nossos centros históricos de todas as nossas cidades, quer apostando em fazer turismo cultural, quer tendo iniciativa na indústria, no próprio turismo, e até na agricultura e nas pescas, olhando para nós de uma forma bem diferente do que até aqui temos vindo a fazer, e teremos o nosso espaço na Europa, com esta a também se saber desenvolver e perpetuar ao momento. Mudança de paradigmas, com países em forte crescimento da China, à Índia, passando pelo Brasil e pela Rússia, os tais BRIC. Logo, a nossa alternativa viável é a criatividade, a cultura, em tudo, para além da própria Cultura.
Ficam ideias para reflectirmos, e ficou mais uma excelente noite passada em Serralves a ouvir Augusto Mateus, neste ciclo O Imaterial, que por si faz jus à nossa Cultura e à Fundação de Serralves.
Augusto Küttner de Magalhães