De: Edgar Soares - "Dr. F. Rocha Antunes..."

Submetido por taf em Quinta, 2006-08-10 22:06

Simplesmente porque os interesses dessa minoria participativa não representariam os interesses da “colectividade”. Os espaços públicos seriam reféns de interesses específicos e de actores facilmente manipuláveis. O interesse da colectividade tem que residir na confiança nos agentes escolhidos para os representar, começando pelos promotores das intervenções elegidos para tal, passando pelos técnicos qualificados e obrigados por Lei a defender o bem-estar da colectividade. Primeiro o projecto depois a consagrada discussão pública para rever ou até pôr em causa.

A confiança nos agentes e o rigor dos processos administrativos é imperativo e a CMP é neste aspecto, um mau exemplo. Não há confiança neste monstro burocrático que insiste em afugentar os investidores desta cidade e promove concursos de carácter duvidoso e cheio de irregularidades. Não há confiança neste Gabinete do Munícipe onde todos o pessoal do atendimento profere as mesmas frases “Nós não temos culpa” “é que os licenciamentos estão a demorar 18 meses em média” “é que os gestores têm 800 processos cada um” como se tivessem sido convenientemente ensinados para tal, e por fim não há confiança nesta SRU que faz o que quer e como quer sem promover a discussão pública.

Não é necessário subverter os procedimentos, basta defender que eles sejam seguidos com rigor.

Edgar Correia Soares